Pe.João A. Mac Dowell S.J.
Como é que o padre perdoa os meus pecados, se eu não fiz nada contra ele? Não é mais certo ir pedir perdão às pessoas que eu ofendi?
Não é o padre que perdoa os seus pecados. Ele apenas lhe comunica o perdão de Deus com o poder que Jesus Cristo deu à Igreja de perdoar em nome dele. Todo pecado que cometemos contra os outros é também uma desobediência a Deus, Pai de todos. Por isso necessita o seu perdão, que é transmitido pela Igreja na confissão.
Mas os nossos pecados não são só uma ofensa a Deus e às pessoas que prejudicamos diretamente. Eles também fazem mal à comunidade eclesial à qual pertencemos. Quando um membro duma família se comporta mal, seu comportamento tem uma repercussão negativa sobre todos os outros. Suas atitudes, contrárias aos princípios da família, são para os parentes uma fonte de sofrimento, e às vezes de desonra e mesmo de prejuízos materiais. Assim também o cristão que peca, mesmo que seja só no seu coração, contraria o espírito da família de Deus, que é a Igreja. É um membro doente, que enfraquece todo o corpo. Como diz S. Paulo: "Se um membro vai mal, todos os membros se ressentem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele" (ICor 12,26).
Ainda mais prejudiciais para a comunidade cristã são os pecados de tipo social, a injustiça, violência, exploração, engano, deslealdade, desprezo, ingratidão e indiferença. Eles prejudicam ou mesmo destroem a paz e convivência fraterna entre os membros da família de Deus. Quem, através dessas atitudes, lesa gravemente os seus irmãos, está renegando a sua vocação de cristão e se separando espiritualmente da comunidade. Para voltar à comunhão, tem certamente obrigação de pedir desculpas aos que ofendeu e de reparar, quanto possível, o mal feito. Antes de comparecer diante de Deus, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, diz Jesus (Mt 5,23s). Sem isso, o arrependimento não seria coerente.
Mas a reconciliação com as pessoas diretamente agredidas pelo pecado não basta. É preciso reconciliar-se também com a comunidade toda, ferida por nossos pecados tanto interiores, como sobretudo exteriores. Essa é uma das razões da necessidade da confissão sacramental. É o padre que aceita em nome da Igreja o pedido de perdão do membro que se tinha comportado como não-cristão e o recebe de novo no seio da comunidade. Não há reconciliação com o Pai sem reconciliação com a sua família, a Igreja, e vice-versa. Como diz Jesus: "Tudo o que ligardes na terra será ligado também no céu e tudo o que desligardes na terra será desligado também no céu" (Mt 18,18).
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Como é que o padre perdoa os meus pecados, se eu não fiz nada contra ele? Não é mais certo ir pedir perdão às pessoas que eu ofendi?
Não é o padre que perdoa os seus pecados. Ele apenas lhe comunica o perdão de Deus com o poder que Jesus Cristo deu à Igreja de perdoar em nome dele. Todo pecado que cometemos contra os outros é também uma desobediência a Deus, Pai de todos. Por isso necessita o seu perdão, que é transmitido pela Igreja na confissão.
Mas os nossos pecados não são só uma ofensa a Deus e às pessoas que prejudicamos diretamente. Eles também fazem mal à comunidade eclesial à qual pertencemos. Quando um membro duma família se comporta mal, seu comportamento tem uma repercussão negativa sobre todos os outros. Suas atitudes, contrárias aos princípios da família, são para os parentes uma fonte de sofrimento, e às vezes de desonra e mesmo de prejuízos materiais. Assim também o cristão que peca, mesmo que seja só no seu coração, contraria o espírito da família de Deus, que é a Igreja. É um membro doente, que enfraquece todo o corpo. Como diz S. Paulo: "Se um membro vai mal, todos os membros se ressentem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se alegram com ele" (ICor 12,26).
Ainda mais prejudiciais para a comunidade cristã são os pecados de tipo social, a injustiça, violência, exploração, engano, deslealdade, desprezo, ingratidão e indiferença. Eles prejudicam ou mesmo destroem a paz e convivência fraterna entre os membros da família de Deus. Quem, através dessas atitudes, lesa gravemente os seus irmãos, está renegando a sua vocação de cristão e se separando espiritualmente da comunidade. Para voltar à comunhão, tem certamente obrigação de pedir desculpas aos que ofendeu e de reparar, quanto possível, o mal feito. Antes de comparecer diante de Deus, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, diz Jesus (Mt 5,23s). Sem isso, o arrependimento não seria coerente.
Mas a reconciliação com as pessoas diretamente agredidas pelo pecado não basta. É preciso reconciliar-se também com a comunidade toda, ferida por nossos pecados tanto interiores, como sobretudo exteriores. Essa é uma das razões da necessidade da confissão sacramental. É o padre que aceita em nome da Igreja o pedido de perdão do membro que se tinha comportado como não-cristão e o recebe de novo no seio da comunidade. Não há reconciliação com o Pai sem reconciliação com a sua família, a Igreja, e vice-versa. Como diz Jesus: "Tudo o que ligardes na terra será ligado também no céu e tudo o que desligardes na terra será desligado também no céu" (Mt 18,18).
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
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