Pe. Bernardo (Bonifácio) Winkel, CSsR Falecido em Wittem, Holanda - 19-04-1981 (60 anos)
O Pe. Bernardo faleceu no dia da Páscoa de 1981. Tinha 60 anos de idade. A “causa mortis” foi um tumor maligno no estômago.
Foi meu colega de turma e fomos ordenados sacerdotes no dia 24 de abril de 1946. Após a ordenação, o Pe. Bernardo estudou Inglês e Filosofia durante 5 anos na Universidade Católica de Nijmegen.
Em 1951 veio para o Brasil para assumir o encargo de Professor de Filosofia no nosso Seminário Maior, em Floresta-MG, da Província do Rio de Janeiro. Além disso, fez um trabalho no meio do povo do campo, pois tinha uma predileção pela área do campo. Durante vários anos foi ecônomo da Casa de Floresta. Em 1960 foi nomeado Reitor do nosso Convento de Juiz de Fora e Vigário da Igreja da Glória. Porém, não se deu bem com a pastoral urbana e sentia muitas saudades do povo do interior. Depois, teve a sua atuação também nas Casas de Belo Horizonte, Curvelo e Congonhas, mas tive informações a respeito da sua ação pastoral nessas Casas.
Em 1967 no auge da crise na Província do Rio de Janeiro veio para o nordeste e viveu intensamente o seu grande amor pelos camponeses em Paratinga, Ibotirama e Bom Jesus da Lapa, no árduo sertão da Bahia. Nessa região realizou também, muita coisa prática para os camponeses e por causa disto tornou-se muito estimado pelo povo. Ele não se poupava a trabalhos e sacrifícios para atender ao povo, fazendo longas viagens pelo sertão a fora. Depois desses serviços pastorais na região da Lapa, teve ainda um campo de trabalho em Arcoverde-PE e Juazeiro da Bahia.
Em 1975 após a supressão da Casa de Juazeiro, aceitou as paróquias de Angelim e Palmerina-PE. Nessa região do agreste pernambucano dedicou-se com todo zelo ao bem do povo.
De todas as ocasiões aproveitava para anunciar a Palavra de Deus e, vendo o homem na sua totalidade, procurava soluções para sérios problemas sociais da população rural.
O Pe. Bernardo não tolerava qualquer ação que fosse prejudicial ao povo e, de vez em quando, enfrentava atritos com os “grandes” daquela terra; assim procurava sempre defender os direitos do povo.
(Do arquivo da Vice-Província Redentorista de Recife)
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