Afonso Rodrigues (1532-1617) é um santo espanhol, filho de comerciantes. Aparentemente um “João Ninguém”, mas foi elevado às alturas da mística. Aprendeu as letras e o catecismo com os padres jesuítas. Devido à morte prematura do pai, precisou interromper os estudos para cuidar do comércio que ele deixou. Mas não tinha vocação para negócio.A conselho da mãe, casou-se com Maria Juarez e teve dois filhos. Não teve sorte, porém. Logo morreram a esposa e os filhos. Minado pela dor e pelo remorso, pois pensava ter sido culpado de tudo isso, entregou-se a jejuns prolongados, vigílias de oração e outras penitências que quase puseram fim à própria vida. Finalmente entrou na Ordem dos Jesuítas e achou a paz. Não se ordenou padre. Exerceu durante mais de 40 anos o ofício de porteiro no convento de Monte Sião em Palmas, colônia da Espanha. Foi sempre um exemplo de humildade, obediência e seriedade no cumprimento dos deveres.
Era proverbial sua obediência aos Superiores. A esse respeito contam-se varias lendas. Certa vez negou-se a abrir a porta ao vice rei de Portugal, porque o seu Superior lhe dissera que não abrisse a porta para ninguém, antes da hora marcada. Em outra ocasião tentou quebrar em pedaços e engolir, um prato de comida, porque o Superior lhe dissera que comesse aquele prato, bem entendido, o conteúdo do prato.Agraciado pelo Espírito Santo com dons místicos, escreveu diversos livros, entre os quais “Memórias” e “Prática da Perfeição Cristã”. Foi canonizado uns duzentos anos após a morte.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
Do BOLETIM DO PADRE PELÁGIO CSSR
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