Pe. João A. Mac Dowell S.J.
A Igreja neste tempo da Quaresma fala de conversão, de abandonar o pecado, para poder salvar-se. Mas quem consegue viver sem pecar?
Você tem razão. Quem pensa que não deve nada a Deus, está se enganando a si mesmo. Só Cristo e sua mãe, Maria, são inocentes, nunca pecaram. Sempre responderam sim a Deus: ele por ser o Filho querido; ela por uma graça especial. Como lemos na carta de São Pedro, Cristo morreu por causa dos nossos pecados, o justo pelos injustos, para nos reconciliar com Deus. Todos nós somos pecadores. Ninguém é capaz por si mesmo de fazer o bem. Ninguém pode livrar-se das suas faltas e alcançar a salvação pelas próprias forças.
Mas o amor de Deus é mais forte que a maldade humana. Foi o que mostrou Jesus com suas palavras e com sua vida. Ele veio nos dizer que seu Pai tem por nós um carinho sem limites. As parábolas do filho pródigo e da ovelha perdida mostram como Deus sofre quando vê suas criaturas se afastarem dele, que é a fonte da vida, caindo no abismo da angústia e da morte. Por isso, ele não se cansa de chamar de volta os que se desviam. Está sempre pronto a perdoar-nos. Foi Jesus, homem como nós, mas plenamente unido a Deus, seu Pai, que nos mereceu esse perdão, com sua vida e sua morte. Por seu amor e sua fidelidade até o fim, ele cumpriu inteiramente a vontade de Deus em nosso lugar e em nosso favor. Por meio dele, acolhendo com fé o dom de seu Espírito de amor, nós somos libertados do pecado e da perdição que ele gera e readquirimos a dignidade de filhos de Deus e herdeiros de suas riquezas.
Jesus não veio salvar os justos, mas os pecadores, que somos todos nós. Quem acha que já é perfeito e não precisa da ajuda de Deus, não pode ser salvo por Jesus. Só quem se reconhece como pecador pode receber a graça da salvação. Deus não exige que sejamos perfeitos, sem nenhuma falha. Não são as nossas boas ações que nos salvam. A condição para ser salvo não é nunca errar, mas sim acreditar no perdão de Deus, no seu amor sem limites. Por isso Jesus disse à mulher arrependida: Tua fé te salvou. Basta crer, para receber a vida nova. Mas quem experimenta assim a bondade de Deus, deseja sinceramente não mais pecar. Sente ter magoado quem tanto o ama e, ao mesmo tempo, alegra-se por gozar de novo de sua amizade.
O cristão experimenta até o fim da vida a sua fragilidade. Mas, voltando-se para Deus com humildade e confiança, aceita com gratidão o seu perdão. Com o coração agradecido deseja crescer cada dia na fidelidade ao Senhor. Lembra-se da palavra de Jesus: Sem mim, nada podeis fazer. Mas se anima com a certeza do apóstolo Paulo: Tudo posso naquele que me fortifica.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
A Igreja neste tempo da Quaresma fala de conversão, de abandonar o pecado, para poder salvar-se. Mas quem consegue viver sem pecar?
Você tem razão. Quem pensa que não deve nada a Deus, está se enganando a si mesmo. Só Cristo e sua mãe, Maria, são inocentes, nunca pecaram. Sempre responderam sim a Deus: ele por ser o Filho querido; ela por uma graça especial. Como lemos na carta de São Pedro, Cristo morreu por causa dos nossos pecados, o justo pelos injustos, para nos reconciliar com Deus. Todos nós somos pecadores. Ninguém é capaz por si mesmo de fazer o bem. Ninguém pode livrar-se das suas faltas e alcançar a salvação pelas próprias forças.
Mas o amor de Deus é mais forte que a maldade humana. Foi o que mostrou Jesus com suas palavras e com sua vida. Ele veio nos dizer que seu Pai tem por nós um carinho sem limites. As parábolas do filho pródigo e da ovelha perdida mostram como Deus sofre quando vê suas criaturas se afastarem dele, que é a fonte da vida, caindo no abismo da angústia e da morte. Por isso, ele não se cansa de chamar de volta os que se desviam. Está sempre pronto a perdoar-nos. Foi Jesus, homem como nós, mas plenamente unido a Deus, seu Pai, que nos mereceu esse perdão, com sua vida e sua morte. Por seu amor e sua fidelidade até o fim, ele cumpriu inteiramente a vontade de Deus em nosso lugar e em nosso favor. Por meio dele, acolhendo com fé o dom de seu Espírito de amor, nós somos libertados do pecado e da perdição que ele gera e readquirimos a dignidade de filhos de Deus e herdeiros de suas riquezas.
Jesus não veio salvar os justos, mas os pecadores, que somos todos nós. Quem acha que já é perfeito e não precisa da ajuda de Deus, não pode ser salvo por Jesus. Só quem se reconhece como pecador pode receber a graça da salvação. Deus não exige que sejamos perfeitos, sem nenhuma falha. Não são as nossas boas ações que nos salvam. A condição para ser salvo não é nunca errar, mas sim acreditar no perdão de Deus, no seu amor sem limites. Por isso Jesus disse à mulher arrependida: Tua fé te salvou. Basta crer, para receber a vida nova. Mas quem experimenta assim a bondade de Deus, deseja sinceramente não mais pecar. Sente ter magoado quem tanto o ama e, ao mesmo tempo, alegra-se por gozar de novo de sua amizade.
O cristão experimenta até o fim da vida a sua fragilidade. Mas, voltando-se para Deus com humildade e confiança, aceita com gratidão o seu perdão. Com o coração agradecido deseja crescer cada dia na fidelidade ao Senhor. Lembra-se da palavra de Jesus: Sem mim, nada podeis fazer. Mas se anima com a certeza do apóstolo Paulo: Tudo posso naquele que me fortifica.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
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