PADRE LUÍS KIRCHNER CSsR
Campanha da Fraternidade, 2007
Até o Governo Federal está sendo provocado para agir, diante da mobilização da Igreja a respeito do abandono da Amazônia. Muitos queixa-se das Ongs e de grupos internacionais que estão querendo saquear as riquezas da natureza. Mas até agora o resto do Brasil não tem sido muito melhor, pois quer apenas tirar vantagens, sem beneficiar os nativos que moram aqui!
Uma vez que há pouco perigo de internacionalização desta área, diz o Senador Jefferson Peres, A.M., e os poderosos de São Paulo querem concentrar os investimentos e as industrias para si, cabe a Igreja liderar um grito de solidariedade e de apoio, ou vamos entregar tudo a quem promete melhorar a natureza e a vida dos moradores.
Em 1997, num encontro episcopal em Manaus, os bispos escreveram um documento chamado “A Igreja se faz carne e arma sua tenda na Amazônia.” Eis alguns pontos deste documento profético:
• pede perdão dos atos de violência praticados contra os povos da Amazônia, principalmente, os povos indígenas e os pobres do campo, de modo especial, as mulheres;
• pede perdão da agressão contra a natureza, pedindo a criação de uma teologia amazônica da criação e de uma espiritualidade e pastoral ecológica;
• agradece a Deus pela benção da biodiversidade e da riqueza das culturas dos povos amazônicos;
• faz uma lembrança de gratidão pelo trabalho, doação de vida e esforço feito pelos missionários e missionárias;
• alerta para a necessidade de a Igreja estar sempre aberta a escutar as vozes diferentes, de um dialogo com as outras manifestações religiosas;
• denuncia a biopirataria, a privatização das florestas públicas, a devastação peita pelas madeireiras, a presença do narcotráfico, da prostituição infantil (e.g. Manaus é capital nacional nesta categoria), e da corrupção (quantos prefeitos do interior estão sendo processados até hoje);
• mais apoio às pastorais sociais e movimentos populares que lutam contra toda forma de violência, impunidade e a defesa dos direitos humanos.
A lista dos problemas continua enorme até os dias de hoje.
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