Padre Luiz Carlos de Oliveira CSsR
“O espelho do pai!”
Não sou pai, apesar de ter nome de padre-pai. Mas sou filho de um jovem pai de 88 anos, cheio de saúde, de humor e disposição de viver. Agradeço a Deus a presença querida deste homem que do nada conseguiu construir uma vida que nos dá muita satisfação. Ele José Batista continua a nos dar o gosto de viver.
Celebramos o dia do pai com a criatividade que os tempos atuais oferecem. Na verdade, essa data ainda está tomando corpo. O dia das mães é bem comemorado e tem uma carga afetiva e emotiva muito maior. Há certas razões, sem muita razão, que nos levam a salientar mais a data da querida mamãe. O poeta dizia da mãe: Ser mãe é desfibrar fibra por fibra o coração. O Pai o que é? É sair correndo atrás destas fibras e remontar este edifício afetivo. Vamos procurar refletir esta data para comemorar o chorão de barbas. Quem diz que o homem não se emociona? O que não entendo é por que fazem tanta careta quando choram?
A sociedade machista diz que homem não chora. É sinal de fraqueza. Mas já superamos esta inútil descoberta para dizer que o coração do homem, de modo particular o do pai, é uma fonte de sentimentos e emoções que em nada prejudicam sua masculinidade e força de maturidade. Jesus chorou a morte de Lázaro, não porque morrera, mas porque se emocionara com o pranto e as lágrimas de Marta e Maria.
Quando falamos que Deus é Pai, pensamos que nós tiramos a palavra pai do nome de Deus, quando foi o contrário. Para explicar-se Deus se comparou, através da expressão de Jesus: “Deus meu e vosso Pai” com o termo e a realidade que conhecemos. Jesus, viveu a experiência com José, o carpinteiro de Nazaré, pai que o criou e formou para ser o homem que ele foi. Jesus, ensinando quem era o Deus eterno e cheio de bondade diz: “Ele é como um pai de vocês”. A bondade do pai serviu de modelo para que o Pai do Céu se explicasse através de nossa linguagem. Assim, vemos em Deus aquilo que temos em nós: a pessoa bonita de nosso pai. Assim, o pai vê em Deus um espelho que aperfeiçoa e leva ao extremo as riquezas que ele possui como pai: origem da vida (juntamente com a mãe), sustentador, expressão do amor de entrega e dedicação etc... Sobretudo, o pai é aquele que joga o filho dentro d’água para ele aprender a nadar. O Pai quer ver o filho assumir a sua vida e levá-la à realização. Ele se vê continuado no filho. Vê as suas qualidades e as encontra em Deus elevadas à divindade. Quando Jesus nos revela o Pai, diz “ninguém conhece o Pai senão o Filho ou aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11,27). Jesus chama a Deus de Pai e O revela com as palavras que entendemos. Assim, podemos aprender de nosso pai tantas coisas bonitas que encontramos também em Deus Pai.
(2002)
“O espelho do pai!”
Não sou pai, apesar de ter nome de padre-pai. Mas sou filho de um jovem pai de 88 anos, cheio de saúde, de humor e disposição de viver. Agradeço a Deus a presença querida deste homem que do nada conseguiu construir uma vida que nos dá muita satisfação. Ele José Batista continua a nos dar o gosto de viver.
Celebramos o dia do pai com a criatividade que os tempos atuais oferecem. Na verdade, essa data ainda está tomando corpo. O dia das mães é bem comemorado e tem uma carga afetiva e emotiva muito maior. Há certas razões, sem muita razão, que nos levam a salientar mais a data da querida mamãe. O poeta dizia da mãe: Ser mãe é desfibrar fibra por fibra o coração. O Pai o que é? É sair correndo atrás destas fibras e remontar este edifício afetivo. Vamos procurar refletir esta data para comemorar o chorão de barbas. Quem diz que o homem não se emociona? O que não entendo é por que fazem tanta careta quando choram?
A sociedade machista diz que homem não chora. É sinal de fraqueza. Mas já superamos esta inútil descoberta para dizer que o coração do homem, de modo particular o do pai, é uma fonte de sentimentos e emoções que em nada prejudicam sua masculinidade e força de maturidade. Jesus chorou a morte de Lázaro, não porque morrera, mas porque se emocionara com o pranto e as lágrimas de Marta e Maria.
Quando falamos que Deus é Pai, pensamos que nós tiramos a palavra pai do nome de Deus, quando foi o contrário. Para explicar-se Deus se comparou, através da expressão de Jesus: “Deus meu e vosso Pai” com o termo e a realidade que conhecemos. Jesus, viveu a experiência com José, o carpinteiro de Nazaré, pai que o criou e formou para ser o homem que ele foi. Jesus, ensinando quem era o Deus eterno e cheio de bondade diz: “Ele é como um pai de vocês”. A bondade do pai serviu de modelo para que o Pai do Céu se explicasse através de nossa linguagem. Assim, vemos em Deus aquilo que temos em nós: a pessoa bonita de nosso pai. Assim, o pai vê em Deus um espelho que aperfeiçoa e leva ao extremo as riquezas que ele possui como pai: origem da vida (juntamente com a mãe), sustentador, expressão do amor de entrega e dedicação etc... Sobretudo, o pai é aquele que joga o filho dentro d’água para ele aprender a nadar. O Pai quer ver o filho assumir a sua vida e levá-la à realização. Ele se vê continuado no filho. Vê as suas qualidades e as encontra em Deus elevadas à divindade. Quando Jesus nos revela o Pai, diz “ninguém conhece o Pai senão o Filho ou aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11,27). Jesus chama a Deus de Pai e O revela com as palavras que entendemos. Assim, podemos aprender de nosso pai tantas coisas bonitas que encontramos também em Deus Pai.
(2002)
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