
O guarda noturno lobrigou no lusco-fusco da manhã o vulto de duas freiras dando voltas ao redor de um prédio. Que estariam fazendo? Aguçou a curiosidade e ficou observando de longe.
Caminhando pela área, abaixavam-se de vez em quando, faziam sinais no chão, escreviam números num caderninho e caminhavam mais adiante, repetindo a operação. O guarda coçava a cabeça e a barba, tentando descobrir o enigma. Nunca vira duas freiras medindo chão na rua, em pleno silêncio da madrugada. Chamou um colega e pediu esclarecimentos. Tratava-se de um grupo de Irmãs italianas que estavam negociando a compra daquele prédio. Aquelas duas freirinhas teriam vindo medir a área.
Por que de madrugada?
Os proprietários do terreno haviam fornecido as medidas. Madre Francisca, um tanto desconfiada, pedira que suas Irmãs fossem conferir, mas em segredo. As suspeitas se confirmavam. Combinou-se a venda de toda uma área. Mas uma faixa de terreno fora subtraída. À tarde, no momento de fechar o negócio, Madre Francisca expôs suas dúvidas. Os vendedores contestaram, garantindo a seriedade das medições. Ela poderia conferir.
Por que de madrugada?
Os proprietários do terreno haviam fornecido as medidas. Madre Francisca, um tanto desconfiada, pedira que suas Irmãs fossem conferir, mas em segredo. As suspeitas se confirmavam. Combinou-se a venda de toda uma área. Mas uma faixa de terreno fora subtraída. À tarde, no momento de fechar o negócio, Madre Francisca expôs suas dúvidas. Os vendedores contestaram, garantindo a seriedade das medições. Ela poderia conferir.
— Sim, conferimos hoje de manhã — disse a Madre resolutamente. Percebendo que tinham encontrado alguém mais esperto do que eles, deram marcha-a-ré e desconversaram:
— Madre Francisca, não é preciso. Confiamos na sua honestidade.
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