Pe. Luiz Carlos de Oliveira
Redentorista
Presença amiga
A espiritualidade da Unção dos Enfermos estimula-nos a estar próximos e presentes junto aos doentes e moribundos. Um jovem médico belga Michel Englebert, dos Médicos sem Fronteira, que trabalhava na Angola, também em Kwito-Bié, contou-me sua experiência de médico no hospital na Bélgica: “Eu ia para junto daqueles que estavam ali, sem esperança de vida, velhos, sozinhos. Eu pegava na mão deles e ficava conversando para que se sentissem amados”. É o que acontece com tantas pessoas: abandonadas nos hospitais, ou clínicas, ou asilos. Em um hospital psiquiátrico, uma velhinha ficou anos, olhando para a porta, esperando seus filhos chegarem para uma visita. Isso dói. E quantos casos. A espiritualidade nos convida a ir até esses solitários. A medicina se desenvolveu tanto, mas a sensibilidade para com o doente decresceu vertiginosamente. As pessoas, na doença, sentem muita necessidade de ter alguém por perto, pois se perdem as forças interiores de resistência. Uma presença amiga, tanto de familiares como de amigos, se faz muito importante. Por esse gesto, Jesus se faz presente junto ao doente. O sacramento do irmão é fundamental nesse momento. Jesus dirá no juízo final: “Estive doente e me visitastes?... Todas as vezes que fizestes isso, foi a mim que o fizestes”. O doente é, para quem o visita, a pessoa de Jesus. Realiza-se uma extensão do sacramento do encontro com Cristo no momento da dor e sofrimento. Anotamos aqui o valor do ministério da distribuição da Comunhão aos doentes. Tantas vezes é a única visita que recebem, a de Jesus. É maravilhosa essa inovação da Igreja. Os doentes saíram ganhando e ganharam Jesus. E quanto de vitalidade esses ministros recebem, eles próprios, para sua espiritualidade. São beneficiados também.
De mãos dadas no caminho
Não somente os doentes acamados necessitam da graça abundante desse sacramento, como também os que vivem situações de sofrimento interno ou em sua vida. São doenças ou sofrimentos que a presença amiga pode aliviar. “Quem encontra um amigo, encontrou um tesouro”. A amizade espiritual é um caminho magnífico para o alívio de tantos males e instrumento de crescimento espiritual e humano. É uma das funções dos sacerdotes. Saber ser amigo como Jesus sabia ser. Jesus era amigo de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria. Lázaro é chamado de “está enfermo aquele que Tu amas” (Jo 11,3). É uma amizade que gera vida. É necessário ter amigos que, mais que companheiros do dia a dia, sejam companheiros ou companheiras da vida espiritual. Falamos de direção espiritual. Poderíamos dizer melhor: amizade espiritual, para crescer junto no caminho espiritual. É uma medicina preventiva da vida espiritual.
Repartindo a dor
Podemos dizer que, se nós sacerdotes visitássemos mais as famílias enlutadas, teríamos igrejas mais cheias. São abandonados à própria dor. É o momento em que mais necessitam. É justamente o momento em que mais são abandonados pelos da Igreja. Há outros que se aproveitam. É um momento privilegiado da missão da Igreja. Jesus se compadecia muito daqueles que haviam perdido entes queridos, como vemos no caso da ressurreição do filho da viúva de Naim, na ressurreição de Lázaro e da menina. Na morte de Lázaro Ele chora ao ver a dor das irmãs. Se ele ressuscitou esses e não os outros, está a nos dizer da importância de estarmos juntos aos enlutados, pois esse é um caminho de ressurreição. O sacramento da unção cura a dor da morte.
Redentorista
Presença amiga
A espiritualidade da Unção dos Enfermos estimula-nos a estar próximos e presentes junto aos doentes e moribundos. Um jovem médico belga Michel Englebert, dos Médicos sem Fronteira, que trabalhava na Angola, também em Kwito-Bié, contou-me sua experiência de médico no hospital na Bélgica: “Eu ia para junto daqueles que estavam ali, sem esperança de vida, velhos, sozinhos. Eu pegava na mão deles e ficava conversando para que se sentissem amados”. É o que acontece com tantas pessoas: abandonadas nos hospitais, ou clínicas, ou asilos. Em um hospital psiquiátrico, uma velhinha ficou anos, olhando para a porta, esperando seus filhos chegarem para uma visita. Isso dói. E quantos casos. A espiritualidade nos convida a ir até esses solitários. A medicina se desenvolveu tanto, mas a sensibilidade para com o doente decresceu vertiginosamente. As pessoas, na doença, sentem muita necessidade de ter alguém por perto, pois se perdem as forças interiores de resistência. Uma presença amiga, tanto de familiares como de amigos, se faz muito importante. Por esse gesto, Jesus se faz presente junto ao doente. O sacramento do irmão é fundamental nesse momento. Jesus dirá no juízo final: “Estive doente e me visitastes?... Todas as vezes que fizestes isso, foi a mim que o fizestes”. O doente é, para quem o visita, a pessoa de Jesus. Realiza-se uma extensão do sacramento do encontro com Cristo no momento da dor e sofrimento. Anotamos aqui o valor do ministério da distribuição da Comunhão aos doentes. Tantas vezes é a única visita que recebem, a de Jesus. É maravilhosa essa inovação da Igreja. Os doentes saíram ganhando e ganharam Jesus. E quanto de vitalidade esses ministros recebem, eles próprios, para sua espiritualidade. São beneficiados também.
De mãos dadas no caminho
Não somente os doentes acamados necessitam da graça abundante desse sacramento, como também os que vivem situações de sofrimento interno ou em sua vida. São doenças ou sofrimentos que a presença amiga pode aliviar. “Quem encontra um amigo, encontrou um tesouro”. A amizade espiritual é um caminho magnífico para o alívio de tantos males e instrumento de crescimento espiritual e humano. É uma das funções dos sacerdotes. Saber ser amigo como Jesus sabia ser. Jesus era amigo de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria. Lázaro é chamado de “está enfermo aquele que Tu amas” (Jo 11,3). É uma amizade que gera vida. É necessário ter amigos que, mais que companheiros do dia a dia, sejam companheiros ou companheiras da vida espiritual. Falamos de direção espiritual. Poderíamos dizer melhor: amizade espiritual, para crescer junto no caminho espiritual. É uma medicina preventiva da vida espiritual.
Repartindo a dor
Podemos dizer que, se nós sacerdotes visitássemos mais as famílias enlutadas, teríamos igrejas mais cheias. São abandonados à própria dor. É o momento em que mais necessitam. É justamente o momento em que mais são abandonados pelos da Igreja. Há outros que se aproveitam. É um momento privilegiado da missão da Igreja. Jesus se compadecia muito daqueles que haviam perdido entes queridos, como vemos no caso da ressurreição do filho da viúva de Naim, na ressurreição de Lázaro e da menina. Na morte de Lázaro Ele chora ao ver a dor das irmãs. Se ele ressuscitou esses e não os outros, está a nos dizer da importância de estarmos juntos aos enlutados, pois esse é um caminho de ressurreição. O sacramento da unção cura a dor da morte.
Novembro-2006
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