HISTÓRIA DO SÁBADO SANTO
Como começou
Na Igreja antiga, também durante este
dia não havia nenhuma função litúrgica. Era só a noite que se iniciavam
as solenes comemorações da ressurreição. Essa vigília solene já era
mencionada em livros do século segundo.
De acordo com o testemunho de S.
Jerônimo (347-419 m.m) essa vigília de orações já existia no tempo dos
apóstolos. As cerimônias começavam ao por do sol e duravam praticamente
até a meia noite. A manhã do sábado era ocupada com a preparação dos que
à noite receberiam o batismo solene: eram feitos os ritos preparatórios
com os exorcismos e a profissão de fé. Com o passar do tempo, as
cerimônias começaram cada vez mais cedo, até serem feitas na manhã de
sábado. Com isso a vigília pascal perdeu muito de seu significado e de
sua majestade.
Em 1951, o papa Pio XII reintroduziu a vigília noturna. Inicialmente o horário noturno era apenas facultativo. A partir de 1956, tornou-se obrigatória a celebração noturna. Os mais antigos ainda devem lembrar como ao meio dia de sábado já repicavam os sinos anunciando a ressurreição.
Em 1951, o papa Pio XII reintroduziu a vigília noturna. Inicialmente o horário noturno era apenas facultativo. A partir de 1956, tornou-se obrigatória a celebração noturna. Os mais antigos ainda devem lembrar como ao meio dia de sábado já repicavam os sinos anunciando a ressurreição.
Riquezas na Liturgia
Na vigília do sábado santo podemos
distinguir quatro partes: 1ª. Benção do Fogo; 2ª. A benção do Círio
Pascal; 3ª. A benção da água batismal; 4ª. A missa de Páscoa. É bastante
antigo o costume de benzer o fogo novo na vigília pascal. Hoje em dia, é
bastante para nós apertar um botão e ver brilhar a luz, ou riscar um
fósforo e acender o fogo.
Antigamente, as casas conservavam
continuamente aceso um fogo ou uma lâmpada. Na noite de quinta-feira
apagavam-se as velas nas igrejas e também nas casas. Para iniciar, pois,
a vigília pascal era preciso acender novamente o fogo, o que se fazia
usando pedra – a pederneira. Com esse fogo novo eram acesas as velas da
igreja e os fiéis levavam depois velas e tochas para acenderem também as
luzes em suas casas. Isso dava à cerimônia um grande significado. O
fogo novo lembrava facilmente a fé, a luz e a vida que o Cristo nos
trouxe e que deve influenciar toda a nossa vida. Cada lâmpada acesa
durante o ano nas casas lembrava continuamente esse significado: era uma
concretização simbólica da presença de Cristo que deve iluminar cada
lar cristão.
Com o fogo novo era acesa uma grande
vela, o círio, que era levado para dentro da igreja e era benzido
solenemente, lá pelo ano 300. O círio pascal é uma figura de Cristo,
assim podemos compreender a solenidade das palavras da benção litúrgica,
que data possivelmente do século quinto. Na Idade Média, o círio
atingia às vezes enormes proporções. Sabemos de um círio usado na
Inglaterra, em 1517, que tinha uns 11 metros de altura.
A terceira parte da vigília era a benção da fonte batismal. Eram feitas nada menos de doze leituras da Escritura (a partir de 1956 ficaram reduzidas a quatro apenas). Essas leituras deviam servir de instrução para os que deviam ser batizados nessa noite. Até o Século XV, em Roma, as leituras eram feitas também em grego. Terminadas essas longas leituras, o bispo com os sacerdotes e os que deviam ser batizados, dirigiam-se para o batistério da Igreja. Ali se fazia a benção da água batismal e as longas cerimônias do batismo. Isso demorava bastante. Por isso o povo que continuava na Igreja ficava cantando a ladainha de todos os santos. Chegavam a cantar três vezes a ladainha toda; na primeira vez cada invocação era repetida 07 vezes; na segunda 05 vezes; na terceira 03 vezes.
A terceira parte da vigília era a benção da fonte batismal. Eram feitas nada menos de doze leituras da Escritura (a partir de 1956 ficaram reduzidas a quatro apenas). Essas leituras deviam servir de instrução para os que deviam ser batizados nessa noite. Até o Século XV, em Roma, as leituras eram feitas também em grego. Terminadas essas longas leituras, o bispo com os sacerdotes e os que deviam ser batizados, dirigiam-se para o batistério da Igreja. Ali se fazia a benção da água batismal e as longas cerimônias do batismo. Isso demorava bastante. Por isso o povo que continuava na Igreja ficava cantando a ladainha de todos os santos. Chegavam a cantar três vezes a ladainha toda; na primeira vez cada invocação era repetida 07 vezes; na segunda 05 vezes; na terceira 03 vezes.
Podemos imaginar como era grande o
número de batizados, que eram feitos, aliás, só nessa ocasião. Terminado
o batizado, os novos cristãos voltavam para a Igreja, vestidos de
branco, cada um trazendo uma vela acesa. Por esse tempo estavam também
terminando a ladainha de todos os santos.
Começava então a última parte da vigília
pascal, a celebração da santa missa. Essa solenidade foi sempre
considerada na antiguidade a máxima solenidade da Igreja. Nessa missa,
os recém-batizados participavam da comunhão pela primeira vez. Até o ano
600 mais ou menos, esses novos Cristãos recebiam, depois da comunhão
uma bebida preparada com leite e mel. Terminada a missa, os fiéis
voltavam para seus lares, cada família levando uma vela acesa: uma bela
imagem do cristão que leva ao mundo a luz que é o Cristo.
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