Pe. João A. Mac Dowell S.J.
A Igreja ensina que, se uma pessoa vive mal, está perdida para sempre. Não lhe parece mais humano pensar, como os espíritas, que temos sempre outra chance de melhorar e de chegar à perfeição nas próximas reencarnações?
A Igreja segue o ensinamento de Jesus e do Novo Testamento, que diz na carta aos Hebreus: "Foi estabelecido que os homens morram uma só vez; e depois da morte vem o julgamento" (9,27). Para motivar as pessoas à conversão Jesus constantemente chama a atenção para a realidade da morte e do julgamento de Deus. Baste lembrar a parábola do rico avarento e do pobre Lázaro. Ele deixa claro que esta vida é única e que de nossa atitude agora dependerá o nosso destino eterno.
É esta verdade que dá valor à nossa existência atual. A vida é muito importante, porque é única e decisiva. Esta convicção nos ajuda a assumir a responsabilidade de nossas ações. Nós temos a tendência de adiar as decisões, pensando que podemos mudar de vida mais tarde, antes de morrer. Por isso, Jesus recorda sempre que precisamos estar vigilantes, preparados para o encontro decisivo com o Senhor, para que a morte, que chega a qualquer momento, não nos encontre desprevenidos.
Infelizmente, nós católicos somos muitas vezes incoerentes com nossa fé. Vamos vivendo de qualquer jeito, procurando satisfazer os nossos gostos e interesses egoistas, sem nos preocupar com o nosso destino final, como se Deus não existisse. Se isto sucede com quem acredita que esta vida é única, imagine o que fará quem leva realmente a sério a reencarnação. Por enquanto pode praticar o mal, explorar os outros, tirar vantagem de tudo, sem nenhum escrúpulo, porque tem sempre a chance de remediar os seus erros numa vida futura. Veja bem. O espiritismo não aconselha esta conduta imoral. Pelo contrário, ensina que quem procede assim terá de pagar as suas culpas na próxima existência. Mas a idéia de que nada é definitivo enfraquece a resistência contra as tentações do mundo. A reencarnação deixa sempre uma porta aberta. Eu posso adiar indefinidamente a minha conversão.
Ao contrário, a convicção de que a morte põe um ponto final na minha possibilidade de dizer "sim" a Deus, é um incentivo poderoso para agir bem, para ajudar o próximo, para contribuir para um mundo mais humano.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
A Igreja ensina que, se uma pessoa vive mal, está perdida para sempre. Não lhe parece mais humano pensar, como os espíritas, que temos sempre outra chance de melhorar e de chegar à perfeição nas próximas reencarnações?
A Igreja segue o ensinamento de Jesus e do Novo Testamento, que diz na carta aos Hebreus: "Foi estabelecido que os homens morram uma só vez; e depois da morte vem o julgamento" (9,27). Para motivar as pessoas à conversão Jesus constantemente chama a atenção para a realidade da morte e do julgamento de Deus. Baste lembrar a parábola do rico avarento e do pobre Lázaro. Ele deixa claro que esta vida é única e que de nossa atitude agora dependerá o nosso destino eterno.
É esta verdade que dá valor à nossa existência atual. A vida é muito importante, porque é única e decisiva. Esta convicção nos ajuda a assumir a responsabilidade de nossas ações. Nós temos a tendência de adiar as decisões, pensando que podemos mudar de vida mais tarde, antes de morrer. Por isso, Jesus recorda sempre que precisamos estar vigilantes, preparados para o encontro decisivo com o Senhor, para que a morte, que chega a qualquer momento, não nos encontre desprevenidos.
Infelizmente, nós católicos somos muitas vezes incoerentes com nossa fé. Vamos vivendo de qualquer jeito, procurando satisfazer os nossos gostos e interesses egoistas, sem nos preocupar com o nosso destino final, como se Deus não existisse. Se isto sucede com quem acredita que esta vida é única, imagine o que fará quem leva realmente a sério a reencarnação. Por enquanto pode praticar o mal, explorar os outros, tirar vantagem de tudo, sem nenhum escrúpulo, porque tem sempre a chance de remediar os seus erros numa vida futura. Veja bem. O espiritismo não aconselha esta conduta imoral. Pelo contrário, ensina que quem procede assim terá de pagar as suas culpas na próxima existência. Mas a idéia de que nada é definitivo enfraquece a resistência contra as tentações do mundo. A reencarnação deixa sempre uma porta aberta. Eu posso adiar indefinidamente a minha conversão.
Ao contrário, a convicção de que a morte põe um ponto final na minha possibilidade de dizer "sim" a Deus, é um incentivo poderoso para agir bem, para ajudar o próximo, para contribuir para um mundo mais humano.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
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