Pe. Luiz Carlos Oliveira
Redentorista
Deus se apresenta como misericórdia
O Deus das infinitas surpresas não fez menos quando nos revelou Seu amor. Ele sempre toma a dianteira. Antes mesmo que nós O tivéssemos amado, já nos amava e nos salvava: “Deus dá prova do seu amor para conosco pois, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Rm 5,8). Essa sabedoria de Deus vem dizer-nos que não recebemos nada por mérito de nossa parte, mas por amor. Deus não paga nossos méritos mas doa em excesso. Deus não negocia, presenteia. Mostrou sua misericórdia quando a humanidade se encontrava na situação de fragilidade, dizemos pecado. A misericórdia de Deus não foi um ato de sentimento de pena, mas uma atitude de partilha de vida feliz. Veio para nos levar a participar de Sua comunhão, o que significaria a redenção de todos os males, mesmo humanos e do universo. A atitude de Deus é fabulosa. Até o universo, como diz Paulo, esperava essa redenção (Rm 8,22-23). Toda redenção, por mais interpretações que tenha, não pode deixar de lado o aspecto do abraço do Pai que vem, através do Filho, ao encontro de cada pessoa. A morte de Jesus não foi um gemido de dor, mas um grito de amor que corta o coração de quem sabe acolhê-lo. Podemos ler nos evangelhos como o pai acolhe o filho que deixou a casa e como o pastor busca a ovelha perdida. Jesus veio para salvar o que estava pedido. Alegra-se porque os pequeninos acolhem Sua mensagem.
Um sacramento de bondade
No projeto de Deus, tudo foi encarnação. O Filho de Deus se encarnou e deixou o grupo dos discípulos para continuarem Sua presença e missão. Deixou os sacramentos para que fossem o encontro de redenção com Cristo. Dentre esses sacramentos nós temos o sacramento da reconciliação e penitência. Esse foi a maior vítima da falta de compreensão do amor misericordioso de Deus. Tornou-se um tribunal de terror, tanto que muitos se afastaram delepelo modo como foram atendidos. A maioria tem medo de confessar-se. Não era para ser assim. Pe. Häring chama-o de sacramento da alegria. Santo Afonso dizia que o pregador devia ser um leão no púlpito e um cordeiro no confessionário. E descreve as atitudes de carinho com que devem ser tratados os penitentes. E até completa: “Está com medo da penitência? Não se preocupe, pois Jesus a fez por você, morrendo na cruz!” Eu devo ser firme na verdade, mas posso dizê-la com educação, tentando convencer pelo amor e não pelo terror. O santo diz ainda que “as conversões provocadas pelo medo não duram muito tempo. Duram as conversões provocadas pelo amor”. A confissão é o sacramento do perdão e não da condenação. A heresia jansenista foi a culpada dessa cara ruim de Deus. O pior é que tem gente voltando a isso. Que bom se levássemos a confissão para o verdadeiro lugar. As pessoas correriam para ela, como para a eucaristia
Conversão como caminho permanente
O sacramento da penitência não passar pelo padre, acusar os pecados, ou aproveitar-se de uma confissão comunitária para receber um perdão sem as condições devidas e continuar na mesma. O sacramento exige e estimula a conversão permanente. Aí sim, ele tem fruto. Por que não melhoramos? Porque não nos confessamos ou confessamos mal. Sem conversão não há sacramento da bondade. Conversão é a alegria de voltar para casa pelo sacramento alegre do encontro. Sem isso, fica tudo triste. O sacramento tem uma graça que aumenta a conversão e fortalece na decisão. Mesmo os casos mais complicados podem ser encaminhados pela graça do sacramento do perdão. Por isso, nada como criar um novo modo de ver esse sacramento.
Redentorista
Deus se apresenta como misericórdia
O Deus das infinitas surpresas não fez menos quando nos revelou Seu amor. Ele sempre toma a dianteira. Antes mesmo que nós O tivéssemos amado, já nos amava e nos salvava: “Deus dá prova do seu amor para conosco pois, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós” (Rm 5,8). Essa sabedoria de Deus vem dizer-nos que não recebemos nada por mérito de nossa parte, mas por amor. Deus não paga nossos méritos mas doa em excesso. Deus não negocia, presenteia. Mostrou sua misericórdia quando a humanidade se encontrava na situação de fragilidade, dizemos pecado. A misericórdia de Deus não foi um ato de sentimento de pena, mas uma atitude de partilha de vida feliz. Veio para nos levar a participar de Sua comunhão, o que significaria a redenção de todos os males, mesmo humanos e do universo. A atitude de Deus é fabulosa. Até o universo, como diz Paulo, esperava essa redenção (Rm 8,22-23). Toda redenção, por mais interpretações que tenha, não pode deixar de lado o aspecto do abraço do Pai que vem, através do Filho, ao encontro de cada pessoa. A morte de Jesus não foi um gemido de dor, mas um grito de amor que corta o coração de quem sabe acolhê-lo. Podemos ler nos evangelhos como o pai acolhe o filho que deixou a casa e como o pastor busca a ovelha perdida. Jesus veio para salvar o que estava pedido. Alegra-se porque os pequeninos acolhem Sua mensagem.
Um sacramento de bondade
No projeto de Deus, tudo foi encarnação. O Filho de Deus se encarnou e deixou o grupo dos discípulos para continuarem Sua presença e missão. Deixou os sacramentos para que fossem o encontro de redenção com Cristo. Dentre esses sacramentos nós temos o sacramento da reconciliação e penitência. Esse foi a maior vítima da falta de compreensão do amor misericordioso de Deus. Tornou-se um tribunal de terror, tanto que muitos se afastaram delepelo modo como foram atendidos. A maioria tem medo de confessar-se. Não era para ser assim. Pe. Häring chama-o de sacramento da alegria. Santo Afonso dizia que o pregador devia ser um leão no púlpito e um cordeiro no confessionário. E descreve as atitudes de carinho com que devem ser tratados os penitentes. E até completa: “Está com medo da penitência? Não se preocupe, pois Jesus a fez por você, morrendo na cruz!” Eu devo ser firme na verdade, mas posso dizê-la com educação, tentando convencer pelo amor e não pelo terror. O santo diz ainda que “as conversões provocadas pelo medo não duram muito tempo. Duram as conversões provocadas pelo amor”. A confissão é o sacramento do perdão e não da condenação. A heresia jansenista foi a culpada dessa cara ruim de Deus. O pior é que tem gente voltando a isso. Que bom se levássemos a confissão para o verdadeiro lugar. As pessoas correriam para ela, como para a eucaristia
Conversão como caminho permanente
O sacramento da penitência não passar pelo padre, acusar os pecados, ou aproveitar-se de uma confissão comunitária para receber um perdão sem as condições devidas e continuar na mesma. O sacramento exige e estimula a conversão permanente. Aí sim, ele tem fruto. Por que não melhoramos? Porque não nos confessamos ou confessamos mal. Sem conversão não há sacramento da bondade. Conversão é a alegria de voltar para casa pelo sacramento alegre do encontro. Sem isso, fica tudo triste. O sacramento tem uma graça que aumenta a conversão e fortalece na decisão. Mesmo os casos mais complicados podem ser encaminhados pela graça do sacramento do perdão. Por isso, nada como criar um novo modo de ver esse sacramento.
Junho-2006
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