Santos Protomártires da Igreja de Roma, 64-67
Hoje a Igreja celebra a memória dos cristãos que sofreram o martírio durante a perseguição de Nero, no ano 64. A culpa do incêndio de Roma recaiu sobre os cristãos, os quais foram cruelmente martirizados.
Do lado Sul da Basílica Vaticana há um recinto pequeno, chamado ainda hoje Praça dos Protomártires (primeiros mártires) Romanos. As iluminações que lá se vêem na noite de 26 de Junho, evocam as fogueiras que, pelos anos 64 e 65 extinguiram, ou sublimaram, humildes e heróicas vidas humanas. Roma ardera seis dias e sete noites. Prendem-se primeiro os que são suspeitos de seguir o cristianismo, e depois, conforme as denúncias que se vão fazendo, prendem-se outros em massa, condenados menos pelo crime de incêndio, do que pelo ódio que outros lhes têm. Aos tormentos juntam-se as mofas, homens envolvidos em peles de animais morrem despedaçados pelos cães, ou são presos a cruzes, ou destinados a ser abrasados e acendidos, à maneira luz noturna ao anoitecer ... Nero oferece os seus jardins para este espectáculo; vestido de cocheiro, corre misturado com a multidão, ou em cima dum carro. A perseguição movida por Nero prolongou-se até ao ano 67. E entre os mártires mais ilustres estavam São Pedro e São Paulo. O primeiro foi crucificado no circo de Nero, actual Basílica de São Pedro. São Paulo foi decapitado junto da estrada que leva a Óstia.
São Marçal de Limoges
São Marçal, Marçal de Limoges, Marcial de Limoges (Gália, séc. III) foi o primeiro bispo de Limoges. É venerado como santo mártir pelas igrejas católica, ortodoxa e anglicana.
Pouco há de histórico sobre sua vida, além de dados essenciais como seu envio de Roma,sua atuação missionária na Aquitânia e seu martírio. Tudo o que se sabe provém dos relatos de Gregório de Tours (538 – 593) e pode ser assim resumido, segundo a Catholic Encyclopedia:
Durante o consulado de Décio e Grato, sete bispos foram enviados de Roma para a Gália para atividades missionárias. Gaciano para Tours, Trófimo para Arles, Paulo para Narbona, Saturnino para Toulouse, Denis para Paris, Austremônio para Clermont e Marçal para Limoges. Marçal deve ter sido acompanhado por dois presbíteros enviados do Oriente. Parece que ele mesmo era natural da Gália. Evangelizou a Aquitânia a partir de sua sé episcopal em Limoges.
Foi martirizado no século III, juntamente com São Alpiniano e São Austricliniano, presbíteros de sua diocese.
Uma lenda medieval o inclui como um dos companheiros de São Pedro e primeiro evangelizador da Gália Aquitanense. As lendas medievais ornaram a vida do santo com feitos extraordinários.
É representado com as vestes episcopais, geralmente casula, capa magna, báculo e mitra. Em representações mais antigas, usa túnica e pálio apostólico. Seus atributos iconográficos são os paramentos episcopais, bastão mágico em forma de mão da justiça, bordão de cruz dupla, em algumas representações um anjo o acompanha.
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