Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
“Festa Corpo e Sangue de Cristo”
Grandezas do amor
Celebramos a Festa do Corpo de Cristo. É uma continuação da Quinta-Feira Santa no sentido mais da devoção e do amor a Jesus presente na Hóstia Consagrada. Naquele dia não pudemos fazer muitas manifestações, pois era Semana Santa. Mesmo assim tivemos a adoração da noite. Agora Jesus recebe o louvor pelas ruas enfeitadas. A celebração não perde a dimensão de Ceia Eucarística, instituída por Jesus para memória de sua Morte e Ressurreição, mas acentua a adoração. É uma pena só ficarmos nas flores e nos incensos. A liturgia lembra o sacrifício que Melquisedec (nome complicado que significa rei de justiça e santidade) no qual ofereceu pão e vinho. E continuamos a tradição, como diz Paulo: “O que recebemos dos apóstolos, transmitimos”. A Eucaristia não pode perder o valor de partilha que Jesus colocou nela. Sem partir o pão e repartir, jamais teremos uma Eucaristia completa. Ela foi instituída para ser comida e para ser partilhada. Depois adorada. É o que fazemos hoje. Cantamos: “Eu quisera, Jesus adorado, teu sacrário de amor rodear... hei de amar-te por todos aqueles, que ingratos não te querem amar” (canto eucarístico). A festa de hoje, levando Jesus Eucaristia pelas ruas, não quer espetáculo, mas acolher o carinho da comunidade que quer dizer: Jesus faz parte de nossa vida.
Pão e vinho
Jesus sempre é criativo. O que escolheríamos para resumir tudo o que somos e o que pretendemos? Jesus escolheu o pão e o vinho que são os alimentos para a vida corporal. Jesus sacia a fome da pessoa inteira pelo pão e vinho que, por sua palavra se tornam seu Corpo e Sangue. O que era matéria torna-se realidade divina. Por que pão e vinho? Desde os inícios da história da humanidade, o pão e do vinho como alimento e como homenagem às pessoas, como vemos no sacrifício de Melquisedec. No templo de Jerusalém, todo sacrifício era molhado com um copo de vinho e um pouco de farinha (pão) (Lv 23,13). Podemos ver que fazemos o mesmo no sacrifício de Cristo, na Eucaristia. São os símbolos da vida que dão a Vida. Na verdade deveríamos ser nós oferecidos. Colocamos o que simboliza a nossa vida. Por isso Jesus, dando vida oferece-a nos símbolos do pão e do vinho que se tornam seu Corpo e Sangue, pela Palavra e pelo Espírito.
Caminho espiritual
Jesus, no sacramento da Eucaristia é para nós alimento e comunhão. Consumindo o Corpo do Senhor, somos por Ele consumidos. Estabelece-se uma união de corpo e alma. Por essa somos transformados Nele. Nós também somos criativos para com Jesus. Como guardamos seu Corpo e Sangue na Hóstia e no Vinho consagrados, cremos em sua presença, e a aproveitamos para o encontro pessoal com Ele na adoração, no respeito e no carinho de quem ama. Ele está ali, e nós O adoramos de muitos modos e com muitos ritos. Infelizmente nem sempre tomamos conhecimento de sua presença. Se tivéssemos uma fé mais consistente, cultivaríamos com maior alegria essa presença. É um contra-testemunho o que fazemos. Jesus é humilde na Eucaristia. Se mostrasse a Glória, nos distanciaríamos. É um caminho espiritual para nós. Nós o adoramos, carregamos com respeito, enfeitamos o altar, fazemos ritos. Ele é o amigo que nos acompanha e espera sempre de nós a resposta de amor. Eucaristia é Vida e o caminho para a Vida.
(JUNHO-2010)
“Festa Corpo e Sangue de Cristo”
Grandezas do amor
Celebramos a Festa do Corpo de Cristo. É uma continuação da Quinta-Feira Santa no sentido mais da devoção e do amor a Jesus presente na Hóstia Consagrada. Naquele dia não pudemos fazer muitas manifestações, pois era Semana Santa. Mesmo assim tivemos a adoração da noite. Agora Jesus recebe o louvor pelas ruas enfeitadas. A celebração não perde a dimensão de Ceia Eucarística, instituída por Jesus para memória de sua Morte e Ressurreição, mas acentua a adoração. É uma pena só ficarmos nas flores e nos incensos. A liturgia lembra o sacrifício que Melquisedec (nome complicado que significa rei de justiça e santidade) no qual ofereceu pão e vinho. E continuamos a tradição, como diz Paulo: “O que recebemos dos apóstolos, transmitimos”. A Eucaristia não pode perder o valor de partilha que Jesus colocou nela. Sem partir o pão e repartir, jamais teremos uma Eucaristia completa. Ela foi instituída para ser comida e para ser partilhada. Depois adorada. É o que fazemos hoje. Cantamos: “Eu quisera, Jesus adorado, teu sacrário de amor rodear... hei de amar-te por todos aqueles, que ingratos não te querem amar” (canto eucarístico). A festa de hoje, levando Jesus Eucaristia pelas ruas, não quer espetáculo, mas acolher o carinho da comunidade que quer dizer: Jesus faz parte de nossa vida.
Pão e vinho
Jesus sempre é criativo. O que escolheríamos para resumir tudo o que somos e o que pretendemos? Jesus escolheu o pão e o vinho que são os alimentos para a vida corporal. Jesus sacia a fome da pessoa inteira pelo pão e vinho que, por sua palavra se tornam seu Corpo e Sangue. O que era matéria torna-se realidade divina. Por que pão e vinho? Desde os inícios da história da humanidade, o pão e do vinho como alimento e como homenagem às pessoas, como vemos no sacrifício de Melquisedec. No templo de Jerusalém, todo sacrifício era molhado com um copo de vinho e um pouco de farinha (pão) (Lv 23,13). Podemos ver que fazemos o mesmo no sacrifício de Cristo, na Eucaristia. São os símbolos da vida que dão a Vida. Na verdade deveríamos ser nós oferecidos. Colocamos o que simboliza a nossa vida. Por isso Jesus, dando vida oferece-a nos símbolos do pão e do vinho que se tornam seu Corpo e Sangue, pela Palavra e pelo Espírito.
Caminho espiritual
Jesus, no sacramento da Eucaristia é para nós alimento e comunhão. Consumindo o Corpo do Senhor, somos por Ele consumidos. Estabelece-se uma união de corpo e alma. Por essa somos transformados Nele. Nós também somos criativos para com Jesus. Como guardamos seu Corpo e Sangue na Hóstia e no Vinho consagrados, cremos em sua presença, e a aproveitamos para o encontro pessoal com Ele na adoração, no respeito e no carinho de quem ama. Ele está ali, e nós O adoramos de muitos modos e com muitos ritos. Infelizmente nem sempre tomamos conhecimento de sua presença. Se tivéssemos uma fé mais consistente, cultivaríamos com maior alegria essa presença. É um contra-testemunho o que fazemos. Jesus é humilde na Eucaristia. Se mostrasse a Glória, nos distanciaríamos. É um caminho espiritual para nós. Nós o adoramos, carregamos com respeito, enfeitamos o altar, fazemos ritos. Ele é o amigo que nos acompanha e espera sempre de nós a resposta de amor. Eucaristia é Vida e o caminho para a Vida.
(JUNHO-2010)
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