PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR
Continuada encarnação.
Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Ele é o caminho de nossa espiritualidade para viver a santidade de Deus em nossa vida. Jesus nos deixou Sua Igreja e nela os sacramentos para que fossem para nós Sua continuada presença. Não temos mais a presença física de Jesus e nem precisamos dela. Os discípulos entenderam bem esse ensinamento de Jesus: “Quem vos ouve a mim ouve” (Lc 10,16). Compreenderam que a missão da Igreja é continuar a presença de Jesus, pois onde “dois ou três estão reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Mas a Igreja não vive só de uma presença espiritual de Jesus, mas de sua presença “encarnada” nos sinais sacramentais. S. Leão Magno, um dos mestres do cristianismo, dizemos santos padres, diz que o que era visível em Cristo está visível nos sinais sacramentais. Os sacramentos são sinais sensíveis, quer dizer, coisas que podemos tocar, ver, sentir, que explicam e realizam a santificação das pessoas. Há um aspecto invisível que é a graça redentora de Cristo e um aspecto visível que é a parte material, como o pão, o vinho, o óleo, a imposição das mãos. Assim, entramos em contato com Cristo e recebemos dEle a graça divina que vem pelos sacramentos.
Sabedoria de Deus
Como Deus é bom! Em todas as obras é sempre maravilhoso. Somente Ele poderia inventar um modo tão fácil de nos aproximarmos dEle para receber Sua vida. Viver Sua vida é a santidade. O caminho que realizamos para traduzir essa realidade em nossa vida é a espiritualidade. O Espírito nos conduz. A sabedoria de Deus dá-nos a compreensão de sua vida através dos sinais sensíveis dos sacramentos. O aspecto de matéria do sacramento está repleto de simbolismo. Por ele nós somos capazes de entender o que acontece conosco pela graça sacramental. Se como o pão (hóstia) sei que é alimento, que é sustento, é vida. Então sei que Cristo é minha vida, meu sustento, minha salvação. Recebo a vida de Deus. Se sou mergulhado na água para ser batizado, entendo que mergulho em Deus, lavo a culpa original e entro em Seu corpo que é a Igreja. O caminho espiritual exige que a santidade passe pela matéria, como Cristo se encarnou na matéria. A matéria torna-se uma escola para entender e viver a graça. Os elementos materiais são indicativos do modo como vamos viver.
Fazendo o caminho sacramental
Pensando a espiritualidade a partir dos sacramentos, devemos lembrar que nossa concepção de sacramento é ir a uma Igreja, fazer um rito e ir embora, tendo desligado o contato. Recebemos os sacramentos e os deixamos na Igreja. Eles continuam atuando em nós, pois são um encontro com Cristo e não simplesmente a recepção de algo fechado em si. Os sacramentos são o caminho espiritual por excelência. Eles dispensariam todos os outros atos de piedade. Se não dispensam é porque não estão sendo recebidos de acordo. Eles nos levam a viver a dinâmica evangélica no cotidiano inspirados pela pedagogia sacramental, que foi criada por Jesus. Para caminhar para Deus temos os sacramentos. Jesus, quando instituiu a Eucaristia, disse: “Fazei isso em memória de mim”. Quer dizer que a ceia eucarística se torna o modo de viver a redenção que Jesus nos trouxe. Não quer dizer só ir à missa e comungar, mas é preciso continuar a força e a pedagogia da Eucaristia para que ela seja de fato uma memória de redenção em mim e onde vivo. Sem esse caminho, todos os outros caminhos se tornam insuficientes.
http://www.ceresp.com.br
Art. nº447 - Novembro/2005
Continuada encarnação.
Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Ele é o caminho de nossa espiritualidade para viver a santidade de Deus em nossa vida. Jesus nos deixou Sua Igreja e nela os sacramentos para que fossem para nós Sua continuada presença. Não temos mais a presença física de Jesus e nem precisamos dela. Os discípulos entenderam bem esse ensinamento de Jesus: “Quem vos ouve a mim ouve” (Lc 10,16). Compreenderam que a missão da Igreja é continuar a presença de Jesus, pois onde “dois ou três estão reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles” (Mt 18,20). Mas a Igreja não vive só de uma presença espiritual de Jesus, mas de sua presença “encarnada” nos sinais sacramentais. S. Leão Magno, um dos mestres do cristianismo, dizemos santos padres, diz que o que era visível em Cristo está visível nos sinais sacramentais. Os sacramentos são sinais sensíveis, quer dizer, coisas que podemos tocar, ver, sentir, que explicam e realizam a santificação das pessoas. Há um aspecto invisível que é a graça redentora de Cristo e um aspecto visível que é a parte material, como o pão, o vinho, o óleo, a imposição das mãos. Assim, entramos em contato com Cristo e recebemos dEle a graça divina que vem pelos sacramentos.
Sabedoria de Deus
Como Deus é bom! Em todas as obras é sempre maravilhoso. Somente Ele poderia inventar um modo tão fácil de nos aproximarmos dEle para receber Sua vida. Viver Sua vida é a santidade. O caminho que realizamos para traduzir essa realidade em nossa vida é a espiritualidade. O Espírito nos conduz. A sabedoria de Deus dá-nos a compreensão de sua vida através dos sinais sensíveis dos sacramentos. O aspecto de matéria do sacramento está repleto de simbolismo. Por ele nós somos capazes de entender o que acontece conosco pela graça sacramental. Se como o pão (hóstia) sei que é alimento, que é sustento, é vida. Então sei que Cristo é minha vida, meu sustento, minha salvação. Recebo a vida de Deus. Se sou mergulhado na água para ser batizado, entendo que mergulho em Deus, lavo a culpa original e entro em Seu corpo que é a Igreja. O caminho espiritual exige que a santidade passe pela matéria, como Cristo se encarnou na matéria. A matéria torna-se uma escola para entender e viver a graça. Os elementos materiais são indicativos do modo como vamos viver.
Fazendo o caminho sacramental
Pensando a espiritualidade a partir dos sacramentos, devemos lembrar que nossa concepção de sacramento é ir a uma Igreja, fazer um rito e ir embora, tendo desligado o contato. Recebemos os sacramentos e os deixamos na Igreja. Eles continuam atuando em nós, pois são um encontro com Cristo e não simplesmente a recepção de algo fechado em si. Os sacramentos são o caminho espiritual por excelência. Eles dispensariam todos os outros atos de piedade. Se não dispensam é porque não estão sendo recebidos de acordo. Eles nos levam a viver a dinâmica evangélica no cotidiano inspirados pela pedagogia sacramental, que foi criada por Jesus. Para caminhar para Deus temos os sacramentos. Jesus, quando instituiu a Eucaristia, disse: “Fazei isso em memória de mim”. Quer dizer que a ceia eucarística se torna o modo de viver a redenção que Jesus nos trouxe. Não quer dizer só ir à missa e comungar, mas é preciso continuar a força e a pedagogia da Eucaristia para que ela seja de fato uma memória de redenção em mim e onde vivo. Sem esse caminho, todos os outros caminhos se tornam insuficientes.
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Art. nº447 - Novembro/2005
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