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| PADRE WALMIR GARCIA DOS SANTOS CSsR |
Maria Eterna: Explique-me, por favor, esta passagem em Hb 11, 8: “Pela fé, Abrão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança e saiu sem saber para onde ia”.
O capítulo onze de Hebreus fala da fé e no versículo primeiro trás uma definição de fé que é: “Fé é o fundamento do que se espera e a convicção das realidades que não se vêem”. Por este conceito de fé podemos ver que nossos pais na fé tiveram convicções, sentiram o chamado de Deus e forma, sem mesmo saber para onde, mas confiaram na graça de Deus. Precisamos ter mais confiança e esperança, isso significa ter fé.
Lídia: Sou uma pessoa muito preocupada com a minha família ao ponto de sofrer a dor deles. Sei que, na maioria das vezes, não posso fazer nada, mas toda a vida fui assim e isso sempre me fez sofrer, pois também tenho meus problemas e me sobrecarrega. O que fazer?
Eu penso que você deve se tranqüilizar no seu modo de ser, tomando cuidado com você em primeiro lugar. Não se pode descuidar de você, mas procure serenizar, pois quando temos um modo de ser dificilmente mudamos. Ter compaixão com o sofrimento do outro é um sentimento cristão, mas é preciso sofrer com o outro e ajudá-lo a sair do sofrimento, sendo solidário com ele.
Marilene: O que acha de pais que dão tudo para o filho único, porque não tiveram muitas coisas quando crianças?
Eu acho uma deseducação. Não se pode dar tudo para os filhos, ainda mais sendo filho único. Muitos pais querem suprir nos filhos o que não tiveram quando crianças e isso é um grande erro. É preciso educar para que o filho construa sua própria vida e não ache que tudo é muito fácil. Pode dar problema no futuro.
Vera Lúcia: Dei de presente para minha irmã uma colcha de casal, hoje já tem quase um ano que minha irmã faleceu. Agora minha sobrinha pegou a colcha e levou para a Igreja Evangélica que ela freqüenta dizendo que nesta colcha tem macumba. Estou inconformada e quero bater na minha sobrinha. O que devo fazer?
Não perca tempo em dar uma surra na sua sobrinha, primeiro porque não fará bem para você e, segundo, ela não mudará de opinião se levar uma surra. Reze por ela, para que Deus abra a sua consciência e deixe de ser ignorante, como está sendo. Peça a colcha de volta, se assim você o quiser, mas não agrida sua sobrinha, ela está sendo muito radical no seu modo de crer, paciência!
Clarisvânia de Fátima: Eu não tenho dúvidas sobre a Igreja Ortodoxa e nem sobre a Católica, mas meu marido tem dúvidas e quer saber qual a diferença entre elas.
Apesar das semelhanças, pois ambas são católicas e tiveram a mesma origem, as diferenças doutrinárias são profundas, conforme abaixo resumidas. Se separaram no século onze.
A Igreja Ortodoxa não aceita a primazia como a infalibilidade do bispo de Roma, o Papa, conforme definido pela Igreja Católica. Pela doutrina católica, o Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade, procede do Pai e do Filho, definido no Concílio de Nicéia, enquanto que, para os ortodoxos, o Espírito Santo só procede do Pai.
A Igreja Ortodoxa não aceita o Juízo particular imediatamente após a morte, como ensina a Igreja Católica, admitindo somente o Juízo Universal; conseqüentemente, a Igreja Ortodoxa não admite a existência do purgatório, bem como não aceita as indulgências. Imaculada Conceição: Nossa Senhora, para os ortodoxos, foi concebida com o pecado original, enquanto que a Igreja católica sempre defendeu o contrário, definido por Pio IX como dogma, em 1854.
Algumas diferenças relativas à liturgia, ao culto, aos sacramentos e à disciplina eclesiástica:
Para os ortodoxos, a consagração do pão e do vinho é realizada no Prefácio da Missa, e não no Canon, com as palavras pronunciadas por Nosso Senhor na última Ceia, conforme a liturgia católica.
Na Igreja Ortodoxa não há as tradicionais devoções da Igreja Católica, como a comemoração de Corpus Christi, do Sagrado Coração de Jesus, a cerimônia da Via Sacra, o culto ao Imaculado Coração de Maria, Rosário, e outras.
Os ortodoxos só aceitam ícones nos templos, não aceitando o uso de imagens.
Para os ortodoxos, o Sacramento do Matrimônio é ministrado pelo padre, enquanto que para a Igreja Católica, os ministros são os nubentes.
Os sacerdotes ortodoxos têm liberdade de optar entre o celibato e o matrimônio, enquanto os sacerdotes católicos são celibatários.
A Missa é um ponto semelhante: em ambas renova-se o sacrifício do Calvário. A Igreja ortodoxa segue a Missa composta por S. João Crisóstomo, portanto válida, embora ilícita, pela separação que há com o Papa.
Mônica Soares: Sou casada apenas no civil, eu posso receber a comunhão? Eu já fiz a primeira comunhão!
Sobre esse assunto o melhor é conversar com o padre de sua paróquia para ver a sua situação, cada caso deve ser analisado separadamente.

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