Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
No tempo da Quaresma nós vemos Cristo Jesus em seu caminho de deserto, Paixão e Morte. Ao mesmo tempo somos chamados a seguí-lo, imitá-lo. Somos animados a viver “o espírito da Quaresma”, fazer penitências, levar a vida mais a sério ou tantas outras coisas. Mas onde se fundamentam estas palavras? Tudo gira em torno do Mistério de Cristo. Mas o que é o Mistério de Cristo? E como viver este mistério? Estas perguntas não são feitas, porque nos habituamos a dizer estas palavras sem saber seu sentido. Este ensinamento normalmente não entre em nossas pregações.
O que é viver o mistério de Cristo? Mistério de Cristo é sua encarnação, vida, obras, seu evangelho, morte, ressurreição e volta ao Pai. Viver o mistério de Cristo é acolher a pessoa de Jesus na própria vida. Acolhendo-o estamos unidos a sua vida. São Paulo diz em Gl 2,20 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. Podemos entender esta união a partir da união que Cristo realizou com nossa vida. Sabemos que, quando estávamos afastados, Deus nos deu seu Filho (Rm 5,8). Cristo está unido a nós antes que nos uníssemos a Ele. Realizamos nossa união com Ele, como realizou conosco.
Cristo assume a natureza humana, vive em um povo concreto, com sua cultura e modo de ser, fala nossa linguagem, ama-nos, entrega-se à morte por nós, ressuscita e não nos abandona quando volta ao Pai. Ele viveu em tudo a condição humana. “Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas referentes a Deus” (Hb 4,17). Fazemos o caminho inverso: acolhemos a vida divina que nos é dada no batismo aceitando a pessoa de Jesus como parte de nossa vida. Vivemos em um povo concreto, o povo de Jesus que é a Igreja. Estar unido ao povo de Deus, que é corpo de Cristo, é aceitar uma vida nova, um novo modo de ser.
Temos um modo particular e pessoal de entrar no mistério de Cristo que realizamos na fé. Mas temos o modo exterior, comunitário e ritual de fazê-lo. Nós o fazemos quando imitamos a vida de Jesus, indo, por exemplo, com Ele ao deserto da Quaresma, acompanhando os ritos celebrados na Semana Santa, acompanhando a comunidade, ou mesmo criando para nós mesmos modalidades que nos envolvam com o evangelho e com a pessoa de Jesus. Podemos ter em nós os mesmos sentimentos de Cristo (Fl 2,5). O modo de agir e sentir de Cristo passam a ser nosso modo de agir e sentir.
Em nosso modo cristão de viver nós nos preocupamos em fazer coisas para Cristo. Certo! Mas o primeiro passo é ser como Cristo era para assim estar unidos a Ele e podermos fazer o que Ele fez. A Quaresma é um tempo propício para este exercício.
Artigo (05.03.02)
No tempo da Quaresma nós vemos Cristo Jesus em seu caminho de deserto, Paixão e Morte. Ao mesmo tempo somos chamados a seguí-lo, imitá-lo. Somos animados a viver “o espírito da Quaresma”, fazer penitências, levar a vida mais a sério ou tantas outras coisas. Mas onde se fundamentam estas palavras? Tudo gira em torno do Mistério de Cristo. Mas o que é o Mistério de Cristo? E como viver este mistério? Estas perguntas não são feitas, porque nos habituamos a dizer estas palavras sem saber seu sentido. Este ensinamento normalmente não entre em nossas pregações.
O que é viver o mistério de Cristo? Mistério de Cristo é sua encarnação, vida, obras, seu evangelho, morte, ressurreição e volta ao Pai. Viver o mistério de Cristo é acolher a pessoa de Jesus na própria vida. Acolhendo-o estamos unidos a sua vida. São Paulo diz em Gl 2,20 “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé no Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim”. Podemos entender esta união a partir da união que Cristo realizou com nossa vida. Sabemos que, quando estávamos afastados, Deus nos deu seu Filho (Rm 5,8). Cristo está unido a nós antes que nos uníssemos a Ele. Realizamos nossa união com Ele, como realizou conosco.
Cristo assume a natureza humana, vive em um povo concreto, com sua cultura e modo de ser, fala nossa linguagem, ama-nos, entrega-se à morte por nós, ressuscita e não nos abandona quando volta ao Pai. Ele viveu em tudo a condição humana. “Pelo que convinha que em tudo fosse feito semelhante a seus irmãos, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso e fiel nas coisas referentes a Deus” (Hb 4,17). Fazemos o caminho inverso: acolhemos a vida divina que nos é dada no batismo aceitando a pessoa de Jesus como parte de nossa vida. Vivemos em um povo concreto, o povo de Jesus que é a Igreja. Estar unido ao povo de Deus, que é corpo de Cristo, é aceitar uma vida nova, um novo modo de ser.
Temos um modo particular e pessoal de entrar no mistério de Cristo que realizamos na fé. Mas temos o modo exterior, comunitário e ritual de fazê-lo. Nós o fazemos quando imitamos a vida de Jesus, indo, por exemplo, com Ele ao deserto da Quaresma, acompanhando os ritos celebrados na Semana Santa, acompanhando a comunidade, ou mesmo criando para nós mesmos modalidades que nos envolvam com o evangelho e com a pessoa de Jesus. Podemos ter em nós os mesmos sentimentos de Cristo (Fl 2,5). O modo de agir e sentir de Cristo passam a ser nosso modo de agir e sentir.
Em nosso modo cristão de viver nós nos preocupamos em fazer coisas para Cristo. Certo! Mas o primeiro passo é ser como Cristo era para assim estar unidos a Ele e podermos fazer o que Ele fez. A Quaresma é um tempo propício para este exercício.
Artigo (05.03.02)
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