Dando continuidade...
11- Todos os seus problemas foram solucionados ou não?
Sim! Recebi apoio de amigos que foram me auxiliando a me adaptar à vida daqui de fora, inclusive no trabalho.
12- Ainda tem problemas que não puderam ser solucionados?
Não!
13- Como você se sentia nos primeiros dias ou meses fora do seminário, moralmente, socialmente, psicologicamente e sexualmente?
No início, um peixe fora d’agua, mas aos poucos fui me entrosando com amigos, vizinhos e colegas de escola. Além de ter que superar os problemas pessoais, tinha que enfrentar um “desconhecimento” de muitas pessoas em relação à minha família. Minha mãe ficou viúva no interior quando eu tinha dois anos de idade, eu era o sexto filho e meu irmão maior tinha doze anos. Uma tia, irmã de minha mãe, era governanta de um Padre em São Paulo. Imediatamente ele mandou
que minha mãe viesse para São Paulo e conseguiu colégios internos para meus irmãos, ficando comigo e minha mãe em sua casa. Dessa forma, fui criado por ele e daí ser chamado como “o filho do Padre”. É só imaginar como foi a barra quando comentavam que o “filho do Padre” tinha saído do seminário...
14- Você se adaptou bem na vida leiga ou não?
Sim! Continuei sendo o bom companheiro de meu padrinho, o então Monsenhor Jaime. Eu o acompanhava em todas cerimônias religiosas e participava de sua vida apostólica. Ele foi um grande amigo acima de tudo. E como um pai, sempre procurou me integrar ao dia a dia. Profissionalmente, recebi muito apoio de meus parentes e pessoas com as quais iniciei minha experiência profissional.
15- O que falta para você se completar na vida leiga?
Sempre estive próximo da Igreja, pois vivendo com um Padre, freqüentei a Cúria Metropolitana de SP, convivi com Bispos, Padres e Religiosas. Quando o Monsenhor foi dispensado de trabalhar na Paróquia de Nossa Senhora de Monte Serrate, no bairro de Pinheiros e no Colégio das Irmãs da Divina Providência, onde era Capelão, passou a celebrar diariamente a missa em casa, com autorização expressa de Dom Agnelo Rossi. Passei a auxiliá-lo, como se fosse um diácono, pois devido sua idade já bastante avançada e sua “arteriosclerose” chegava a esquecer os passos da liturgia. Gostaria de ter seguido os estudos nesse sentido em busca do Diaconato e poder contribuir mais com a minha comunidade.
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