DO NOSSO COLEGA PAULINHO

PAULO DE OLIVEIRA - Diretor Social da UNESER

Irmãos da Pascom (Pastoral da Comunicação)

A mídia trouxe à tona muitos casos de pedofilia em nossa Igreja, principalmente no estado de Alagoas. Temos ainda vivido tempos dificeis aqui.
Um jornalista e desembargador aposentado chamado Antonio Sapucaia, católico fiel, escreveu um artigo sobre as incoerências da CPI em nosso estado e por conta disso foi chamado a depor na CPI em Brasilia. Muitas vozes têm se levantado apoiando Sapucaia em exprimir sua opinião e torná-la pública.
Aproveitei o Dia Mundial das Comunicações Sociais e escrevi um artigo sobre isto que será publicado no jornal Gazeta de Alagoas neste Domingo, dia 16. Segue abaixo neste email. Coloco em anexo o artigo do Antonio Sapucaia que gerou essa situação, como também envio o artigo do vigário judicial de nossa Arquidiocese, como voz oficial da mesma perante a situação.
A questão entra também sobre a Liberdade de Expressão. Antonio Sapucaia está providenciando habeas corpus para evitar prisão no dia. Mas, ao mesmo tempo, percebemos a força que a comunicação exerce. Também como contra-voz.

Vale a pena refletir.

Um abc a todos.

Rodrigo Rios
Seminarista e Jornalista

Igreja e liberdade de expressão

Algumas pessoas ainda insistem em afirmar que a Igreja Católica é retrógrada e chegam a propagar que ela simplesmente parou no tempo. Contudo, hoje, Dia Mundial das Comunicações Sociais (DMCS), instaurado pela Igreja no documento Inter Mirifica em 1963, afirmo que essa mesma Igreja anda conforme os sinais dos tempos. Ao analisarmos sua incidência nos meios de comunicação e suas reflexões sobre os mesmos ratificaremos isso. Para isto, coloco em foco a situação gerada pelo artigo do desembargador aposentado Antônio Sapucaia. Tornou sua opinião pública, e por conta disso, foi chamado a Brasília para depor na CPI. Pergunto-me: onde está o direito à liberdade de expressão? Retrocedemos a décadas passadas de censura? Fico feliz com a manifestação da OAB seccional Alagoas, da Associação Alagoana de Magistrados e de seis deputados estaduais em apoiarem o desembargador. E volto a questionar: a opinião do Dr. Sapucaia não manifesta também a opinião pública diante do fato ocorrido? Bem, se eu fosse proprietário de algum instituto de pesquisa, com certeza, colocaria isso em pauta.

O referido documento no qual foi sancionado o DMCS afirma que “a opinião pública goza hoje de um peso e de uma autoridade extraordinários em todos os setores da vida humana, tanto pública como privada. É, pois, indispensável que todos os membros da sociedade cumpram estritamente seus deveres de justiça e de caridade no uso dos meios de comunicação social, a fim de que estejam a serviço da formação e manifestação de uma opinião correta a respeito de todos e de tudo”. Isto foi escrito na década de 60 do século passado!

No dia de hoje, décadas depois, afirmo que Dr. Antonio Sapucaia agiu de forma bem coerente com que a nossa Igreja pede e pensa sobre a opinião pública. Pena que muitos apóiem o direito à liberdade de expressão quando este não fere a sua alçada. Na mensagem deste ano para o DMCS, o Papa valoriza a força do meio digital. Peço aos membros da sociedade que se utilizem dessa nova ambiência para manifestar também opinião sobre os fatos correntes. Divulguemos os artigos já escritos. Mostremos nosso apoio a quem torna público seu pensamento em nome da justiça. É um dever nosso manifestar uma opinião correta a respeito de todos e de tudo. Fica o exemplo, sigamo-lo.

NOTA: O artigo do Dr.Antônio Sapucaia será publicado neste BLOG no próximo dia 17, segunda-feira!