PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Ecologia tem alguma coisa a ver com religião?
As atividades danosas e prejudiciais ao meio ambiente através da exploração desenfreada das reservas, da pesca, do espaço; a destruição do ar; a degradação do ambiente com depósitos de lixo comum-tóxico-atômico; o desenvolvimento desmedido e exagerado; a pressão do homem sobre o planeta são os pecados modernos que bradam aos céus e colocam em risco continuado a vida humana, animal e vegetal, bem como o próprio equilíbrio cósmico.
O estudo do inter-retro-relacionamento de todos os seres vivos e não vivos entre si e com seu meio ambiente, como definiu Ernest Haeckel, é o significado da ecologia. O cuidado, a defesa, o respeito e o cultivo do meio ambiente fazem parte da ecologia. Dizendo de um modo mais simples, é a preocupação com a vida.
A ecologia ambiental preocupa-se com o meio ambiente e, com novas técnicas, procura amortecer a voracidade do projeto industrialista de altos custos ecológicos.
A ecologia social quer o ambiente inteiro inserindo o ser humano e a sociedade na natureza. Exige um desenvolvimento sustentável, prevendo as necessidades básicas do ser humano e dos demais seres.
A ecologia mental ensina que o déficit da terra tem como causa comum o tipo de mentalidade, incluindo a vida psíquica humana, seus traumas e patologias, capacidade de destruição e de sensibilidade. Há em nós instintos de violência, de dominação, de destruição que não permitem amor à natureza e à vida. Pensamos que os demais seres estão disponíveis aos seres humanos e que há seres sem importância, quando aprendemos na cosmologia moderna que todos têm a ver com tudo em todos os momentos e em todas as circunstâncias. O ser humano se coloca sobre tudo e não se sente ao lado das coisas, numa grande comunidade planetária.
A ecologia integral parte da nova visão da Terra, como a viram os astronautas, o planeta azul e branco, onde o ser humano é a Terra e a Terra é um planeta do Sol que é apenas um entre bilhões de outros universos. E tudo caminhou tão bem que possibilitou estarmos aqui.
E agora? A pergunta que se impõe é esta: Quem pensamos que somos para fazermos e desfazermos? Nesse universo, o ser humano, apesar de importante, não é como uma formiga que caminha na mesa. Há urgência em criar uma nova consciência do sentido da vida.
A barreira para uma nova visão do universo é feita pela irresponsabilidade, pela ganância, pela ambição daqueles que só enxergam o hoje; os que chegarem amanhã que aproveitem o que sobrou e se sobrou.
Mais que o respeito, é preciso fazer um ato de fé na criação.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME 10
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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