Natividade de São João Batista
Pintor veneto do séc. XVII, tela de 128 x 206 cm |
José
Antonio Pagola
REDESCOBRIR
A FESTA
A festa de São João é o pórtico das festas que serão celebradas daqui para fente pelo nosso povo.
Mas, o que é "fazer festa"? O que diferencia o feriado de um dia normal? "Por que alguns dias são maiores do que os outros se, ao longo do ano, a luz vem do sol?", pergunta-se o livro do Eclesiástico.
Há muitos que pensam que o homem moderno está perdendo a capacidade de "celebrar festas". Alguns chegam a falar de uma "civilização sem festas".
Quando "a atividade nua e crua", o trabalho e a eficiência marcam o sistema de uma sociedade e de toda a nossa vida, a festa fica vazia de seu conteúdo mais profundo.
A festa torna-se, então, um dia "não laborativo", dia de férias. Um tempo em que, paradoxalmente, deve-se "trabalhar" e esforçar-se para conseguir uma felicidade que, costumeiramente, não é normal em nossas vidas.
Então, a festa dá lugar ao espetáculo, ao turismo, à fuga das viagens ou à embriaguez dos "salões de festa."
Mas a festa é muito mais do que uma "interrupção do trabalho" ou distensão física. O homem é muito mais que um "animal de trabalho" ou uma máquina que precisa de recuperação.
Precisamos mais do que umas férias que nos distraiam e nos façam esquecer as preocupações que, normalmente, possuem nossos dias de trabalho. Algo que não pode alcançar a "indústria do lazer" por mais fórmulas que invente para preencher ou, como diz expressivamente, para "matar o tempo".
A festa de São João é o pórtico das festas que serão celebradas daqui para fente pelo nosso povo.
Mas, o que é "fazer festa"? O que diferencia o feriado de um dia normal? "Por que alguns dias são maiores do que os outros se, ao longo do ano, a luz vem do sol?", pergunta-se o livro do Eclesiástico.
Há muitos que pensam que o homem moderno está perdendo a capacidade de "celebrar festas". Alguns chegam a falar de uma "civilização sem festas".
Quando "a atividade nua e crua", o trabalho e a eficiência marcam o sistema de uma sociedade e de toda a nossa vida, a festa fica vazia de seu conteúdo mais profundo.
A festa torna-se, então, um dia "não laborativo", dia de férias. Um tempo em que, paradoxalmente, deve-se "trabalhar" e esforçar-se para conseguir uma felicidade que, costumeiramente, não é normal em nossas vidas.
Então, a festa dá lugar ao espetáculo, ao turismo, à fuga das viagens ou à embriaguez dos "salões de festa."
Mas a festa é muito mais do que uma "interrupção do trabalho" ou distensão física. O homem é muito mais que um "animal de trabalho" ou uma máquina que precisa de recuperação.
Precisamos mais do que umas férias que nos distraiam e nos façam esquecer as preocupações que, normalmente, possuem nossos dias de trabalho. Algo que não pode alcançar a "indústria do lazer" por mais fórmulas que invente para preencher ou, como diz expressivamente, para "matar o tempo".
Nascimento de São João Batista (1554
aprox.)
Pintura de Tintoretto (pintor italiano: 1518 - 1594) Museu de S. Petersburgo - Tela de 181 x 266 cm |
O importante é "viver
em festa" por dentro. Saber celebrar a vida. Abrir-nos ao dom do
Criador. Despertar o melhor que há
em nós,
e que fica obscurecido pelo esquecimento, superficialidade, atividade, e o ritmo
frenético da vida cotidiana.
Viver com o coração aberto a esse Pai que dá significado e valor definitivos ao nosso viver diário. Sentir-nos irmãos dos homens e da criação inteira. Deixar falar o nosso Deus e degustar a sua presença carinhosa em nossas vidas.
Desse modo, a festa adquire um significado real, é tingida com uma alegria que não tem nada a ver com o gozo do trabalho eficaz e bem feito, nos regenera e redime-nos do tédio e do desgaste diário.
Quem não descobriu isso, continuará, infelizmente, confundindo as férias com a festa, simplesmente porque é incapaz de "viver e festa."
Tradução de: Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo.
Fonte: MUSICALITURGICA.COM - Homilìas de José A. Pagola - 20 de junho de 2012 - Internet: http://www.musicaliturgica.com/0000009a2106d5d04.php
Viver com o coração aberto a esse Pai que dá significado e valor definitivos ao nosso viver diário. Sentir-nos irmãos dos homens e da criação inteira. Deixar falar o nosso Deus e degustar a sua presença carinhosa em nossas vidas.
Desse modo, a festa adquire um significado real, é tingida com uma alegria que não tem nada a ver com o gozo do trabalho eficaz e bem feito, nos regenera e redime-nos do tédio e do desgaste diário.
Quem não descobriu isso, continuará, infelizmente, confundindo as férias com a festa, simplesmente porque é incapaz de "viver e festa."
Tradução de: Pe. Telmo José Amaral de Figueiredo.
Fonte: MUSICALITURGICA.COM - Homilìas de José A. Pagola - 20 de junho de 2012 - Internet: http://www.musicaliturgica.com/0000009a2106d5d04.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar. Sua participação é muito importante para nós. Deixe seu e-mail para podermos lhe contatar.