
Com esta meditação chegamos ao assunto mais profundo e angustiante perigo do abuso da liberdade: a negação da autoridade de Deus, e a divinização da pessoa humana. A raiz de todo pecado está no orgulho da pessoa de querer ser igual a Deus: “Deus sabe que no dia em que vocês comerem o fruto, os olhos de vocês vão se abrir e vocês serão como deuses, conhecedores do bem e do mal” (Gn 3,5). A liberdade humana é um abismo que não conseguimos decifrar, ela participa da grandeza dos filhos e filhas de Deus, e participa da obstinação e maldade do demônio. Renegar a fé, conhecida como dom e salvação oferecida, gratuitamente por Deus, é entrar em confronto direto com Deus: “não obedeço, não aceito, quero fazer a minha vontade!”
E Deus, santo, e misericordioso, que nos criou à “sua Imagem e Semelhança” (Gm 1,26) respeitará a nossa escolha, livre e responsável, prefere perder um filho, a ser obedecido por um deficiente e escravo. Nossa liberdade tem um preço muito alto. São Pedro, em sua segunda carta, escreve: “Essas pessoas porém, como animais irracionais destinados por natureza à prisão e à morte, insultam o que não conhecem, e vão perecer com a mesma morte” (2Pd 2,12). E o Espírito Santo na carta ao Hebreus (6,6) adverte: “Há pessoas que foram iluminados uma vez... participaram do Espírito Santo... e no entanto, caíram. É impossível que elas sejam trazidas à conversão.” E São Pedro diz dessas pessoas: “Aconteceu com eles o que diz o provérbio: “O cão volta a seu próprio vômito”, e ainda, “a porca lavada torna a resolver-se na lama” (1Pd 2,22)
Dá para pensar!
Pe. Ângelo Licati, CSsR
http://www.matrizdecampinas.org.br/blog-dos-padres
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar. Sua participação é muito importante para nós. Deixe seu e-mail para podermos lhe contatar.