Pe Carlos (Aloysius) Maria Donker, CSsR
Falecido em Nijmegen - 01-08-1998 (99 anos)
Vice-Provincial de 1951 a 1956
O Pe. Carlos Donker nasceu no dia 02 de junho de 1899 e tornou-se membro da Congregação dos Redentoristas em 29 de setembro de 1918; ordenou-se sacerdote em 03 de outubro de 1923. No dia 01 de agosto de 1998 faleceu em Nijmegen e foi sepultado no dia 05 do mesmo mês no cemitério convento do Nebo em Nijmegen.
Por ocasião de seu jubileu de ouro de ordenação sacerdotal em 1973, escreveu ao seu superior provincial: “Não poucas vezes tentei realizar e empreender alguma coisa. Embora possa afirmar que o bem estar da Congregação nisto sempre foi motivo, nem sempre todas as motivações foram ‘voltadas para o alto’. Muita coisa devo atribuir ao meu caráter impulsivo de homem ativista que sou. Daí a pessoa faz a experiência diferente do que imaginara. Essas decepções caem então na própria cabeça e servem para o ensinamento e para olhar ‘para cima’, de forma que de novo se chega na linha ‘vertical’.”
Com isso, Pe. Carlos Donker se caracterizou. Era mais um homem de atos do que palavras. Um homem ativo, com talento de governar. Isto se manifestou logo durante o primeiro período no Brasil, de 1924 a 1935. Seu talento de governar veio à luz mais claramente no período de 1935 a 1950, quando ocupou as funções de ecônomo e provincial na Holanda.
Foi neste período em 1947, que ele foi enviado pelo Governo Geral como visitador Extraordinário para a Província de São Paulo. De novo no Brasil de 1950 a 1957 mostrou sua visão criativa e persistência ao fundar a Vice-Província de Recife. Vivendo o ideal redentorista gostava de enfrentar desafios. Ao organizar a Vice-Província nos seus primeiros anos escolheu com sabedoria os pontos estratégicos. Já havia Garanhuns, um oásis no clima quente do Nordeste; Arcoverde, a porta do sertão; Campina Grande com seu clima ameno e ponto central, lugar apropriado para uma casa de formação. Por fim, teve coragem e ousadia na idade de 58 anos de dar os primeiros impulsos ao experimento do COLAM (Colégio Latino Americano). Decepções não lhe foram poupadas. Mas sabia “administrá-las” e ele era suave e misericordioso no seu juízo.
E exatamente nestes momentos deixou transparecer algo de sua fé no seu Senhor.
A narração dos discípulos de Emaús lhe era muito cara. Discípulos na incerteza e confusos, que não reconheciam a Jesus, mas se sentiam encorajados por suas palavras. Era isto para ele uma experiência em que se reconhecia.
Nos últimos decênios de sua vida sabia, com sua experiência tranqüila e equilibrada, dar conteúdo a sua existência e participa-la aos outros.
Somos gratos a ele e acreditamos que seus olhos se abriram para o reconhecimento do Senhor a cujo serviço vivia.
“Então seus olhos se abriram e o reconheceram” (Lc 24,31)
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