
Que posição tomar diante da biodiversidade?
A imagem do Paraíso no livro do Gênesis é a projeção da solidariedade na criação. Deus fez tudo em harmonia. O desrespeito é a agressão que o humano soube cometer sem medir as conseqüências.
E hoje parece estarmos distantes do paraíso, quando ouvimos falar do efeito estufa, do aquecimento do planeta e da cadeia de destruição motivada pela ambição e pela ganância. Fizemos da Terra um depósito de lixo, sem a preocupação com o que resultaria daí. Criamos tóxicos poderosos usados hoje como armas químicas. Criamos bactérias e vírus cada vez mais resistentes. Somos uma ameaça à vida.
Quando falamos em biodiversidade parece falarmos de algo que não nos diz respeito, de algo nem tanto necessário. Chamamos biodiversidade a estrutura biológica que fornece à humanidade, a comida, fibras e outros produtos para os quais não há substitutos. É a grande cadeia alimentar que prevê a sustentação da vida e a criação de novos organismos.
A desfiguração excessiva, a não preservação do meio ambiente vão destruindo a rede que liga uma espécie a outra. Diante dessa destruição, nós nos qualificamos como verdadeiros demônios ou anjos da guarda da terra? Há necessidade de religar Deus e o mundo, o mundo e o ser humano, o ser humano à espiritualidade do universo.
Importa fazer as pazes, fazer aliança de fraternidade, descobrir ou perceber que cada ser tem sua razão de existir e entender que o universo está em gênese, nascendo, se constituindo; não podemos impedir a vida, nem pôr em risco o equilíbrio dinâmico que liga todos os seres. Compreender a evolução, onde uma vida é suporte de outra vida.
Nossa educação colocou-nos longe demais. Nossa formação não previu uma ética de responsabilidade e a criação de consciência de que não há nada sobrando. Não nos lembramos, sequer, que esse patrimônio formado ao longo de quinze bilhões de anos deve ser preservado, passando adiante sem desafinar na grande sinfonia universal.
É urgente em nossas escolas, nossas famílias e em todas as entidades, trabalhar com mais afinco para podermos assistir ao nascimento de uma nova geração que ama o mundo e que o preserva com alegria e não só por receio das punições impostas pelos órgãos responsáveis pela custódia da natureza e preservação do meio ambiente.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME 10
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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