Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
A busca de nós mesmos.
Na caminhada da vida encontramos alguns momentos em que nos voltamos para nós mesmos e cuidamos do aspecto físico, espiritual e social. Às vezes estamos sem forças para viver uma destas dimensões. Aonde vamos nos recuperar? Para o físico vamos a uma Academia, nos sujeitamos a regimes assassinos (para nossos prazeres), ou vamos a um psicólogo para um confronto acompanhado. E para a vida espiritual? Muitos são as modalidades de nos recuperarmos espiritualmente. Temos o que se chama “penitência”. Não apreciamos muito esta virtude porque é mal afamada. Por exemplo: se pensarmos fazer um jejum para fins espirituais, achamos um absurdo. Se for para emagrecer, pago caro para um regime acompanhado de um médico. Mas a virtude da penitência faz parte da vida e envolve tudo o que nos faz mais humanos e mais espirituais. Na tradição antiga (eu ainda alcancei algumas coisas) havia práticas penitenciais até violentas. Era uma cultura que vinha desde os monges do deserto e influiu muito. Acabou tudo? Houve mudanças. Temos novas modalidades. Fazer penitência é voltarmo-nos para nós mesmos e repensarmos nossa vida a partir do Evangelho no seguimento de Jesus. É preciso o controle sobre si e o treinamento para resistir ao mal e aos males que nos cercam. Penitência é estar firmes no caminho não aceitando nossa imperfeição, procurando não nos instalarmos em uma situação que nos faça menos pessoa a nível humano e espiritual. Penitência é o esforço para vencer os males, adquirindo para isso práticas que nos fortaleçam. Penso que é estúpido fazer penitências fortes sem uma ressonância interior. Antes se falava de domar com força o burrico que somos nós. Quem sabe pudéssemos dizer: educar para a vida. Trata-se de colocar limites a nós mesmos e dizer não ao que nos é prejudicial. Esse treinamento é importante e nos faz fortes. Por exemplo: Se eu tiver a tendência à ira, vou educar-me à paciência. Se exagerar na comida, vou colocar limites etc...
Revendo nossos passos
A penitência tem diversos nomes: conversão contínua, constante disponibilidade para a conversão, mortificação, colocar limites, fazer escolhas que nos eduquem etc... Na base está a luta contra o egoísmo. A penitência coíbe o egoísmo. Para identificar o que ocorre conosco e a encontrar o remédio adequado, precisamos conhecer a nós mesmos. Sabemos quem somos? Conhecemos nossas tendências? Ou deixamos estrada livre a nossas tendências? Na realidade, a penitência vai se chocar com o conceito egoísta que temos: “O que eu quero é que é o certo. Quem quiser dominar o mundo deve primeiro dominar a si mesmo. A penitência será o instrumento desse domínio sobre si. Sem esse domínio é impossível construir uma personalidade completa. A espiritualidade edifica esta personalidade.
Saber o caminho a seguir.
O processo de crescimento, interiorizaçao e amadurecimento produzem os frutos de justiça, firmeza, paz, amor e bondade. Virtude da penitência é dinâmica. Não se trata de massacrar o burro, mas é dar um sim à vocação de seguir a Cristo. Conversão nos dá uma meta fixa. Caminhando para ela vamos desmascarando nossos males e lutando com decisão. A penitência vai ser real quando temos uma meta a atingir. Ela sustenta o esforço por manter-se firme no caminho. Toda penitência e conversão deverão ser sempre iluminadas pelo Espírito de Cristo que nos comunica a força do Evangelho. As qualidades humanas se enriquecem com os dons divinos. Sejamos fortes na luta e serenos na vitória.
http://www.ceresp.com.br/763.htm
Novembro - 2008
A busca de nós mesmos.
Na caminhada da vida encontramos alguns momentos em que nos voltamos para nós mesmos e cuidamos do aspecto físico, espiritual e social. Às vezes estamos sem forças para viver uma destas dimensões. Aonde vamos nos recuperar? Para o físico vamos a uma Academia, nos sujeitamos a regimes assassinos (para nossos prazeres), ou vamos a um psicólogo para um confronto acompanhado. E para a vida espiritual? Muitos são as modalidades de nos recuperarmos espiritualmente. Temos o que se chama “penitência”. Não apreciamos muito esta virtude porque é mal afamada. Por exemplo: se pensarmos fazer um jejum para fins espirituais, achamos um absurdo. Se for para emagrecer, pago caro para um regime acompanhado de um médico. Mas a virtude da penitência faz parte da vida e envolve tudo o que nos faz mais humanos e mais espirituais. Na tradição antiga (eu ainda alcancei algumas coisas) havia práticas penitenciais até violentas. Era uma cultura que vinha desde os monges do deserto e influiu muito. Acabou tudo? Houve mudanças. Temos novas modalidades. Fazer penitência é voltarmo-nos para nós mesmos e repensarmos nossa vida a partir do Evangelho no seguimento de Jesus. É preciso o controle sobre si e o treinamento para resistir ao mal e aos males que nos cercam. Penitência é estar firmes no caminho não aceitando nossa imperfeição, procurando não nos instalarmos em uma situação que nos faça menos pessoa a nível humano e espiritual. Penitência é o esforço para vencer os males, adquirindo para isso práticas que nos fortaleçam. Penso que é estúpido fazer penitências fortes sem uma ressonância interior. Antes se falava de domar com força o burrico que somos nós. Quem sabe pudéssemos dizer: educar para a vida. Trata-se de colocar limites a nós mesmos e dizer não ao que nos é prejudicial. Esse treinamento é importante e nos faz fortes. Por exemplo: Se eu tiver a tendência à ira, vou educar-me à paciência. Se exagerar na comida, vou colocar limites etc...
Revendo nossos passos
A penitência tem diversos nomes: conversão contínua, constante disponibilidade para a conversão, mortificação, colocar limites, fazer escolhas que nos eduquem etc... Na base está a luta contra o egoísmo. A penitência coíbe o egoísmo. Para identificar o que ocorre conosco e a encontrar o remédio adequado, precisamos conhecer a nós mesmos. Sabemos quem somos? Conhecemos nossas tendências? Ou deixamos estrada livre a nossas tendências? Na realidade, a penitência vai se chocar com o conceito egoísta que temos: “O que eu quero é que é o certo. Quem quiser dominar o mundo deve primeiro dominar a si mesmo. A penitência será o instrumento desse domínio sobre si. Sem esse domínio é impossível construir uma personalidade completa. A espiritualidade edifica esta personalidade.
Saber o caminho a seguir.
O processo de crescimento, interiorizaçao e amadurecimento produzem os frutos de justiça, firmeza, paz, amor e bondade. Virtude da penitência é dinâmica. Não se trata de massacrar o burro, mas é dar um sim à vocação de seguir a Cristo. Conversão nos dá uma meta fixa. Caminhando para ela vamos desmascarando nossos males e lutando com decisão. A penitência vai ser real quando temos uma meta a atingir. Ela sustenta o esforço por manter-se firme no caminho. Toda penitência e conversão deverão ser sempre iluminadas pelo Espírito de Cristo que nos comunica a força do Evangelho. As qualidades humanas se enriquecem com os dons divinos. Sejamos fortes na luta e serenos na vitória.
http://www.ceresp.com.br/763.htm
Novembro - 2008
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