Pe. João A. Mac Dowell S.J.
Eu sei que a Igreja dá muita importância à Missa. Gostaria de participar. Mas não suporto mais assistir a essas cerimônias monótonas, sem relação com a vida. Que devo fazer?
É verdade que em muitas Missas a participação da comunidade é mínima. O povo assiste passivamente. Muita gente não compreende o sentido dos ritos. As vezes a homilia é pobre. O conjunto da cerimônia é pouco inspirador. São limites da vida da Igreja. Mas, graças a Deus, em muitos lugares há celebrações bem preparadas, adaptadas às diversas situações e tempos do ano litúrgico, que alimentam a fé e a vida cristã dos participantes.
Esta liturgia viva depende certamente da iniciativa do celebrante, mas também da resposta da comunidade. A participação interior dos fiéis no mistério eucarístico é o objetivo fundamental da celebração: assimilar vitalmente a palavra de Deus que é anunciada e entrar em comunhão com Cristo na sua oferta ao Pai para o serviço dos irmãos e irmãs. É verdade que ela se realiza através dos gestos sacramentais. Mas a qualidade da celebração não depende só do grau de animação e participação da assembléia nos cantos e nas cerimônias. A liturgia é tanto mais autêntica quanto mais ajuda os participantes a identificar-se com Cristo no mistério da sua morte e ressurreição.
É justo que Você escolha a Missa que sintoniza melhor com o seu jeito. Mas não tem direito de impor a sua preferência aos outros. Aliás, o fruto de sua participação não se mede por seu gosto, mas por sua fé. Mesmo uma celebração monótona pode ser proveitosa, se Você busca viver o seu significado profundo. Sem dúvida a rotina, provocada pela repetição das mesmas cerimônias, dificulta a participação consciente.
Haverá dias em que você estará mais insensível, mais distraido. Mas nem por isso a Missa perde o sentido. Mesmo quando parece perda de tempo, a sua presença é um gesto de solidariedade para com a comunidade; um testemunho de sua fidelidade a Cristo e a sua Igreja.
Nessa atitude reside o segredo da participação fecunda e gratificante na Eucaristia. É dando que se recebe. Você não pode ir à Missa só para receber. Trate de dar a sua contribuição, nos cantos, nas leituras, na oração dos fiéis. Trate sobretudo de sentir-se verdadeiramente responsável por sua comunidade, solidário com sua sorte, amigo de seus membros, envolvido de algum modo nas suas atividades pastorais ou sociais. Então a Missa adquirirá um novo significado para você. Os limites da celebração litúrgica já não representarão uma barreira intransponível. Ela não será um ritual frio e distante, mas um acontecimento que lhe concerne pessoalmente, como o centro da sua vida religiosa e o fundamento da sua comunidade.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Eu sei que a Igreja dá muita importância à Missa. Gostaria de participar. Mas não suporto mais assistir a essas cerimônias monótonas, sem relação com a vida. Que devo fazer?
É verdade que em muitas Missas a participação da comunidade é mínima. O povo assiste passivamente. Muita gente não compreende o sentido dos ritos. As vezes a homilia é pobre. O conjunto da cerimônia é pouco inspirador. São limites da vida da Igreja. Mas, graças a Deus, em muitos lugares há celebrações bem preparadas, adaptadas às diversas situações e tempos do ano litúrgico, que alimentam a fé e a vida cristã dos participantes.
Esta liturgia viva depende certamente da iniciativa do celebrante, mas também da resposta da comunidade. A participação interior dos fiéis no mistério eucarístico é o objetivo fundamental da celebração: assimilar vitalmente a palavra de Deus que é anunciada e entrar em comunhão com Cristo na sua oferta ao Pai para o serviço dos irmãos e irmãs. É verdade que ela se realiza através dos gestos sacramentais. Mas a qualidade da celebração não depende só do grau de animação e participação da assembléia nos cantos e nas cerimônias. A liturgia é tanto mais autêntica quanto mais ajuda os participantes a identificar-se com Cristo no mistério da sua morte e ressurreição.
É justo que Você escolha a Missa que sintoniza melhor com o seu jeito. Mas não tem direito de impor a sua preferência aos outros. Aliás, o fruto de sua participação não se mede por seu gosto, mas por sua fé. Mesmo uma celebração monótona pode ser proveitosa, se Você busca viver o seu significado profundo. Sem dúvida a rotina, provocada pela repetição das mesmas cerimônias, dificulta a participação consciente.
Haverá dias em que você estará mais insensível, mais distraido. Mas nem por isso a Missa perde o sentido. Mesmo quando parece perda de tempo, a sua presença é um gesto de solidariedade para com a comunidade; um testemunho de sua fidelidade a Cristo e a sua Igreja.
Nessa atitude reside o segredo da participação fecunda e gratificante na Eucaristia. É dando que se recebe. Você não pode ir à Missa só para receber. Trate de dar a sua contribuição, nos cantos, nas leituras, na oração dos fiéis. Trate sobretudo de sentir-se verdadeiramente responsável por sua comunidade, solidário com sua sorte, amigo de seus membros, envolvido de algum modo nas suas atividades pastorais ou sociais. Então a Missa adquirirá um novo significado para você. Os limites da celebração litúrgica já não representarão uma barreira intransponível. Ela não será um ritual frio e distante, mas um acontecimento que lhe concerne pessoalmente, como o centro da sua vida religiosa e o fundamento da sua comunidade.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
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