PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Como se explica a possessão diabólica?
De tempo em tempo surge na Igreja um alvoroço sobre a presença do demônio e grupos desavisados se autorizam a fazer exorcismos e se munem de poder para dominar o demônio, como se tudo fosse tão simples e tão fácil.
O Código de Direito Canônico (1.172) diz que ninguém tem autorização para fazer exorcismos e quando houver necessidade os bispos decidem e encarregam alguém que o faça em nome da Igreja. A Igreja é muito cuidadosa e precavida com essas histórias de possessão diabólica. E só depois de muita análise ela determina que sejam feitos os exorcismos.
Ninguém nega a possibilidade de possessão, momento em que o demônio se apodera das faculdades mentais da pessoa, independente da vontade da mesma ou de ter ou não ter pecados graves e passa a agir por meio da pessoa. A característica é o ódio a Deus e a blasfêmia.
No tempo de Jesus falava-se em possessão do demônio, mas os estudos mostram que na linguagem comum tudo quanto era mal recebia o nome de possessão diabólica, até os fenômenos epilépticos e paranormais. Não negamos que possam ter ocorrido fatos, mas estamos com os biblistas entendendo que nem tudo foi possessão.
Hoje a parapsicologia, a psicologia, a psiquiatria explicam a produção de fenômenos paranormais, distúrbios de personalidade e da mente, fenômenos produzidos pela mente humana. São tão parecidos com possessões que o povo logo interpreta como se fossem, porque a pessoa se transforma de maneira assustadora.
E parece que o povo gosta desses fenômenos e os procura, principalmente quando acontecem em momentos de oração. Hoje há denominações religiosas que povoam a vida da gente de demônios e suas reuniões estão superlotadas. A procura revela uma tendência doentia e uma cultura bem rudimentar. E como é difícil mostrar que não se trata de possessão. Parece que a possessão e a conseqüente expulsão do demônio confirmam que sua oração tem poder.
A Igreja recomenda cautela e muitos padres fariam muito bem ao povo se, em vez de ficarem exorcizando, orientassem as pessoas, dessem as devidas explicações que as ciências nos dão. Não há tantos demônios com tanto poder. Manter esse esquema é criar uma estrutura de apoio para um esquema moral e religioso muito primitivo. O demônio é inteligente, se ele fizesse tais coisas muita gente estaria se convertendo para Jesus e isso ele não faz.
Enquanto tivermos uma religião do medo, mostramos um estágio ingênuo de nossa fé e uma cultura religiosa primitiva que povoa a vida de fantasma, demônios e duendes.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 3
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
Como se explica a possessão diabólica?
De tempo em tempo surge na Igreja um alvoroço sobre a presença do demônio e grupos desavisados se autorizam a fazer exorcismos e se munem de poder para dominar o demônio, como se tudo fosse tão simples e tão fácil.
O Código de Direito Canônico (1.172) diz que ninguém tem autorização para fazer exorcismos e quando houver necessidade os bispos decidem e encarregam alguém que o faça em nome da Igreja. A Igreja é muito cuidadosa e precavida com essas histórias de possessão diabólica. E só depois de muita análise ela determina que sejam feitos os exorcismos.
Ninguém nega a possibilidade de possessão, momento em que o demônio se apodera das faculdades mentais da pessoa, independente da vontade da mesma ou de ter ou não ter pecados graves e passa a agir por meio da pessoa. A característica é o ódio a Deus e a blasfêmia.
No tempo de Jesus falava-se em possessão do demônio, mas os estudos mostram que na linguagem comum tudo quanto era mal recebia o nome de possessão diabólica, até os fenômenos epilépticos e paranormais. Não negamos que possam ter ocorrido fatos, mas estamos com os biblistas entendendo que nem tudo foi possessão.
Hoje a parapsicologia, a psicologia, a psiquiatria explicam a produção de fenômenos paranormais, distúrbios de personalidade e da mente, fenômenos produzidos pela mente humana. São tão parecidos com possessões que o povo logo interpreta como se fossem, porque a pessoa se transforma de maneira assustadora.
E parece que o povo gosta desses fenômenos e os procura, principalmente quando acontecem em momentos de oração. Hoje há denominações religiosas que povoam a vida da gente de demônios e suas reuniões estão superlotadas. A procura revela uma tendência doentia e uma cultura bem rudimentar. E como é difícil mostrar que não se trata de possessão. Parece que a possessão e a conseqüente expulsão do demônio confirmam que sua oração tem poder.
A Igreja recomenda cautela e muitos padres fariam muito bem ao povo se, em vez de ficarem exorcizando, orientassem as pessoas, dessem as devidas explicações que as ciências nos dão. Não há tantos demônios com tanto poder. Manter esse esquema é criar uma estrutura de apoio para um esquema moral e religioso muito primitivo. O demônio é inteligente, se ele fizesse tais coisas muita gente estaria se convertendo para Jesus e isso ele não faz.
Enquanto tivermos uma religião do medo, mostramos um estágio ingênuo de nossa fé e uma cultura religiosa primitiva que povoa a vida de fantasma, demônios e duendes.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 3
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
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