PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Existe dinheiro fácil e limpo?
Quanto mais exigente se torna a vida, mais cresce a esperança de poder resolver todos os problemas de uma forma rápida e eficiente. E os sonhos se embalam nas mais loucas ou sofisticadas formas de ganhar dinheiro. Tudo se torna venal, tudo tem seu preço.É assim que hoje assistimos ao desfile de ofertas para nos tornarmos milionários do dia para a noite. Alimentados pela mídia, o povo se lança atrás de prêmios astronômicos, sorteados no decorrer dos espetáculos. Já estamos na verdade diante de uma patologia abusiva e deletéria.A paixão, a loucura, a ilusão, a corrida obsessiva atrás dos bens materiais tornam o homem escravo do processo de multiplicação da riqueza.A febre do jogo contamina e essa corrida a uma felicidade paradisíaca mostra como nossa sociedade está doente, como nós estamos doentes.O jogo que era uma distração, alívio para o stress diário, descanso, passatempo é também contaminado pela febre do ganho fácil. Um pouco de ganância, a ânsia do consumismo, a esperança de uma vida mais fácil, um pouco de tudo; uma escravidão sem patrão.Não paramos mais para pensar que nosso sonho é a realização da riqueza de alguns e o que sobra é bem pouco diante do arrecadado, onde milhares de pessoas perdem até o que lhes seria necessário. Ninguém quer pensar que se um ganha, outro está perdendo e mesmo nessas promoções milionárias, alguém está ganhando muito às custas da ingenuidade de uns quantos.Disseram-me que ninguém tem esperança maior do que pobre e pescador. E essa esperança que forma as enormes filas nas casas lotéricas ou que faz acreditar que o próximo felizardo serei eu e não o outro. Precisamos colocar os pés no chão e aprender quanto vale nosso dinheiro que ganhamos como fruto de um trabalho digno e honesto.Não somos contra o jogo que distrai e descansa, mas somos contra a escravidão que retira de casa até o que vai fazer falta.O dinheiro que não é fruto abençoado também não pára nas mãos de quem o adquiriu. Aqui vale o ditado: "O pai rouba, o filho come, o neto passa fome. Ganância não é bênção, mas maldição.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R
EDITORA SANTUÁRIO
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