Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
Uma fé que se edifica
Há uma tendência de dizer que de religião se fala na Igreja e só. Assim pensam os que querem dominar a sociedade e vêem a religião, de modo particular a católica, como empecilho para suas pretensões. Como já refletimos, fé envolve o todo da vida. Estamos refletindo a dimensão espiritual de nossas atitudes humanas. Podemos dizer que o humano dá espaço para o espiritual se manifestar. Nas próximas reflexões vamos discorrer sobre as virtudes, do ponto de vista humano. Quem sabe, assim, valorizaremos as virtudes espirituais, o que seria magnífico para cada um de nós. O ser humano tem muitas possibilidades, é rico de potencialidades e precioso em seus dons. Por que nos contentamos com pouco conhecimento de nós mesmos e pouco uso do que temos? A palavra virtude é já estigmatizada como coisa retrógrada, mal humorada e fora de moda. A palavra virtude vem da palavra do latim, “virtus”, e significa força. Conhecemos também a palavra dinamismo. Esta vem de “dýnamis” (grego), e também significa força. É a força interior que nos impulsiona. É motor (dínamo) que faz a máquina funcionar. Quanto mais descubro minhas potencialidades, mais posso crescer. Impressiona-me ver como a força de um motor é capaz de levantar aviões... O que possuímos é muito mais. O maior pecado não são os males que praticamos, mas o pouco uso que fazemos de nossos dons. Não ligamos todas as turbinas, por isso somos tão ineficientes. É o pecado da omissão que não nos incomoda, mas é o que nos destrói. Os males seriam menores, se fossemos atentos em usar nossas energias e virtudes. “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” diz Paulo (Rm 12,21).
Vida plenificada
Quando vemos uma pessoa bem ajustada a certos trabalhos difíceis, dizemos que é competente, por isso realiza tão bem seu trabalho. Um artista nos impressiona pelo resultado de seu trabalho. Por exemplo: vemos os pintores. Que maravilhas tiram de suas mãos nos pinceis e tinta! Um pincel em minha mão só serviria para fazer confusão. Mas eles fazem maravilhas. É um dom desenvolvido. É competente! Assim as virtudes, as forças e a potencialidade que temos e usamos, tornam nossa vida completa. Isso é a moral. “A virtude é uma espécie de idoneidade profunda que garante um pleno sentido à nossa vida, à nossa convivência e até mesmo à nossa morte” (Pe. Häring). As virtudes nos fazem competentes na arte de viver. Elas criam a harmonia nas dimensões de nossa vida.
Virtudes humanas
É possível viver as virtudes humanas, sem as virtudes cristãs? Na realidade não, pois as virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade), dons de Deus, elevam as virtudes humanas à condição espiritual. Mas, mesmo que não seja explícito, se alguém buscar viver intensamente, já possui o dom de Deus de modo misterioso. A Igreja não fecha a porta aos retos de coração. Chamamos a estes de cristãos anônimos. Quanto mais verdadeira for nossa virtude, mais saudável, justo e feliz será nosso relacionamento com Deus, com os outros e com a natureza. As virtudes tendem sempre à globalidade. Por exemplo: quem tem a virtude da justiça com inteireza, certamente será alegre, humilde, verdadeiro, casto, magnânimo. É impossível estar bem no corpo todo, tendo um membro doente. Ele prejudica o todo. Não se trata de uma perfeição de totalidade, mas da luta constante cheia de vitórias e derrotas. Vamos nos conhecer melhor.
http://www.ceresp.com.br/725.htm
Julho - 2008
Uma fé que se edifica
Há uma tendência de dizer que de religião se fala na Igreja e só. Assim pensam os que querem dominar a sociedade e vêem a religião, de modo particular a católica, como empecilho para suas pretensões. Como já refletimos, fé envolve o todo da vida. Estamos refletindo a dimensão espiritual de nossas atitudes humanas. Podemos dizer que o humano dá espaço para o espiritual se manifestar. Nas próximas reflexões vamos discorrer sobre as virtudes, do ponto de vista humano. Quem sabe, assim, valorizaremos as virtudes espirituais, o que seria magnífico para cada um de nós. O ser humano tem muitas possibilidades, é rico de potencialidades e precioso em seus dons. Por que nos contentamos com pouco conhecimento de nós mesmos e pouco uso do que temos? A palavra virtude é já estigmatizada como coisa retrógrada, mal humorada e fora de moda. A palavra virtude vem da palavra do latim, “virtus”, e significa força. Conhecemos também a palavra dinamismo. Esta vem de “dýnamis” (grego), e também significa força. É a força interior que nos impulsiona. É motor (dínamo) que faz a máquina funcionar. Quanto mais descubro minhas potencialidades, mais posso crescer. Impressiona-me ver como a força de um motor é capaz de levantar aviões... O que possuímos é muito mais. O maior pecado não são os males que praticamos, mas o pouco uso que fazemos de nossos dons. Não ligamos todas as turbinas, por isso somos tão ineficientes. É o pecado da omissão que não nos incomoda, mas é o que nos destrói. Os males seriam menores, se fossemos atentos em usar nossas energias e virtudes. “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” diz Paulo (Rm 12,21).
Vida plenificada
Quando vemos uma pessoa bem ajustada a certos trabalhos difíceis, dizemos que é competente, por isso realiza tão bem seu trabalho. Um artista nos impressiona pelo resultado de seu trabalho. Por exemplo: vemos os pintores. Que maravilhas tiram de suas mãos nos pinceis e tinta! Um pincel em minha mão só serviria para fazer confusão. Mas eles fazem maravilhas. É um dom desenvolvido. É competente! Assim as virtudes, as forças e a potencialidade que temos e usamos, tornam nossa vida completa. Isso é a moral. “A virtude é uma espécie de idoneidade profunda que garante um pleno sentido à nossa vida, à nossa convivência e até mesmo à nossa morte” (Pe. Häring). As virtudes nos fazem competentes na arte de viver. Elas criam a harmonia nas dimensões de nossa vida.
Virtudes humanas
É possível viver as virtudes humanas, sem as virtudes cristãs? Na realidade não, pois as virtudes teologais (Fé, Esperança e Caridade), dons de Deus, elevam as virtudes humanas à condição espiritual. Mas, mesmo que não seja explícito, se alguém buscar viver intensamente, já possui o dom de Deus de modo misterioso. A Igreja não fecha a porta aos retos de coração. Chamamos a estes de cristãos anônimos. Quanto mais verdadeira for nossa virtude, mais saudável, justo e feliz será nosso relacionamento com Deus, com os outros e com a natureza. As virtudes tendem sempre à globalidade. Por exemplo: quem tem a virtude da justiça com inteireza, certamente será alegre, humilde, verdadeiro, casto, magnânimo. É impossível estar bem no corpo todo, tendo um membro doente. Ele prejudica o todo. Não se trata de uma perfeição de totalidade, mas da luta constante cheia de vitórias e derrotas. Vamos nos conhecer melhor.
http://www.ceresp.com.br/725.htm
Julho - 2008
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