
PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
A intervenção humana na seleção genética representa perigo?
O respeito pela vida nos faz chegar ao grande respeito pelo mundo e pela criação de Deus, boa e perfeita. Como também devia fazer o homem perceber seu limite. A torre de Babel continua como símbolo da capacidade, da inteligência e da sede da ambição humana.
Ninguém nega o valor das grandes conquistas na ciência, mas reconhecemos que no meio de nós já surge o medo, o temor do aumento dos riscos de auto-destruição da humanidade. E isso não é alarmismo, pois as revistas científicas já trazem o custo dos grandes experimentos.
Já estamos correndo os riscos e tendo preocupações com a saúde e o respeito ambiental por causa dos organismos geneticamente alterados. As alegrias e transferências de toxinas podem colocar em perigo a saúde de todos. As composições alérgicas passadas de uma espécie a outra podem provocar reações não toleráveis e inesperadas ao homem. Essas transferências de toxinas de um organismo vivo a outro podem ser destruidoras e criadoras de novas toxinas. Como existe também o risco de se desenvolverem plantas resistentes às doenças e ao stress ambiental, desequilibrando o meio ambiente e o ecossistema.
O resultado das deformações de culturas, os transgênicos, podem trazer alterações prejudicando a biodiversidade. Desde a descoberta do microscópio, sabemos que os micro-organismos estão na base de todos os processos de produção através da alteração de produtos, mas isso não nos tranqüiliza e não responde à pergunta sobre sua legitimidade. Continua a pergunta sobre até onde se pode chegar com a intervenção humana na seleção genética. Podemos criar monstros com alto poder de destruição e intensificar os riscos de destruição da humanidade.
A FAO alertou os cientistas, mas quem precisa ficar alerta somos nós, quem precisa tomar consciência somos nós, porque o dinheiro das pesquisas sai de nossos bolsos; os votos para a coordenação política saem de nossas mãos e quem vai conviver com esses monstros somos nós.
Não se negam as vantagens do progresso, mas alertamos para o perigo e a pouca informação a que temos acesso. Até que ponto os cientistas são honestos e nos informam da real situação de perigo a que estamos expostos. Já vimos esse filme quando se tratou da radioatividade. E hoje, pouco nos sensibiliza a legião de deformados que perambula pelo nosso planeta, vítima do perigo radioativo. Depois de Hiroshima o que mais precisam nos dizer?
Não é só o desenvolvimento que justifica a intervenção humana na seleção genética, mas o valor por excelência é o respeito à vida.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME - 10
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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