PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
A Missa é obrigatória aos domingos e dias santos?
Nossa formação religiosa às vezes não se preocupa com a formação da consciência, mas nos fornece fórmulas determinando a moralidade de nossas ações. Falta critério para discernimento. Ficamos com uma série de normas e leis que sempre nos obrigam, porque assim está escrito. Jesus advertiu: “a letra mata, o espírito é que vivifica”.
Assim acontece com o mandamento da Igreja que nos obriga à missa nos domingos e dias santos. Acabamos num legalismo impressionante a ponto de não comungarmos se perdermos uma missa; isso sem nos perguntarmos o motivo. Um mandamento que a Igreja pode mudar e que obriga a todos, quando não se tem condição de acolher a todos. Imagine se todos resolvessem vir à missa! Não questiono o mandamento, questiono a falta de esclarecimento.
O primeiro mandamento da Lei de Deus é o amor a Deus, que vai aparecendo em todos os nossos atos. Todas as explicitações devem ajudar-nos a caminhar nesse amor, por isso aparecem as normas que indicam, sinalizam o caminho. Assim temos de entender o convite para a “missa de preceito”. É uma convocação da comunidade para o grande momento da salvação que é a Eucaristia, o grande momento da fraternidade. Quem não entende isso, pouco estará ligando para pecado ou não pecado, para obrigação ou não obrigação.
As nossas igrejas continuam com um parco número de fiéis e nós continuamos falando do mesmo modo em plena época de uma “nova evangelização”. Não estaria na hora de deixarmos de insistir nessa tal obrigação e mostrarmos o momento da Eucaristia como um encontro feliz em que sua presença se faz necessária? Mostrar, como faz o Concílio Vaticano II, que a missa é o ponto alto da vida cristã, fonte de toda essa vida, sem o receio de nossas igrejas se esvaziarem. Poderíamos perder em quantidade, mas ganharíamos em qualidade.
Quem vem à missa deve vir porque está consciente do que acontece no altar. Vê a missa como um momento privilegiado da graça, momento salvador de Deus, momento de fraternidade assumida e redentora, momento de sua família. Quando não sabe o que faz, também não peca. Quando está impedido de participar, não pode estar presente, também não peca. Além da ignorância, são muitas as causas que podem impedir a participação na missa: doenças, velhices, viagens, visitas etc.
O erro, o pecado, acontece quando a pessoa pode vir e não quer, significando com isso seu pouco caso e até desprezo pelas coisas de Deus. Quanta gente vai à missa desinteressada, para cumprir preceito, e reclama até quando o padre faz algumas digressões ou alonga um pouco a celebração. Que sentido faz essa presença! Igreja não é um supermercado da fé.
Certas são aquelas pessoas que participam, são alegres e dedicadas a sua comunidade e sabem que reunidas fazem acontecer o grande momento da graça salvadora.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
Nossa formação religiosa às vezes não se preocupa com a formação da consciência, mas nos fornece fórmulas determinando a moralidade de nossas ações. Falta critério para discernimento. Ficamos com uma série de normas e leis que sempre nos obrigam, porque assim está escrito. Jesus advertiu: “a letra mata, o espírito é que vivifica”.
Assim acontece com o mandamento da Igreja que nos obriga à missa nos domingos e dias santos. Acabamos num legalismo impressionante a ponto de não comungarmos se perdermos uma missa; isso sem nos perguntarmos o motivo. Um mandamento que a Igreja pode mudar e que obriga a todos, quando não se tem condição de acolher a todos. Imagine se todos resolvessem vir à missa! Não questiono o mandamento, questiono a falta de esclarecimento.
O primeiro mandamento da Lei de Deus é o amor a Deus, que vai aparecendo em todos os nossos atos. Todas as explicitações devem ajudar-nos a caminhar nesse amor, por isso aparecem as normas que indicam, sinalizam o caminho. Assim temos de entender o convite para a “missa de preceito”. É uma convocação da comunidade para o grande momento da salvação que é a Eucaristia, o grande momento da fraternidade. Quem não entende isso, pouco estará ligando para pecado ou não pecado, para obrigação ou não obrigação.
As nossas igrejas continuam com um parco número de fiéis e nós continuamos falando do mesmo modo em plena época de uma “nova evangelização”. Não estaria na hora de deixarmos de insistir nessa tal obrigação e mostrarmos o momento da Eucaristia como um encontro feliz em que sua presença se faz necessária? Mostrar, como faz o Concílio Vaticano II, que a missa é o ponto alto da vida cristã, fonte de toda essa vida, sem o receio de nossas igrejas se esvaziarem. Poderíamos perder em quantidade, mas ganharíamos em qualidade.
Quem vem à missa deve vir porque está consciente do que acontece no altar. Vê a missa como um momento privilegiado da graça, momento salvador de Deus, momento de fraternidade assumida e redentora, momento de sua família. Quando não sabe o que faz, também não peca. Quando está impedido de participar, não pode estar presente, também não peca. Além da ignorância, são muitas as causas que podem impedir a participação na missa: doenças, velhices, viagens, visitas etc.
O erro, o pecado, acontece quando a pessoa pode vir e não quer, significando com isso seu pouco caso e até desprezo pelas coisas de Deus. Quanta gente vai à missa desinteressada, para cumprir preceito, e reclama até quando o padre faz algumas digressões ou alonga um pouco a celebração. Que sentido faz essa presença! Igreja não é um supermercado da fé.
Certas são aquelas pessoas que participam, são alegres e dedicadas a sua comunidade e sabem que reunidas fazem acontecer o grande momento da graça salvadora.
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
EDITORA SANTUÁRIO
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