Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
“Jesus sentiu compaixão”
Um Deus que ama o pobre
Retomamos, na liturgia, o Tempo Comum. É o tempo forte que nos oferece um quadro completo da Vida do Senhor seguindo um dos três evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Sua finalidade é o crescimento dos fiéis. João é lido todos os anos, distribuído nos diversos tempos. Estamos no décimo domingo do Tempo Comum. Os anteriores vieram antes da Quaresma. Na leitura do evangelho de hoje ouvimos a cura do filho único da viúva que nos ensina a misericórdia de Deus para com os pobres e a vitória de Cristo sobre a morte. Paulo escreve que o último inimigo a ser vencido será a morte (1Cor,15,26). Adiantamos esta vitória vencendo todos os sinais de morte que existem na sociedade. Jesus, neste milagre, infringe a lei judaica da pureza: Aproximou-se e tocou o caixão, contaminando-se. Atrai sobre si a contaminação para dar ao jovem a vida, que é o máximo da pureza. O segundo gesto de Jesus é dizer ao defunto: “Jovem, Eu te ordeno, levanta-te!” (Lc 7,14). É o mesmo verbo usado para a ressurreição. O jovem participa, assim, da vida do ressuscitado. A multidão reage reconhecendo a divindade. Cumpre-se a profecia de Moisés sobre um profeta que fará grandes milagres e sinais (Dt 18,15-19). Jesus então mostrou uma face de sua missão que é a manifestação daquilo que aparece claro no Antigo Testamento: Deus cuida dos pobres que a Ele clamam (Sl 12,5). A dor da viúva era imensa, pois, com morte do marido perdera o sustento. E agora, com a morte do filho único, perdia a garantia de vida para o futuro. Nada lhe restava, a não ser a bondosa misericórdia de Deus que não falha. Certo que muitas viúvas sofriam no tempo de Jesus. Jesus mostra a misericórdia do Pai para que aprendamos a fazer o mesmo.
No fundo do poço
Quando dizemos que Jesus fez uma opção pelos pobres, não tomamos uma posição política, mas divina, em continuação ao Deus que, no Antigo Testamento, se faz o defensor dos oprimidos. Ele é o “Goel” isto é, Redentor, parente próximo responsável pelos necessitados. É um termo jurídico que indica a responsabilidade de alguém sobre aquele que lhe é próximo por sangue. Como o miserável não tem parente que o salve, Deus se faz seu parente, seu redentor. Jesus se preocupa muito com os sofredores porque eles não têm outra solução. Quem não precisa de Deus, quem tem tudo, não precisa de ajuda. São estes pobres que acolhem Jesus e ouvem sua Palavra. É o testemunho que temos da viúva que acolhe Elias e a Palavra de Deus. Em seu sofrimento é socorrida. Deus socorre, mesmo antes de o pedirmos. Ele sabe de nossas necessidades, mesmo antes que Lho digamos (Mt 6,8).
Um poço mais profundo
Sofrimento não é castigo, como interpreta a mulher que hospedava o profeta. Deus sempre liberta, mas nem sempre do jeito que a gente O “manda” fazer. Forçar Deus a milagres é pecar contra o segundo mandamento: “Não tentarás o Senhor teu Deus”. O refrão do salmo clama: “Vós me livrastes e preservastes minha vida da morte” (Sl 29). Há muitos sinais de dor na sociedade. Há pessoas com dores físicas e espirituais. A essas Jesus dirige sua palavra e seu toque. Continuamos a missão redentora de Jesus para cada sofredor. A Eucaristia é o espaço de dizermos: “Jovem, eu te digo, levanta-te”.
Leituras: 1Reis 17,17-24; Sl 29 (30) Gálatas 1,11-19; (Lucas 7,11-17)
1. Retomamos o Tempo Comum que nos oferece um quadro completo da Vida do Senhor através dos evangelhos sinóticos. No evangelho do 10º domingo do Tempo Comum ouvimos a ressurreição do jovem de Naim. É o ensinamento sobre a misericórdia de Deus para com os pobres. Jesus contamina-se para dar a vida. Manda o jovem levantar-se, o mesmo que ressuscitar. Jesus continua a misericórdia do Pai. Nós estamos envolvidos nesta missão.
2. A opção pelos necessitados não é política, mas Divina, pois está em continuação da missão redentora do Pai. Ele é o Goel, o Redentor, isto é, o parente próximo responsável. Deus se preocupa com os sofredores porque eles não têm ninguém por eles. E são eles que acolhem Jesus e sua palavra. Deus socorre antes de pedirmos.
3. Sofrimento não é castigo. Deus sempre liberta, mas como quer, não como mandamos. Há muitas dores na sociedade. Jesus dirige a todos sua palavra e seu toque. Continuamos a missão redentora de Jesus para com cada sofredor. A Eucaristia é espaço para essa missão.
Eletrocardiograma de Jesus
Jesus não tinha um coração muito saudável. No fim fizeram uma operação violenta em seu coração. Quando cortaram, dele saiu sangue e água. Acabou. Na cena do evangelho da ressurreição do filho da viúva de Naim mostrou um coração muito mole. Não podia ver a dor, que doía n’Ele. Deste coração aberto pela lança jorra, sem parar, uma enxurrada de bondades que chamamos de graças que inundam aqueles que tem batidas compassadas com a sua.
Quando Jesus ressuscita o jovem não está só resolvendo um problema de uma viúva que iria ficar no total desamparo, pois as viúvas não herdavam dos maridos, mas quer mostrar que Ele é Vida e participa da vida das pessoas para dar alegria e vitalidade.
No Antigo Testamento, o profeta Elias também ressuscita o filho único de uma senhora. Deus é fonte de Vida, por isso a palavra de Jesus é vida.
O Evangelho não é de origem humana, mas vem de Deus em Cristo, como afirma Paulo. A pregação do Evangelho não é um somente um som que sai da boca, mas é o Espírito de Deus que penetra os corações.
“Jesus sentiu compaixão”
Um Deus que ama o pobre
Retomamos, na liturgia, o Tempo Comum. É o tempo forte que nos oferece um quadro completo da Vida do Senhor seguindo um dos três evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Sua finalidade é o crescimento dos fiéis. João é lido todos os anos, distribuído nos diversos tempos. Estamos no décimo domingo do Tempo Comum. Os anteriores vieram antes da Quaresma. Na leitura do evangelho de hoje ouvimos a cura do filho único da viúva que nos ensina a misericórdia de Deus para com os pobres e a vitória de Cristo sobre a morte. Paulo escreve que o último inimigo a ser vencido será a morte (1Cor,15,26). Adiantamos esta vitória vencendo todos os sinais de morte que existem na sociedade. Jesus, neste milagre, infringe a lei judaica da pureza: Aproximou-se e tocou o caixão, contaminando-se. Atrai sobre si a contaminação para dar ao jovem a vida, que é o máximo da pureza. O segundo gesto de Jesus é dizer ao defunto: “Jovem, Eu te ordeno, levanta-te!” (Lc 7,14). É o mesmo verbo usado para a ressurreição. O jovem participa, assim, da vida do ressuscitado. A multidão reage reconhecendo a divindade. Cumpre-se a profecia de Moisés sobre um profeta que fará grandes milagres e sinais (Dt 18,15-19). Jesus então mostrou uma face de sua missão que é a manifestação daquilo que aparece claro no Antigo Testamento: Deus cuida dos pobres que a Ele clamam (Sl 12,5). A dor da viúva era imensa, pois, com morte do marido perdera o sustento. E agora, com a morte do filho único, perdia a garantia de vida para o futuro. Nada lhe restava, a não ser a bondosa misericórdia de Deus que não falha. Certo que muitas viúvas sofriam no tempo de Jesus. Jesus mostra a misericórdia do Pai para que aprendamos a fazer o mesmo.
No fundo do poço
Quando dizemos que Jesus fez uma opção pelos pobres, não tomamos uma posição política, mas divina, em continuação ao Deus que, no Antigo Testamento, se faz o defensor dos oprimidos. Ele é o “Goel” isto é, Redentor, parente próximo responsável pelos necessitados. É um termo jurídico que indica a responsabilidade de alguém sobre aquele que lhe é próximo por sangue. Como o miserável não tem parente que o salve, Deus se faz seu parente, seu redentor. Jesus se preocupa muito com os sofredores porque eles não têm outra solução. Quem não precisa de Deus, quem tem tudo, não precisa de ajuda. São estes pobres que acolhem Jesus e ouvem sua Palavra. É o testemunho que temos da viúva que acolhe Elias e a Palavra de Deus. Em seu sofrimento é socorrida. Deus socorre, mesmo antes de o pedirmos. Ele sabe de nossas necessidades, mesmo antes que Lho digamos (Mt 6,8).
Um poço mais profundo
Sofrimento não é castigo, como interpreta a mulher que hospedava o profeta. Deus sempre liberta, mas nem sempre do jeito que a gente O “manda” fazer. Forçar Deus a milagres é pecar contra o segundo mandamento: “Não tentarás o Senhor teu Deus”. O refrão do salmo clama: “Vós me livrastes e preservastes minha vida da morte” (Sl 29). Há muitos sinais de dor na sociedade. Há pessoas com dores físicas e espirituais. A essas Jesus dirige sua palavra e seu toque. Continuamos a missão redentora de Jesus para cada sofredor. A Eucaristia é o espaço de dizermos: “Jovem, eu te digo, levanta-te”.
Leituras: 1Reis 17,17-24; Sl 29 (30) Gálatas 1,11-19; (Lucas 7,11-17)
1. Retomamos o Tempo Comum que nos oferece um quadro completo da Vida do Senhor através dos evangelhos sinóticos. No evangelho do 10º domingo do Tempo Comum ouvimos a ressurreição do jovem de Naim. É o ensinamento sobre a misericórdia de Deus para com os pobres. Jesus contamina-se para dar a vida. Manda o jovem levantar-se, o mesmo que ressuscitar. Jesus continua a misericórdia do Pai. Nós estamos envolvidos nesta missão.
2. A opção pelos necessitados não é política, mas Divina, pois está em continuação da missão redentora do Pai. Ele é o Goel, o Redentor, isto é, o parente próximo responsável. Deus se preocupa com os sofredores porque eles não têm ninguém por eles. E são eles que acolhem Jesus e sua palavra. Deus socorre antes de pedirmos.
3. Sofrimento não é castigo. Deus sempre liberta, mas como quer, não como mandamos. Há muitas dores na sociedade. Jesus dirige a todos sua palavra e seu toque. Continuamos a missão redentora de Jesus para com cada sofredor. A Eucaristia é espaço para essa missão.
Eletrocardiograma de Jesus
Jesus não tinha um coração muito saudável. No fim fizeram uma operação violenta em seu coração. Quando cortaram, dele saiu sangue e água. Acabou. Na cena do evangelho da ressurreição do filho da viúva de Naim mostrou um coração muito mole. Não podia ver a dor, que doía n’Ele. Deste coração aberto pela lança jorra, sem parar, uma enxurrada de bondades que chamamos de graças que inundam aqueles que tem batidas compassadas com a sua.
Quando Jesus ressuscita o jovem não está só resolvendo um problema de uma viúva que iria ficar no total desamparo, pois as viúvas não herdavam dos maridos, mas quer mostrar que Ele é Vida e participa da vida das pessoas para dar alegria e vitalidade.
No Antigo Testamento, o profeta Elias também ressuscita o filho único de uma senhora. Deus é fonte de Vida, por isso a palavra de Jesus é vida.
O Evangelho não é de origem humana, mas vem de Deus em Cristo, como afirma Paulo. A pregação do Evangelho não é um somente um som que sai da boca, mas é o Espírito de Deus que penetra os corações.
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