PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
4º Domingo da Quaresma (03.04.11)
João 9,1-38
Enxergar para ver
O tempo da Quaresma é um tempo que nos faz lembrar o Batismo, isto é, renovar nossa vontade de seguir Jesus. Por isso lemos o milagre no qual Jesus cura um cego passando sobre seus olhos o barro feito com a saliva. Entendemos também a razão de sermos cristãos: mistura perfeita saliva e terra: Deus usando o homem para salvar homem. Depois mandou lavar os olhos na fonte chamada Siloé, que quer dizer enviado. Ele é o Enviado de Deus que, pelo batismo lava nossos olhos para vermos através da fé. Ficamos assim iluminados.
Vendo pela fé, enxergamos melhor. Aprendemos a ver como Deus vê. A história da escolha de Davi revela que os critérios da fé são outros. Deus vê o coração. Nós vemos a aparência. O salmo do bom pastor nos explica que, ser levado à águas do batismo é como ser conduzido pelo pastor para bons lugares. Deus nos introduz na vida eterna. Somos iluminados por Cristo.
5º Domingo da Quaresma (10.04.11)
O defunto voltou
Jo 11, 1-45
Nem podemos imaginar o que aconteceu quando Lázaro saiu do sepulcro. Era uma gruta cavada na rocha. Ele saiu. Só depois que Jesus mandou desamarrar as faixas para ele andar. Como saiu? Imaginemos o sururu que foi. Isso não é o mais importante.
Jesus hoje nos ensina que Ele é a Vida, pois pôde dar a vida a Lázaro. O evangelho de hoje quer nos explicar que Ele nos dá a Vida através do Batismo. É a nossa ressurreição já e depois, no fim da vida, pois Ele, por sua Morte e Ressurreição, nos deu a Vida.
Para nós que cremos, Ele nos convida a levar nossa cruz com o mesmo amor que Ele carregou. Só assim teremos condição de dizer que vivemos a vida de batizados.
Os sacramentos que recebemos realizam em nós essa vida.
Domingo de Ramos (17.04.11)
Mateus 21,1-11 e 27,11-54
O rei que deu certo.
Jesus, nesta Semana Santa embaralha a cabeça da gente. Entra na cidade de Jerusalém numa festa adoidada com uma multidão que o colocou no trono da glória. O povo conhece a verdade e não escondeu. Bendito o que em e nome do Senhor! Maravilha! Esta é a primeira parte da missa de hoje.
Depois que acaba a procissão, calam-se a alegrias e ouvimos uma missa triste, já contando os sofrimentos e morte de Jesus. Por que estes dois sentimentos? Podemos responder: Mostra glória da vitória de Jesus que vem depois de sua morte.
Ele foi rei na entrada da cidade, rei na cruz (estava coroado), rei na ressurreição. E aí para sempre. A palavra rei não é boa, mas por enquanto fica.
Quinta-Feira Santa (21.04.11)
João 13,1-15
Um lanche que salva
Como a gente gostaria de estar ali naquele momento de ternura que Jesus anima com sua bondade. Deu um exemplo de humildade, lavou os pés dos apóstolos, criou o sacramento da Eucaristia no pão e no vinho, deixou-nos o mandamento do amor, inaugurou um novo modo de ser sacerdote e mandou fazer o que Ele estava fazendo.
Fazer o que fez é, é Ele que está fazendo. Ele garante,
A Eucaristia,parece tão simples, até parece um lanche, mas é tudo o que Ele fez por nós e nos ensinou a fazer. Assim temos a salvação hoje.
Sexta-Feira Santa (22.04.11)
João 18,1-19.42
Um amor de se derramou
É assustador ver o sangue derramado por Jesus na Cruz. Como pudemos chegar esse ponto de tanta dor e crueldade. Mas, maior e mais assustador é ver que tudo isso é um pequeno sinal do quanto Deus nos ama e o quanto ainda faz por nós.
O sangue de Jesus foi muito, mas o amor foi muito maior. Seu amor foi um tsuname que arrasou com mal. Por que temos ainda que sofrer males? Basta fazer tudo no amor, com amor e para o amor, que estanca a onda do mal que é menor que o tsuname do AMOR
Sábado Santo (23.04.11)
Mateus 28,1-10
Foi triste, mas...
Aquele sábado foi de doer. Vendo os discípulos a Mãe, sentimos que eles estavam pingando de dor, de desilusão, de desencanto, de desesperança, de medo. Que fim de semana sombrio. Sem palavras para explicar. E agora?
Celebramos a santidade deste dia, como diziam os antigos, enquanto o rei dorme. Não havia nada neles que dissesse outra coisa. Os inimigos rindo até à orelhas. Quem sabe até esquecendo, pois o perigo tinha sido cortado. A paz voltara.
Hoje nós labutamos por um pouco de silêncio, não para ouvir Deus falar, mas para silenciar tudo e estar com Ele e com todos os que não tem quem olhe para eles e possa ouvir seus silêncios de dor.
Domingo de Páscoa (24.04.11)
João 20,1-9
Por que primeiro às mulheres?
Se a morte de Jesus foi um caos e dor, sua ressurreição foi um temporal de alegria. Não podemos imaginar o que seja ter de volta vivo e presente, aquele que há 3 dias fora enterrado sem esperanças. Deve ter sido uma loucura. Inacreditável!
O primeiro momento foi com Maria Madalena. Foi procurar um morto e não o encontrou. Desapareceu. Maria corre para contar para os discípulos Pedro e João. Estes correm para o túmulo, vêem vazio, com os panos e faixas por ali. Pedro entrou e viu. João entrou e acreditou. Não basta ver, é preciso acreditar que ele vive.
Madalena que fora a pecadora, agora é a anunciadora. Assim, o povo que antes acolhera Jesus, agora deve acreditar que Ele vive e é o Senhor.
Agora é nossa vez de fazer a caminhada para o alto, onde Ele está.
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