Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
Tudo começa aqui
A temática da Ressurreição é um desafio espiritual para cristianismo. Para os que crêem em Jesus, este acontecimento é o núcleo da fé. “Se Cristo não ressuscitou é vã nossa fé” (1Cor 15,14), escreve S. Paulo. Uma fé que não se funda na Ressurreição não tem razão de ser. Nós vivemos na superfície. Por isso não temos consistência espiritual. Somos piedosos e podemos até fazer milagres, mas falta o impulso fundamental que justifique nossa vida. Na verdade as igrejas cristãs perderam esse impulso fundamental. Isso pode prejudicar a maneira de viver a fé. Certo que não destrói a força da Ressurreição, pois Jesus é maior que nossas fraquezas. O que ocorreu foi que, na dificuldade de apresentar a verdade da Ressurreição, optou-se pela piedade popular no culto aos santos e na devoção aos acontecimentos humanos de Jesus ou a busca do milagre para uma construção de uma vida sem dor ou problemas. A verdade fundamental da Ressurreição tem que permanecer como base de toda a vida cristã. Sem isso, corremos o risco de deixar a fonte de lado e buscar cisternas rachadas que não retém água. A Igreja nasce da Ressurreição de Jesus dos mortos. Há uma comunhão entre a Igreja e Cristo na sua Ressurreição. Quando dizemos Igreja, dizemos todos nós. A vitória de Jesus sobre a morte dá a todo o universo a vida que o mal do pecado lhe tirou. A partir daquele momento a vida dos discípulos tomou novo rumo. Eles viram o Senhor glorioso. Eles nos transmitiram esta realidade e nós acreditamos.
Vida na Ressurreição
A vida do povo de Deus se funda na Ressurreição. Toda e qualquer atividade espiritual tem sentido na medida em que está unida a este momento de Jesus. Por isso, pelo Batismo, nós participamos da Morte e Ressurreição de Jesus. Através da Palavra, dos símbolos e dos ritos, realizamos externamente a verdade que ocorre internamente. A Eucaristia torna presente para nós o mesmo acontecimento e nós participamos dele e recebemos a mesma vida de Cristo em sua Morte e Ressurreição. Em cada celebração litúrgica entramos em comunhão com esse mistério de Cristo de acordo com a Palavra e o símbolo. Por exemplo: uma é a aproximação que realizamos no matrimônio, outra na ordenação, outra em uma bênção, seja de um vivo, seja de um falecido. Mas é a mesma.
Ressuscitados com Cristo
A Páscoa de Cristo, além a liturgia, penetra toda a vida cristã em todas suas manifestações. Pelo Batismo vivemos a vida do alto, onde está Cristo à direita de Deus, como lemos na Páscoa (Cl 3,1). A vida do alto não nos tira da terra, mas eleva o que é da terra. Todo ato de amor é um momento de ressurreição. Ela retira de nós o mal e nos retira de todos os momentos de morte pelo mal. Nossas atividades tornam-se momentos de Ressurreição. Vividos em Cristo, nossos atos nos conduzem a Deus e são santificadores, seja o trabalho, seja o lazer, seja a batalha da vida, sejam os prazeres que Deus colocou em nossa carne. A santificação das realidades terrestres não vem da quantidade de água benta que nelas colocamos, mas da capacidade de vida de amor com que as vivenciamos. Ressuscitados com Cristo, ressuscitamos com Ele o mundo que nos rodeia. Esta é a missão para o fiel. No domingo da Ressurreição Jesus dá o Espírito Santo para a reconciliação: “A paz esteja convosco..... A quem perdoardes os pecados eles serão perdoados” (Jo 20,21-22).
REFLETINDO A PALAVRA
ABRIL - 2010
Tudo começa aqui
A temática da Ressurreição é um desafio espiritual para cristianismo. Para os que crêem em Jesus, este acontecimento é o núcleo da fé. “Se Cristo não ressuscitou é vã nossa fé” (1Cor 15,14), escreve S. Paulo. Uma fé que não se funda na Ressurreição não tem razão de ser. Nós vivemos na superfície. Por isso não temos consistência espiritual. Somos piedosos e podemos até fazer milagres, mas falta o impulso fundamental que justifique nossa vida. Na verdade as igrejas cristãs perderam esse impulso fundamental. Isso pode prejudicar a maneira de viver a fé. Certo que não destrói a força da Ressurreição, pois Jesus é maior que nossas fraquezas. O que ocorreu foi que, na dificuldade de apresentar a verdade da Ressurreição, optou-se pela piedade popular no culto aos santos e na devoção aos acontecimentos humanos de Jesus ou a busca do milagre para uma construção de uma vida sem dor ou problemas. A verdade fundamental da Ressurreição tem que permanecer como base de toda a vida cristã. Sem isso, corremos o risco de deixar a fonte de lado e buscar cisternas rachadas que não retém água. A Igreja nasce da Ressurreição de Jesus dos mortos. Há uma comunhão entre a Igreja e Cristo na sua Ressurreição. Quando dizemos Igreja, dizemos todos nós. A vitória de Jesus sobre a morte dá a todo o universo a vida que o mal do pecado lhe tirou. A partir daquele momento a vida dos discípulos tomou novo rumo. Eles viram o Senhor glorioso. Eles nos transmitiram esta realidade e nós acreditamos.
Vida na Ressurreição
A vida do povo de Deus se funda na Ressurreição. Toda e qualquer atividade espiritual tem sentido na medida em que está unida a este momento de Jesus. Por isso, pelo Batismo, nós participamos da Morte e Ressurreição de Jesus. Através da Palavra, dos símbolos e dos ritos, realizamos externamente a verdade que ocorre internamente. A Eucaristia torna presente para nós o mesmo acontecimento e nós participamos dele e recebemos a mesma vida de Cristo em sua Morte e Ressurreição. Em cada celebração litúrgica entramos em comunhão com esse mistério de Cristo de acordo com a Palavra e o símbolo. Por exemplo: uma é a aproximação que realizamos no matrimônio, outra na ordenação, outra em uma bênção, seja de um vivo, seja de um falecido. Mas é a mesma.
Ressuscitados com Cristo
A Páscoa de Cristo, além a liturgia, penetra toda a vida cristã em todas suas manifestações. Pelo Batismo vivemos a vida do alto, onde está Cristo à direita de Deus, como lemos na Páscoa (Cl 3,1). A vida do alto não nos tira da terra, mas eleva o que é da terra. Todo ato de amor é um momento de ressurreição. Ela retira de nós o mal e nos retira de todos os momentos de morte pelo mal. Nossas atividades tornam-se momentos de Ressurreição. Vividos em Cristo, nossos atos nos conduzem a Deus e são santificadores, seja o trabalho, seja o lazer, seja a batalha da vida, sejam os prazeres que Deus colocou em nossa carne. A santificação das realidades terrestres não vem da quantidade de água benta que nelas colocamos, mas da capacidade de vida de amor com que as vivenciamos. Ressuscitados com Cristo, ressuscitamos com Ele o mundo que nos rodeia. Esta é a missão para o fiel. No domingo da Ressurreição Jesus dá o Espírito Santo para a reconciliação: “A paz esteja convosco..... A quem perdoardes os pecados eles serão perdoados” (Jo 20,21-22).
REFLETINDO A PALAVRA
ABRIL - 2010
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