CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA APARECIDA NA VOZ DO PADRE VITOR COELHO CSsR

Ó MARIA SANTÍSSIMA, PELOS MÉRITOS DO SENHOR JESUS CRISTO QUE EM VOSSA IMAGEM MILAGROSA DE APARECIDA ESPALHAIS INÚMEROS BENEFÍCIOS SOBRE O BRASIL, EU, EMBORA INDIGNO DE PERTENCER AO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS, MAS DESEJANDO PARTICIPAR DOS BENEFÍCIOS DA VOSSA MISERICÓRDIA, PROSTRADO A VOSSOS PÉS, CONSAGRO-VOS O ENTENDIMENTO, PARA QUE SEMPRE PENSE NO AMOR QUE MERECEIS. CONSAGRO-VOS A LÍNGUA, PARA QUE SEMPRE VOS LOUVE E PROPAGUE A VOSSA DEVOÇÃO.CONSAGRO-VOS O CORAÇÃO, PARA QUE, DEPOIS DE DEUS, VOS AME SOBRE TODAS AS COUSAS.RECEBEI-NOS, Ó RAINHA INCOMPARÁVEL, QUE NOSSO CRISTO CRUCIFICADO DEU-NOS POR MÃE, NO DITOSO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS. ACOLHEI-NOS DEBAIXO DA VOSSA PROTEÇÃO. SOCORREI-NOS EM NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS E TEMPORAIS E, SOBRETUDO, NA HORA DA NOSSA MORTE. ABENÇOAI-NOS Ó MÃE CELESTIAL, E COM VOSSA PODEROSA INTERCESSÃO FORTALECEI-NOS EM NOSSA FRAQUEZA, A FIM DE QUE, SERVINDO-VOS FIELMENTE NESTA VIDA, POSSAMOS LOUVAR-VOS, AMAR-VOS E RENDER-VOS GRAÇAS NO CÉU, POR TODA A ETERNIDADE. ASSIM SEJA! ...PELA INTERCESSÃO DE NOSSA SENHORA APARECIDA, RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL, A BÊNÇÃO DE DEUS ONIPOTENTE, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, DESÇA SOBRE VÓS E PERMANEÇA SEMPRE.AMÉM!

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4 de julho de 2009

REMEMORANDO REDENTORISTAS! PE.FRANCISCO CSsR


PE. JOSÉ FRANCISCO WAND CSsR
4 DE JULHO 1937+





Foi um dos grandes benfeitores da Vice-Província, pelo muito que sofreu e realizou. Único prussiano entre os Padres bávaros, ele nasceu em Heiligenstadt, a 1º de dezembro de 1882. Dos seus 9 irmãos, dois outros também se tornaram padres:um secular, e outro franciscano, que veio trabalhar entre os índios do Xingu.
Entrando no Juvenato de Gars em 1893, Pe. Francisco professou em 1902, sendo ordenado a 16 de junho de 1907. No ano seguinte veio para o Brasil, iniciando sua vida aqui como professor no Juvenato, em Aparecida. Estando nos planos dos Superiores uma fundação em Porto Nacional, para onde já havia sido nomeado Bispo o nosso Pe. Orlando Morais, Pe. Francisco foi encarregado de preparar a fundação. Com muito entusiasmo viajou ele para Porto Nacional, e iniciou seu trabalho. Mas Pe.Orlando acabou renunciando ao Bispado, e a fundação fracassou.
Pe. Francisco permaneceu então seis anos em Campininhas, como missionário. De zelo incansável e ótima saúde, ele percorreu nesses anos quase todo o sul de Goiás, missionando cidades, povoados e fazendas. Em 1924 foi nomeado Superior e Vigário de Aparecida; em 1927 Superior de Cachoeira do Sul, e em 1930 foi nomeado ViceProvincial, cargo que ocupou até 1935, ano em que foi novamente empossado como superior e vigário de Aparecida.
Prussiano como era, Pe. Francisco mostrava-se, às vezes, um tanto duro e ríspido no trato com estranhos e confrades. Mas sabia ser também fino, delicado e atencioso. Ele mesmo confessou que, trabalhando (como ele gostava) entre os caboclos da roça,
aprendeu a ser “manso”, embora após muito “ranger os dentes”.
Como superior de Aparecida sempre foi muito exigente quanto à ordem e à limpeza da casa. Com seu gosto artístico, soube melhorar muito à Basílica, dotando-a de riquíssimos paramentos,castiçais, ostensórios, à altura do nome do Santuário. Obra sua é também o altar da capela do Santíssimo, e, com muito esforço, comprou na Alemanha um dos maiores e melhores órgãos para a Basílica (Inaugurado em 1926). E já estava também em seus planos a construção de uma nova Basílica, que ele sonhava no atual Morro do Cruzeiro, o que, naquele tempo não foi possível.
Em meio, porém, a todo esse trabalho de Superior e Vigário, Pe. Francisco não esquecia o povo simples da roça que, assim ele o dizia, era a sua predileção. Sempre que podia aceitava para si algum trabalho desse tipo. De fina e rígida educação prussiana,era entre os mais humildes que ele se sentia feliz, conhecido por todos como o “Pe. Chico”. Para ajudar os doentes mais pobres chegou a compilar num grosso caderno, inúmeras receitas e fórmulas caseiras, das quais se servia em seus trabalhos na roça.
Ótimo escritor, de estilo elegante e fluente, em alemão, não se arriscava muito a escrever em português, embora o pudesse fazer com toda facilidade. Interessou-se, e muito, pela tradução das obras de Santo Afonso, trabalho que confiou a vários de nossos confrades; quis também publicar uma edição das poesias e cânticos do nosso Fundador. A tradução foi feita, as melodias colecionadas,mas... o trabalho perdeu-se no tempo, após ter ele deixado o cargo de Vice-Provincial.
Equilibrado e prudente, Pe. Francisco foi muitas vezes o intermediário entre a Nunciatura e o Arcebispo de São Paulo, que muito o estimava como amigo e conselheiro. Uma das suas ultimas resoluções como Vice-Provincial causou-lhe sérios aborrecimentos e não poucas incompreensões. Dada a situação políticoreligiosa pouco favorável na Alemanha (1932 ) Pe. Francisco resolveu não enviar mais para Gars os nossos estudantes. Entrou em contato com o Provincial de Buenos Aires, cuja Província estava com a mesma dificuldade, e iniciaram, perto de Buenos Aires,um Seminário Maior para brasileiros e argentinos. Foi um passo corajoso que não agradou à Província-mãe, mas serviu para que a Vice-Província despertasse para a construção do Seminário Maior (inaugurado em Tietê, em 1937).
Nomeado superior de Aparecida em 1933, Pe. Francisco teve de renunciar em 1936, devido a um mal estranho que lhe enfraqueceu as pernas. Já não podia andar, nem manter-se em pé.Os médicos não atinaram com a doença, e o submeteram a um tratamento tão penoso quanto inútil. A 16 de junho de 1937, trigésimo aniversario da sua ordenação, disse ele a um confrade:
“Hoje eu gostaria de morrer; sempre pedi a Deus que me desse trinta anos de apostolado, e depois... dispusesse de mim”.
— E Deus ouviu sua oração. Internado no Hospital Santa Catarina, sofreu horrivelmente em seus últimos dias; mas sempre com admirável paciência e resignação. A 4 de julho ele faleceu.
Prefeito e autoridades de Aparecida fizeram questão fosse o seu corpo transladado para Aparecida, e seu sepultamento foi,talvez, o mais concorrido que Aparecida já viu. Enquanto baixava ao túmulo, a Pia União da Filhas de Maria cantou o hino “Eu prometi” (melodia de Oscar Randolfo Lorena) que ele, em vida, pedira para essa ocasião

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