PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
O amor é o caminho
Temos refletido as muitas dimensões da espiritualidade. Essa pareceu ao povo como coisa de poucos escolhidos. O jeito de ser santo foi marcado por elementos secundários e até excêntricos. Cada um tem um jeito de ser santo, mas só há um caminho: o amor. Ninguém ficou santo sem o amor. Ninguém nasce santo e ninguém está livre da tentação. O amor é dom que pode ser vivido por todos. O caminho é amor pois a santidade é participação da vida divina, e Deus é amor. Santo Afonso escreve que “toda santidade consiste em amar Jesus Cristo”. Amar Jesus é cumprir seu mandamento, e seu mandamento é o amor. “Este é meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” ( ). Amar é fazer o caminho da santidade. A Igreja tem uns 4.000 santos canonizados. Para se declarar uma pessoa santa examina-se se viveu, em grau, heróico as virtudes e, entre elas, a fé, a esperança e a caridade. A caridade sempre foi o caminho da comunidade.
Amar como Jesus amou
Jesus é sempre o modelo, sobretudo o modelo de amor. Amou os seus: “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo do amor” que foi a entrega na morte. Amou os pobres, pequenos, pecadores, fracos, doentes sofredores. Para eles prodigalizava os milagres. Amou dando sua palavra para um novo modo de vida. Se Jesus foi duro, o foi contra o orgulho e incoerência. Quando repreendia os pobres era com doçura, como vemos na cena da expulsão dos vendilhões do templo: “Tirem essas coisas daqui”. O povo se deliciava com suas palavras de libertação. Disse em Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, por isso enviou-me para evangelizar os pobres, curar os corações partidos, dar liberdade aos prisioneiros” (Lc 4,). Coloca em suas palavras um princípio de amor ativo e transformante da realidade. Quem coloca o caminho da espiritualidade somente no “espiritual”, vai demorar. Se espiritual é inclinar-se sobre as dores do mundo, aí sim, caminha bem.
Onde existe amor Deus aí está
As comunidades da Igreja já tiveram problemas com outros grupos religiosos. Confundimos religião com salvação. Não podemos dizer que só quem pensa como eu, está salvo. Quem salva é Deus. E Deus tem seus caminhos. Não podemos duvidar disso. Mas se não amamos tiramos a base de tudo. E se fora da Igreja, encontro o amor, a caridade, Deus ali está. Temos que evangelizar o mundo. Mas só o faremos pelos caminhos do amor. Vejam sobre o que seremos julgados: seremos julgados e cobrados se tivemos amor. Ele dá consistência a nossa proclamação da verdade.
http://www.ceresp.com.br
Art.nº443-Outubro/2005
O amor é o caminho
Temos refletido as muitas dimensões da espiritualidade. Essa pareceu ao povo como coisa de poucos escolhidos. O jeito de ser santo foi marcado por elementos secundários e até excêntricos. Cada um tem um jeito de ser santo, mas só há um caminho: o amor. Ninguém ficou santo sem o amor. Ninguém nasce santo e ninguém está livre da tentação. O amor é dom que pode ser vivido por todos. O caminho é amor pois a santidade é participação da vida divina, e Deus é amor. Santo Afonso escreve que “toda santidade consiste em amar Jesus Cristo”. Amar Jesus é cumprir seu mandamento, e seu mandamento é o amor. “Este é meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” ( ). Amar é fazer o caminho da santidade. A Igreja tem uns 4.000 santos canonizados. Para se declarar uma pessoa santa examina-se se viveu, em grau, heróico as virtudes e, entre elas, a fé, a esperança e a caridade. A caridade sempre foi o caminho da comunidade.
Amar como Jesus amou
Jesus é sempre o modelo, sobretudo o modelo de amor. Amou os seus: “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo do amor” que foi a entrega na morte. Amou os pobres, pequenos, pecadores, fracos, doentes sofredores. Para eles prodigalizava os milagres. Amou dando sua palavra para um novo modo de vida. Se Jesus foi duro, o foi contra o orgulho e incoerência. Quando repreendia os pobres era com doçura, como vemos na cena da expulsão dos vendilhões do templo: “Tirem essas coisas daqui”. O povo se deliciava com suas palavras de libertação. Disse em Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, por isso enviou-me para evangelizar os pobres, curar os corações partidos, dar liberdade aos prisioneiros” (Lc 4,). Coloca em suas palavras um princípio de amor ativo e transformante da realidade. Quem coloca o caminho da espiritualidade somente no “espiritual”, vai demorar. Se espiritual é inclinar-se sobre as dores do mundo, aí sim, caminha bem.
Onde existe amor Deus aí está
As comunidades da Igreja já tiveram problemas com outros grupos religiosos. Confundimos religião com salvação. Não podemos dizer que só quem pensa como eu, está salvo. Quem salva é Deus. E Deus tem seus caminhos. Não podemos duvidar disso. Mas se não amamos tiramos a base de tudo. E se fora da Igreja, encontro o amor, a caridade, Deus ali está. Temos que evangelizar o mundo. Mas só o faremos pelos caminhos do amor. Vejam sobre o que seremos julgados: seremos julgados e cobrados se tivemos amor. Ele dá consistência a nossa proclamação da verdade.
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Art.nº443-Outubro/2005
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