PADRE ÂNGELO LICÁTI CSsRSerá que já deu para você perceber que o Reino de Deus está intimamente ligado com a felicidade e o bem-estar das pessoas? Pois é isso! Os milagres que Jesus fazia tinham, sempre, esta finalidade: libertar o ser humano de alguma coisa que o oprimia e o fazia infeliz. Vamos examinar alguns milagres de Jesus, focalizando, não tanto o poder de Jesus, mas a felicidade das pessoas miraculadas. Já vimos como, no tempo de Jesus, as doenças, a pobreza, e outros males estavam ligados à crença de que eram castigos mandados por Deus. Assim os infelizes eram duplamente penalizados: pela limitação causada pela doença, e pela lembrança de que estavam sendo castigados por Deus. E a isto acrescia mais um sofrimento: essas pessoas não mereciam compaixão porque estavam pagando por seus pecados. Eram, na verdade, infelizes.
O profeta Isaias tinha anunciado que, com a chegada do Reino de Deus, esta situação iria mudar. Alguém iria ter compaixão para com esses sofredores. Jesus, na sinagoga de Nazaré, aplicou a si mesmo o cumprimento dessa profecia: “Hoje se cumpre essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouvir (Lc 4, 21).
E afirmou, mais de uma vez, que a sua missão era “buscar e salvar o que estava perdido”. “Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os doentes”. Se eu expulso os demônios é sinal que chegou até vós o Reino de Deus”. (Mt 12, 28). A medicina, no tempo de Jesus, não estava tão avançada como hoje, e por isso, dentro da mentalidade da época, muitas doenças eram atribuídas à possessão diabólica. Muitas vezes, antes de curar as doenças físicas, Jesus curava a dor da alma, dizendo: “tem confiança... os teus pecados estão perdoados!” As curas eram o sinal alegre e visível de que o Reino de Deus estava presente no mundo, na pessoa de Jesus!
Pe. Ângelo Licati, CSsR
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