Nº 1553 - 29/09/2014
6536. Evangelho de 2ª feira (29-09-2014) - S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael Arcanjos - Dn 7, 9-10.13-14 (ou Ap 12, 7-12a); Sl 137; Jo 1, 47-51 - Jesus viu Natanael que vinha para ele e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel”. Jesus disse: “Tu crês porque te disse: Eu te vi debaixo da figueira? Coisas maiores que esta verás!” E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”.
Recadinho: - Jesus aponta para Natanael elogiando-o. - Você se preocupa em elogiar os que merecem elogio? - Nosso modo de agir e o mesmo quando estamos sendo observados e quando ninguém nos vê? - Corremos o risco de julgar uma pessoa apenas pela aparência? - Você realmente se conhece? - Sabe de suas limitações e da potência que tem em seu coração?
6537. Papa Francisco começar pelos últimos da Europa - No dia 21 de setembro de 2014, o Papa Francisco visitou a Albânia. Veja sua “política” de ação, em comentário de Monsenhor Tejado Muñoz, subsecretário do Pontifício Conselho Cor Unum: “Francisco escolheu a Albânia como o primeiro país da Europa a ser visitado por ele para sublinhar sua predileção pelos mais fracos. Pelo nível de importância estratégica, comercial e econômica, a Albânia é um dos países menos significantes. A lógica mundana sempre é seguir os poderosos, “os que podem dar algo em troca”... Mas para o Papa não! Ele começa pelos últimos, pelos pequeninos, por aquele que parece que não tem valor, pois o cristão não segue a outros por interesse ou por uma estratégia para conseguir algo. Esta é a visão que tem o Papa e que deve ter quem é cristão. É a mensagem do Evangelho: “Os últimos serão os primeiros, e os primeiros, os últimos!” (Mt 20, 16a)
6538. Por que Papa Francisco foi à Albânia - Francisco explicou os motivos de sua visita a Tirana em uma entrevista concedida aos jornalistas durante o voo papal de retorno a Roma da Coréia do Sul em meados de agosto/2014. “Por que vou à Albânia? … A presença do Papa é para dizer a todos os povos: “A colaboração é possível!” O motivo que o Papa deu é que ele ia recordar ao mundo, onde continua havendo ódio e desconfiança entre religiões, que a colaboração é possível e que, depois da guerra e da divisão, pode-se alcançar a paz e o equilíbrio. O Papa continuou explicando: “Se olharmos para a história da Albânia, do ponto de vista religioso, foi o único país comunista que acolheu o ateísmo prático em sua Constituição. Ir à Missa era anticonstitucional. E, além disso, dizia-me um dos ministros que naquele tempo foram destruídas - espero não me equivocar na cifra - 1.820 igrejas. Destruídas! Ortodoxas, católicas… Outras igrejas se converteram em cinemas, teatros, salões de baile… Senti que eu deveria ir: ficar perto, em um dia que se realiza… eu considero um verdadeiro apoio a esse nobre povo”, sublinhou o Papa. A Albânia pertenceu à União Soviética, e o comunismo, tal como foi interpretado por Lenin e seus sucessores no governo, requeria a abolição da religião. Neste sentido o governo soviético lançou uma profunda campanha para eliminar a religião da sociedade e perseguiu qualquer tipo de demonstração religiosa pública. Em 1945 na Albânia foram estabelecidas as leis pelas quais as instituições religiosas eram despojadas dos seus bens. No final da guerra, alguns líderes religiosos foram encarcerados ou executados por ser, supostamente, espiões que tinham trabalhado para os italianos, depois da ocupação de Mussolini. Estes líderes, em geral, passaram décadas na prisão e sofreram trabalhos forçados. Os albaneses “conseguiram formar um governo de unidade nacional formado por muçulmanos, ortodoxos e católicos, com um conselho inter-religioso que é muito positivo e equilibrado. E que funciona e estão bem integrados!” O Papa segue os passos de seu predecessor. S. João Paulo II, que também visitou a Albânia há 21 anos, para reconstituir a hierarquia eclesiástica e consagrar os quatro primeiros bispos depois da tortura e da perseguição a que foram submetidos os cristãos. Atualmente 30 por cento dos albaneses são cristãos e 62 por cento muçulmanos.
Pe. Geraldo Rodrigues, CSsR
Pe. Geraldo Rodrigues, CSsR
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