Pe. João A. Mac Dowell S.J.
Por que os discípulos de Jesus tiveram tanta dificuldade em acreditar na sua ressurreição, apesar de Jesus ter anunciado que ressuscitaria ao terceiro dia?
Acreditar na ressurreição de Jesus significa aceitar que aquele mesmo homem que foi crucificado é o Salvador do mundo. E isso não é um fato, que se apresenta a todos como evidente. É uma verdade que se deve crer. Os discípulos não duvidaram, por exemplo, da ressurreição de Lázaro. Nem tampouco os chefes dos judeus. Era incontestável. Mas nem por isso estes últimos creram em Jesus. Ao contrário, decidiram eliminá-lo, porque a mensagem de Jesus pobre e humilde se opunha a seus interesses. O seu modo de ser era diferente do Messias que eles esperavam.
Os judeus do tempo de Jesus e os seus próprios discípulos esperavam que Deus salvaria o seu povo de um modo espetacular por meio dum Messias poderoso. Ele triunfaria sobre seus inimigos e estabeleceria em Jerusalém um Reino universal de justiça, paz e prosperidade. Todos os povos da terra reconheceriam que Javé, o Deus de Israel, é o verdadeiro Deus. Apesar de seus esforços, Jesus, durante a sua vida, não conseguiu convencer os seus discípulos que o plano de Deus para a salvação do mundo era outro. Por isso, eles cairam numa imensa tristeza, quando viram que Jesus tinha morrido na cruz. Ele não podia ser o Salvador do povo como eles esperavam. Até o fim contavam com algum milagre grandioso, que revelasse sem dúvida alguma que Jesus tinha razão, que ele era o enviado de Deus.
Mas nada disso aconteceu. A própria ressurreição de Jesus não foi um prodígio espetacular. Ninguém o viu saindo do túmulo. Ele não apareceu no meio do templo de Jerusalém, vestido de luz, para ser aclamado pelo povo como o Messias-Rei. Por isso, quando Jesus veio ao encontro dos discípulos na sua nova existência de ressuscitado eles pensaram que estavam vendo um fantasma. A manifestação de Jesus era clara, mas não era nada claro para eles que um crucificado podia ser o Messias, o Salvador do mundo.
Só pouco a pouco compreenderam que a vitória de Jesus não era como eles imaginavam. Era muito mais completa, porque era uma vitória do jeito de Deus. Não se tratava de salvar o mundo pela força das armas, mas pelo poder do amor. Não se tratava simplesmente de melhorar a situação do seu povo, derrotando os seus inimigos, mas de vencer de uma vez por todas o pecado e a própria morte, amando até o fim. Não se tratava de fundar um reino aqui na terra, mas de oferecer aos que creem no seu nome a vida eterna no Reino de Deus.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Por que os discípulos de Jesus tiveram tanta dificuldade em acreditar na sua ressurreição, apesar de Jesus ter anunciado que ressuscitaria ao terceiro dia?
Acreditar na ressurreição de Jesus significa aceitar que aquele mesmo homem que foi crucificado é o Salvador do mundo. E isso não é um fato, que se apresenta a todos como evidente. É uma verdade que se deve crer. Os discípulos não duvidaram, por exemplo, da ressurreição de Lázaro. Nem tampouco os chefes dos judeus. Era incontestável. Mas nem por isso estes últimos creram em Jesus. Ao contrário, decidiram eliminá-lo, porque a mensagem de Jesus pobre e humilde se opunha a seus interesses. O seu modo de ser era diferente do Messias que eles esperavam.
Os judeus do tempo de Jesus e os seus próprios discípulos esperavam que Deus salvaria o seu povo de um modo espetacular por meio dum Messias poderoso. Ele triunfaria sobre seus inimigos e estabeleceria em Jerusalém um Reino universal de justiça, paz e prosperidade. Todos os povos da terra reconheceriam que Javé, o Deus de Israel, é o verdadeiro Deus. Apesar de seus esforços, Jesus, durante a sua vida, não conseguiu convencer os seus discípulos que o plano de Deus para a salvação do mundo era outro. Por isso, eles cairam numa imensa tristeza, quando viram que Jesus tinha morrido na cruz. Ele não podia ser o Salvador do povo como eles esperavam. Até o fim contavam com algum milagre grandioso, que revelasse sem dúvida alguma que Jesus tinha razão, que ele era o enviado de Deus.
Mas nada disso aconteceu. A própria ressurreição de Jesus não foi um prodígio espetacular. Ninguém o viu saindo do túmulo. Ele não apareceu no meio do templo de Jerusalém, vestido de luz, para ser aclamado pelo povo como o Messias-Rei. Por isso, quando Jesus veio ao encontro dos discípulos na sua nova existência de ressuscitado eles pensaram que estavam vendo um fantasma. A manifestação de Jesus era clara, mas não era nada claro para eles que um crucificado podia ser o Messias, o Salvador do mundo.
Só pouco a pouco compreenderam que a vitória de Jesus não era como eles imaginavam. Era muito mais completa, porque era uma vitória do jeito de Deus. Não se tratava de salvar o mundo pela força das armas, mas pelo poder do amor. Não se tratava simplesmente de melhorar a situação do seu povo, derrotando os seus inimigos, mas de vencer de uma vez por todas o pecado e a própria morte, amando até o fim. Não se tratava de fundar um reino aqui na terra, mas de oferecer aos que creem no seu nome a vida eterna no Reino de Deus.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
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