Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
Discernir as coisas de Deus
Há, em nós, o desejo de conhecer o futuro. Videntes, leitores de cartas e linhas da mão e até mesmo alguns “devotos” se metem a profetizar o futuro. Saber discernir é um dom do Espírito de Deus. “Na medida em que nos deixarmos guiar por Ele e O servirmos de coração puro, aprendemos a distinguir aquilo que procede de Deus e a Ele conduz, aquilo que é do Reino e aquilo que pode tornar-se uma pedra de tropeço” (Pe. Häring). Temos cientistas sérios, mas incapazes de encontrar Deus nos tesouros da vida. Analisam sem a sabedoria de discernir os caminhos que levam para Deus. Quem é de Deus, conhece as obras de Deus. Houve tempo no qual as pessoas de posição, cientistas, intelectuais e outros, tinham por muito “chic” não crer em Deus. Diziam que era coisa de gente ignorante. Não basta ser culto. É preciso ser sábio. Só a sabedoria pode mostrar ao homem sua dimensão maior. Tenho uma amiga, doutora em filosofia, professora de uma grande universidade. Professores estranham que ela, sendo tão culta, seja “devota”, reze, participe da Igreja. Perguntemo-nos: O que colocam no coração dos jovens? Sabemos também que a faculdade muitas vezes é o túmulo da fé dos jovens. Começam a sepultar Deus já no segundo grau, quando professores de conhecimentos frágeis não são capazes de analisar a história com discernimento. E mesmo os pregadores, nem sempre têm uma experiência de Deus suficiente para infundir nas crianças e jovens, o sentido da vida. Assim não saberão conhecer Deus nas linhas da vida. Mas se se abrem ao Espírito de Deus serão homens e mulheres que darão rumos a um mundo melhor. Discernir as obras de Deus é sabedoria.
Discernir as pessoas e o mundo
O Espírito Santo dá o dom do discernimento para que conheçamos a realidade do mundo. Ele nos ensina a perscrutar o presente. A crítica sobre a realidade não é só “meter a língua”, mas saber distinguir. S. Paulo nos diz que “tudo é permitido, mas nem tudo é proveitoso” (1Cor 10,23). Num tempo de questões difíceis que tocam o núcleo da sociedade e da pessoa, é preciso sabedoria para discernir o que é bom e o que não é bom para nosso mundo. As Igrejas carecem muito deste dom, pois promovem uma vida cristã que não responde aos clamores do povo sofrido. Não bastam aleluias para que Deus seja servido. Se não tenho o amor que discerne, sou como um “sino que bate” (1Cor 1,13,1). Acho interessante que pouco imitamos o modo como Jesus afrontou a realidade de seu mundo. Voltamos a agir como agiam seus inimigos. As Igrejas não discernem o mal do mundo e se refugiam em fórmulas passadas. Não há discernimento sobre os meios de comunicação, situações econômicas, sociais, políticas, ecológicas, medicinais etc... Assim, o mal se desenvolve.
Discernir a si mesmo
Eva e Adão, no Paraíso, deram o passo inicial desta falta de discernimento. O que me agrada é o melhor, sem saber discernir se é bom ou mau. O egoísmo é a raiz do mal. Há necessidade de discernimento sobre si mesmo para examinar os caminhos que tomamos. Já Sócrates dizia: “Conhece-te a ti mesmo”. Jesus diz: “Olha o cisco de teu olho” (Mt 7,3). Conhecemos nossos defeitos? Nossos dons? Por isso não crescemos. Não podemos deixar que o veneno do egoísmo, instilado “pela serpente”, cegue nossos corações. Com o discernimento os jovens crescem, buscando também a sabedoria dos antigos. Com este mesmo discernimento os adultos podem ser mais úteis por mais tempo, aprendendo da sabedoria dos jovens. Não há choque de gerações. Há falta de olhar com os olhos de Deus. Com o dom do discernimento podemos servir melhor.
http://www.ceresp.com.br/755.htm
Discernir as coisas de Deus
Há, em nós, o desejo de conhecer o futuro. Videntes, leitores de cartas e linhas da mão e até mesmo alguns “devotos” se metem a profetizar o futuro. Saber discernir é um dom do Espírito de Deus. “Na medida em que nos deixarmos guiar por Ele e O servirmos de coração puro, aprendemos a distinguir aquilo que procede de Deus e a Ele conduz, aquilo que é do Reino e aquilo que pode tornar-se uma pedra de tropeço” (Pe. Häring). Temos cientistas sérios, mas incapazes de encontrar Deus nos tesouros da vida. Analisam sem a sabedoria de discernir os caminhos que levam para Deus. Quem é de Deus, conhece as obras de Deus. Houve tempo no qual as pessoas de posição, cientistas, intelectuais e outros, tinham por muito “chic” não crer em Deus. Diziam que era coisa de gente ignorante. Não basta ser culto. É preciso ser sábio. Só a sabedoria pode mostrar ao homem sua dimensão maior. Tenho uma amiga, doutora em filosofia, professora de uma grande universidade. Professores estranham que ela, sendo tão culta, seja “devota”, reze, participe da Igreja. Perguntemo-nos: O que colocam no coração dos jovens? Sabemos também que a faculdade muitas vezes é o túmulo da fé dos jovens. Começam a sepultar Deus já no segundo grau, quando professores de conhecimentos frágeis não são capazes de analisar a história com discernimento. E mesmo os pregadores, nem sempre têm uma experiência de Deus suficiente para infundir nas crianças e jovens, o sentido da vida. Assim não saberão conhecer Deus nas linhas da vida. Mas se se abrem ao Espírito de Deus serão homens e mulheres que darão rumos a um mundo melhor. Discernir as obras de Deus é sabedoria.
Discernir as pessoas e o mundo
O Espírito Santo dá o dom do discernimento para que conheçamos a realidade do mundo. Ele nos ensina a perscrutar o presente. A crítica sobre a realidade não é só “meter a língua”, mas saber distinguir. S. Paulo nos diz que “tudo é permitido, mas nem tudo é proveitoso” (1Cor 10,23). Num tempo de questões difíceis que tocam o núcleo da sociedade e da pessoa, é preciso sabedoria para discernir o que é bom e o que não é bom para nosso mundo. As Igrejas carecem muito deste dom, pois promovem uma vida cristã que não responde aos clamores do povo sofrido. Não bastam aleluias para que Deus seja servido. Se não tenho o amor que discerne, sou como um “sino que bate” (1Cor 1,13,1). Acho interessante que pouco imitamos o modo como Jesus afrontou a realidade de seu mundo. Voltamos a agir como agiam seus inimigos. As Igrejas não discernem o mal do mundo e se refugiam em fórmulas passadas. Não há discernimento sobre os meios de comunicação, situações econômicas, sociais, políticas, ecológicas, medicinais etc... Assim, o mal se desenvolve.
Discernir a si mesmo
Eva e Adão, no Paraíso, deram o passo inicial desta falta de discernimento. O que me agrada é o melhor, sem saber discernir se é bom ou mau. O egoísmo é a raiz do mal. Há necessidade de discernimento sobre si mesmo para examinar os caminhos que tomamos. Já Sócrates dizia: “Conhece-te a ti mesmo”. Jesus diz: “Olha o cisco de teu olho” (Mt 7,3). Conhecemos nossos defeitos? Nossos dons? Por isso não crescemos. Não podemos deixar que o veneno do egoísmo, instilado “pela serpente”, cegue nossos corações. Com o discernimento os jovens crescem, buscando também a sabedoria dos antigos. Com este mesmo discernimento os adultos podem ser mais úteis por mais tempo, aprendendo da sabedoria dos jovens. Não há choque de gerações. Há falta de olhar com os olhos de Deus. Com o dom do discernimento podemos servir melhor.
http://www.ceresp.com.br/755.htm
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