Em 31 de maio de 1788 SÃO CLEMENTE foi nomeado Vigário Geral da CSsR além dos Alpes
Em 31 de maio de 1931 a pedido do povo e dos bispos do Brasil NOSSA SENHORA APARECIDA é proclamada solene e oficialmente como PADROEIRA DO BRASIL pelo Papa Pio XI, com a imagem no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, e na presença de um milhão de pessoas.
Presentes ao ato Dom Sebastião Leme e Padre Antão Jorge da Congregação.
A seguir, registros da época:
HOMENAGENS NACIONAIS A NOSSA SENHORA APARECIDA
De 17 a 31 de Maio de 1931, fez realizar o sr. cardeal Dom Sebastião Leme imponentíssimas homenagens nacionais a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil. Do que foram essas solenidades, basta transcrever estas palavras do eminente cardeal-arcebispo:
Quando, á tarde de ontem, vi espraiar-se aos pés do altar da Aparecida a onda humana que na Esplanada se comprimia, mais que nunca, senti orgulho da minha fé, da minha pátria e da minha cidade. Penso que ninguém me poderá levar em conta de exagero se afirmar que espetáculo como o de ontem nenhuma cidade do mundo poderia apresentar. Não são muitas as capitais que contam mais de um milhão de habitantes, e não chegam a meia dezena as grandes cidades de população católica como a nossa.
Bastaria esta reflexão para mostrar a razão e a justiça da minha afirmativa. Além disso, qual cidade do mundo comparável à nossa, pela espontaneidade e vibração de sua fé religiosa, intensa, expansiva e transbordante? O Rio de Janeiro foi, na aclamação de ontem, a voz de toda a terra brasileira. Ato de fé, expressão de confiança, a procissão valeu como um plebiscito nacional, cujo voto proclamou Nossa Senhora da Conceição Aparecida, mas ainda como Rainha do Brasil.
E o voto do povo brasileiro foi tão unânime e ardoso que explodiu nas chamas de um imenso e portentoso incêndio de corações”. Em 1930, o santo padre declarou Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil. Comemorando o auspicioso acontecimento, quis o Cardeal Leme consagrar duas semanas as solenidades em honra de Nossa Senhora Aparecida: “Ato público de fé religiosa, manifestação de carinho filial à Mãe e Senhora do povo brasileiro, exultação e regozijo pelo reconhecimento canônico do seu padroado nacional, apelo fervoroso à sua valiosíssima proteção para o Brasil, a semana de Nossa Senhora Aparecida avultará ainda como um grito de confiança irredutível no futuro da nacionalidade”.
Realizaram-se sessões de estudos, sessões solenes em várias igrejas desta capital, a esse fim preparadas e uma imponentíssima procissão, talvez a mais concorrida, a mais brilhante de todas quantas jamais se realizaram na capital da República.
A trasladação da imagem, de Aparecida do Norte para o Rio de Janeiro, onde demorou algumas horas, foi um dos atos mais belos, mais tocantes e de maior êxito para a expansão dos sentimentos religiosos do nosso povo. As autoridades civis e militares, e chefe do governo participara das solenidades. O religioso casou-se lindamente bem com o cívico e patriótico. E o Cardeal Dom Sebastião Leme, durante muitos dias e muitas noites, foi o grande e incomparável chefe, o animador o guia de mais de dois milhões de almas, que tantas eram as dos que vieram de fora, em vapor, trem, auto e avião e as do que formam a grande família carioca.
Diante desse belíssimo espetáculo de fé, várias conversões se operaram, em plena praça pública. Os altos Poderes de Estado mais uma vez verificaram a força respeitável da Igreja no Brasil e a sua poderosa e incomparável participação na defesa da nacionalidade. E todos viram, e todos sentiram essas poderosíssimas qualidades de chefe, de organizador, de pai, de pastor, que assistem ao grande bispo e grande brasileiro que é sua eminência o sr. Cardeal Dom Sebastião Leme.
Verificou-se ainda, nas homenagens nacionais a Nossa Senhora Aparecida, quanto é ardorosamente devoto da Virgem S. S. o nosso cardeal-arcebispo. Seu apelo aos fieis, nessa ocasião foi verdadeira prece de inabalável confiança de intercessão da Mãe de Deus.
Desde o Congresso Eucarístico do centenário, vinha sua eminência pensando na realização das festas marianas, como conseqüência natural do preito nacional de adoração a Jesus Sacramentado. Ele próprio é o quem diz no discurso de encerramento das semanas em honra da Senhora Aparecida:
“O amor da Eucaristia e o amor de Nossa Senhora são amores que se não podem separar. Como amar o filho de Deus, sem que lhe amemos a Mãe Santíssima? São duas realidades sobrenaturais, que na historia da Igreja sempre vieram juntas”.
Para felicidade nossa, juntos também vivem no coração do sr. cardeal estes dois amores, que são, aliás, o segredo de suas vitórias, ou mais explicitamente falando, das grandes vitórias do Brasil
Fonte: site
proerdpinhal.com.br (Vida de Dom Sebastião Leme)
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