Pe.João A. Mac Dowell S.J.
Dizer que todo mundo peca, não é ter uma visão muito pessimista da vida? Não seria mais animador considerar que todas as pessoas no fundo têm boa vontade?
Não adianta querer tapar o sol com uma peneira. Ninguém pode negar a maldade que existe pelo mundo afora. Pelos frutos, como diz Jesus, conhecemos se a árvore é boa ou má.Mas o império do pecado só seria uma tragédia insuportável se não houvesse perdão e salvação.
Um filósofo judeu, Martin Buber, disse com razão: "A grande culpa do homem não são os pecados que ele comete: a tentação é forte e nossas forças são limitadas! A grande culpa do homem é que a qualquer momento pode converter-se e não o faz". São palavras em plena sintonia com a mensagem de Jesus: "Não são as pessoas com saúde que precisam do médico, mas os doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, para que se convertam" (Lc 5,32).
Jesus sabe que todos nós estamos doentes: quem se considera justo, sem pecado, está se enganando. Mas a nossa doença tem cura. Ele é o médico que veio restituir a saúde a todos os que aceitam o seu tratamento. A conversão é possível a qualquer momento, porque não é uma conquista nossa, mas um presente que Deus sempre está pronto a nos dar. Basta que reconheçamos o nosso erro e aceitemos o seu perdão.
Foi o que aconteceu com o filho da história contada por Jesus. Ele tinha ofendido o seu Pai, abandonando sua casa e dissipando toda a herança numa vida devassa. Mas, quando caíu na conta da maldade que tinha cometido, não se desesperou. Lembrando-se do amor de seu Pai, confiou no seu perdão, mesmo sabendo que não o merecia. O Pai não ignora o que o filho fez. Mas, acima de toda a sua culpa, está o fato de que aquele homem miserável é seu filho. O maior desejo do Pai era que ele voltasse. E agora que ele chega arrependido não pode deixar de perdoá-lo e de restituir-lhe tudo numa grande festa.
É esta revelação do amor de Deus, feita por Jesus, que leva o apóstolo Paulo a declarar: "o pecado se multiplicou, mas a graça de Deus foi muito mais abundante" (Rom 5,20). O ser humano pode perverter-se pelo pecado, porque é livre. Mas com esta mesma liberdade pode converter-se para Deus, aceitando o seu perdão. Deus não identifica o culpado com sua falta. Reprova o pecado, mas ama o pecador. Apesar de tudo, ele conserva a dignidade de filho de Deus. Por isso, o cristão, embora reconhecendo o pecado do mundo, não é pessimista. Vê no fundo do coração humano a capacidade indestrutível de recuperar-se pelo amor.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Dizer que todo mundo peca, não é ter uma visão muito pessimista da vida? Não seria mais animador considerar que todas as pessoas no fundo têm boa vontade?
Não adianta querer tapar o sol com uma peneira. Ninguém pode negar a maldade que existe pelo mundo afora. Pelos frutos, como diz Jesus, conhecemos se a árvore é boa ou má.Mas o império do pecado só seria uma tragédia insuportável se não houvesse perdão e salvação.
Um filósofo judeu, Martin Buber, disse com razão: "A grande culpa do homem não são os pecados que ele comete: a tentação é forte e nossas forças são limitadas! A grande culpa do homem é que a qualquer momento pode converter-se e não o faz". São palavras em plena sintonia com a mensagem de Jesus: "Não são as pessoas com saúde que precisam do médico, mas os doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, para que se convertam" (Lc 5,32).
Jesus sabe que todos nós estamos doentes: quem se considera justo, sem pecado, está se enganando. Mas a nossa doença tem cura. Ele é o médico que veio restituir a saúde a todos os que aceitam o seu tratamento. A conversão é possível a qualquer momento, porque não é uma conquista nossa, mas um presente que Deus sempre está pronto a nos dar. Basta que reconheçamos o nosso erro e aceitemos o seu perdão.
Foi o que aconteceu com o filho da história contada por Jesus. Ele tinha ofendido o seu Pai, abandonando sua casa e dissipando toda a herança numa vida devassa. Mas, quando caíu na conta da maldade que tinha cometido, não se desesperou. Lembrando-se do amor de seu Pai, confiou no seu perdão, mesmo sabendo que não o merecia. O Pai não ignora o que o filho fez. Mas, acima de toda a sua culpa, está o fato de que aquele homem miserável é seu filho. O maior desejo do Pai era que ele voltasse. E agora que ele chega arrependido não pode deixar de perdoá-lo e de restituir-lhe tudo numa grande festa.
É esta revelação do amor de Deus, feita por Jesus, que leva o apóstolo Paulo a declarar: "o pecado se multiplicou, mas a graça de Deus foi muito mais abundante" (Rom 5,20). O ser humano pode perverter-se pelo pecado, porque é livre. Mas com esta mesma liberdade pode converter-se para Deus, aceitando o seu perdão. Deus não identifica o culpado com sua falta. Reprova o pecado, mas ama o pecador. Apesar de tudo, ele conserva a dignidade de filho de Deus. Por isso, o cristão, embora reconhecendo o pecado do mundo, não é pessimista. Vê no fundo do coração humano a capacidade indestrutível de recuperar-se pelo amor.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
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