Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSSR
“Como Eu vos amei”
Um mandamento novo
Neste tempo pascal temos um ensinamento mais intenso sobre a Ressurreição. Depois de refletir, nos domingos anteriores, sobre a presença de Cristo na pregação dos apóstolos (Jo 21,1-11) e sobre o seguimento dos discípulos que ouvem a voz do pastor (Jo 10,27), somos instruídos sobre a união dos discípulos com Cristo na comunidade. As ovelhas ouvem sua voz e seguem-no constituindo o rebanho, isto é, a comunidade dos redimidos. Cristo está presente na comunidade: “Esta é a morada de Deus entre os homens” lemos no Apocalipse (Ap 21,3). Ela, constituída após a pregação dos apóstolos, continua na vida futura como lemos na descrição da cidade futura junto com o Cordeiro (Ap 21,2) e, no momento presente, ela é edificada pelo amor. Na Ceia, Ele nos ensinou o amor. O amor não é a novidade, sim o modo como amar. A novidade do mandamento está “no como vos amei” (Jo 13,34). Jesus usa a imagem do serviço de lavar os pés como explicação de seu amor por nós. Este serviço é sua missão de redenção. É esse o modo de vida que veio implantar o amor de Deus no mundo. Este é o modo de ser comunidade-Igreja, e esta é a força transformadora do Reino. Infelizmente, nem sempre o amor é o critério que orienta a vida e organização da Igreja. É por isso que ela perde tanto seu vigor.
Testemunho da comunidade
O amor é o testemunho fundamental que os discípulos podem dar. Jesus Ressuscitado continua vivo na vida da comunidade. Ela é “morada de Deus entre os homens” (Ap 21.3). A vida de amor na comunidade é a identidade do discípulo: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,35). A modalidade do amor está no como deve ser exercido: “Como eu vos amei” (34). O amor vai além do sentimento e atinge a vida como dom oferecido para que haja vida em Cristo. O amor que Cristo ensina tem seu ponto de partida no imenso amor do Pai dedicado ao Filho e por Ele manifestado ao mundo. Há uma união dos discípulos com Deus que se realiza a modo esponsalício: “Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Lv 26,12;Ap 21,3). Amar como Cristo amou resulta sempre em passar pelo que Ele passou. Este é o testemunho do sofrimento. A comunidade não perde a dimensão do martírio: “É preciso passar por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus” (At 14,22). Cristo testemunha o amor sendo fiel até ao extremo do fel. O amor nunca foi fácil.
Vida em amor
Deus, no monte Sinai, estabeleceu uma aliança com o povo e a garantiu com os dez mandamentos. Jesus, em a Nova Aliança selada com seu sangue, garante-a com um mandamento, o seu: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (34). Para realizar este amor, constitui seus seguidores em comunidades nas quais florescesse o amor. Os apóstolos constituíram essas comunidades. Para João, o Céu é a continuação dessas comunidades. É o novo céu e uma nova terra que se iniciam agora aqui na terra. Não há diferença entre a Igreja e a nova comunidade. A vida da comunidade é realizada pelo Espírito que nela age. Ela é o sacramento do Espírito Santo. A comunidade é chamada a permanecer na fidelidade, mesmo quando for difícil. Em cada Eucaristia esta comunidade está reunida e anuncia a implantação do Reino do amor.
Leituras:Atos, 14,21b-27;Salmo 144; Apocalipse 21,21,1-5ª; João 13,31-33ª.34-35
1. A reflexão pascal levou-nos a ver Jesus presente na pregação dos apóstolos e seu seguimento. Na liturgia deste domingo nos é apresentada a comunidade. Nela acontece o seguimento. Para isso constitui-se a comunidade dos redimidos. Cristo está presente nela. Ela continua na morada celeste junto com o Cordeiro. O Espírito congrega esta comunidade.
2. O amor é o testemunho fundamental do discípulo. O Ressuscitado continua vivo na comunidade. A vida de amor na comunidade é a identidade do discípulo. A novidade do amor de Cristo está no como Ele amou colocando sua vida, morte e ressurreição como serviço. Sem este amor a Igreja perde o vigor. O amor nasce do amor de Cristo ao Pai e manifestado em seu amor pelo mundo. Amor esponsalício: “Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus”. Amar como Cristo envolve o sofrimento. Amar nunca foi fácil.
3. Deus, no Sinai, garantiu a aliança com os 10 mandamentos. Jesus garante a nova aliança com o seu mandamento, o amor. Os apóstolos constituíram comunidades para que florescesse o amor. É o novo céu e a nova terra. A comunidade deve permanecer na fidelidade, mesmo quando difícil. Em cada Eucaristia a comunidade se constitui e anuncia.
Paixão antiga
Deus é muito humano. Quanto mais percebemos Jesus como Divino, mais aprendemos dEle como ser humano p’ra valer. As atitudes de Deus para conosco são expressas em termos tão simples como era Jesus.
Jesus rompia com o que não funcionava bem em favor das pessoas. Os 10 mandamentos estavam já mal falados, pouco usados e mal interpretados. O que Jesus faz? Um novo mandamento: “Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei; assim também vós, amai-vos uns aos outros” (Jo,13,34). Um mandamento novo, quer dizer que, para viver o ensinamento de Jesus, temos que nos amar como ele amou.
Neste mandamento estão resumidos os 10 mandamentos velhinhos, que se tornam novos porque vistos como amor.
Mais ainda: É através deste mandamento que seremos reconhecidos como discípulos dEle. Sem caridade, o cristianismo atrapalha o mundo de Deus. Há tanto bate boca por religião. Mas ninguém briga pelo fato de o outro estar amando mais.
“Como Eu vos amei”
Um mandamento novo
Neste tempo pascal temos um ensinamento mais intenso sobre a Ressurreição. Depois de refletir, nos domingos anteriores, sobre a presença de Cristo na pregação dos apóstolos (Jo 21,1-11) e sobre o seguimento dos discípulos que ouvem a voz do pastor (Jo 10,27), somos instruídos sobre a união dos discípulos com Cristo na comunidade. As ovelhas ouvem sua voz e seguem-no constituindo o rebanho, isto é, a comunidade dos redimidos. Cristo está presente na comunidade: “Esta é a morada de Deus entre os homens” lemos no Apocalipse (Ap 21,3). Ela, constituída após a pregação dos apóstolos, continua na vida futura como lemos na descrição da cidade futura junto com o Cordeiro (Ap 21,2) e, no momento presente, ela é edificada pelo amor. Na Ceia, Ele nos ensinou o amor. O amor não é a novidade, sim o modo como amar. A novidade do mandamento está “no como vos amei” (Jo 13,34). Jesus usa a imagem do serviço de lavar os pés como explicação de seu amor por nós. Este serviço é sua missão de redenção. É esse o modo de vida que veio implantar o amor de Deus no mundo. Este é o modo de ser comunidade-Igreja, e esta é a força transformadora do Reino. Infelizmente, nem sempre o amor é o critério que orienta a vida e organização da Igreja. É por isso que ela perde tanto seu vigor.
Testemunho da comunidade
O amor é o testemunho fundamental que os discípulos podem dar. Jesus Ressuscitado continua vivo na vida da comunidade. Ela é “morada de Deus entre os homens” (Ap 21.3). A vida de amor na comunidade é a identidade do discípulo: “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13,35). A modalidade do amor está no como deve ser exercido: “Como eu vos amei” (34). O amor vai além do sentimento e atinge a vida como dom oferecido para que haja vida em Cristo. O amor que Cristo ensina tem seu ponto de partida no imenso amor do Pai dedicado ao Filho e por Ele manifestado ao mundo. Há uma união dos discípulos com Deus que se realiza a modo esponsalício: “Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (Lv 26,12;Ap 21,3). Amar como Cristo amou resulta sempre em passar pelo que Ele passou. Este é o testemunho do sofrimento. A comunidade não perde a dimensão do martírio: “É preciso passar por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus” (At 14,22). Cristo testemunha o amor sendo fiel até ao extremo do fel. O amor nunca foi fácil.
Vida em amor
Deus, no monte Sinai, estabeleceu uma aliança com o povo e a garantiu com os dez mandamentos. Jesus, em a Nova Aliança selada com seu sangue, garante-a com um mandamento, o seu: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (34). Para realizar este amor, constitui seus seguidores em comunidades nas quais florescesse o amor. Os apóstolos constituíram essas comunidades. Para João, o Céu é a continuação dessas comunidades. É o novo céu e uma nova terra que se iniciam agora aqui na terra. Não há diferença entre a Igreja e a nova comunidade. A vida da comunidade é realizada pelo Espírito que nela age. Ela é o sacramento do Espírito Santo. A comunidade é chamada a permanecer na fidelidade, mesmo quando for difícil. Em cada Eucaristia esta comunidade está reunida e anuncia a implantação do Reino do amor.
Leituras:Atos, 14,21b-27;Salmo 144; Apocalipse 21,21,1-5ª; João 13,31-33ª.34-35
1. A reflexão pascal levou-nos a ver Jesus presente na pregação dos apóstolos e seu seguimento. Na liturgia deste domingo nos é apresentada a comunidade. Nela acontece o seguimento. Para isso constitui-se a comunidade dos redimidos. Cristo está presente nela. Ela continua na morada celeste junto com o Cordeiro. O Espírito congrega esta comunidade.
2. O amor é o testemunho fundamental do discípulo. O Ressuscitado continua vivo na comunidade. A vida de amor na comunidade é a identidade do discípulo. A novidade do amor de Cristo está no como Ele amou colocando sua vida, morte e ressurreição como serviço. Sem este amor a Igreja perde o vigor. O amor nasce do amor de Cristo ao Pai e manifestado em seu amor pelo mundo. Amor esponsalício: “Sereis o meu povo e eu serei o vosso Deus”. Amar como Cristo envolve o sofrimento. Amar nunca foi fácil.
3. Deus, no Sinai, garantiu a aliança com os 10 mandamentos. Jesus garante a nova aliança com o seu mandamento, o amor. Os apóstolos constituíram comunidades para que florescesse o amor. É o novo céu e a nova terra. A comunidade deve permanecer na fidelidade, mesmo quando difícil. Em cada Eucaristia a comunidade se constitui e anuncia.
Paixão antiga
Deus é muito humano. Quanto mais percebemos Jesus como Divino, mais aprendemos dEle como ser humano p’ra valer. As atitudes de Deus para conosco são expressas em termos tão simples como era Jesus.
Jesus rompia com o que não funcionava bem em favor das pessoas. Os 10 mandamentos estavam já mal falados, pouco usados e mal interpretados. O que Jesus faz? Um novo mandamento: “Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei; assim também vós, amai-vos uns aos outros” (Jo,13,34). Um mandamento novo, quer dizer que, para viver o ensinamento de Jesus, temos que nos amar como ele amou.
Neste mandamento estão resumidos os 10 mandamentos velhinhos, que se tornam novos porque vistos como amor.
Mais ainda: É através deste mandamento que seremos reconhecidos como discípulos dEle. Sem caridade, o cristianismo atrapalha o mundo de Deus. Há tanto bate boca por religião. Mas ninguém briga pelo fato de o outro estar amando mais.
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