PE. ANTÔNIO BIBIANO DE SIQUEIRA
27 de MAIO - 1991+
Era mineiro de Lambari, em Minas Gerais. Nasceu a 9 de outubro de 1910.Entrou para o então "Colégio Santo Afonso" (hoje Hotel Recreio) a 10 de agosto de 1922. "O Mineiro" - foi esse o seu apelido durante todo o tempo de Seminário Menor - era inteligente, vivo,brincalhão, e ... cavador que sempre saía ganhando. Durante os anos de estudo, foi um dos melhores do curso. Iniciou seu Noviciado em Aparecida, continuando-o depois em Pindamonhangaba, cuja casa ainda estava em construo. Professou a 26 de abril de 1930, indo fazer seus estudos superiores na Alemanha (Província Mãe) já que ainda não tínhamos o nosso Seminário Maior. A 5 de maio de 1935 foi ordenado, voltando para o Brasil em janeiro de 1936. Seus últimos meses de estudos, ele os fez em Tietê cujo Seminário estava ainda em construção. Em maio de 1936, iniciou a sua vida apostólica. Para começar, foi nomeado professor do nosso Seminário Menor de Aparecida, passando depois a lecionar no nosso Seminário de Pinheiro Marcado, no Rio Grande do Sul. De lá voltou, indo para Campinas de Goiás como Cooperador; e em 1941 fez o seu segundo Noviciado em Aparecida, para iniciar a sua vida que foi sempre missionária. Durante os quase cinqüenta anos seguintes (1941 - 1991) Pe. Siqueira foi sempre o Missionário da ativa. Tinha verdadeiro carisma para tratar com o povo: seu porte, sua voz, seu desembaraço e disposição, tudo o convidava para a atividade das Missões. Daí porque não se tenha dedicado à pregação de Retiros e semelhantes. Trabalhar fechado em casa não era para ele; motivo pelo qual os superiores logo perceberam que ele não era homem para ocupar cargos na Província. Foi Superior apenas duas vezes: em Porto Alegre e em Tietê e, mesmo assim, sempre que possível não dispensava uma saída para alguma missão. Sem dúvida, um dos maiores Missionários que a Província conheceu, após as figuras de um Pe. Pelágio, Pe.Afonso, ou Pe. Conrado. Sem exagero: Se admitirmos uma média de 8 a 10 missões por ano, em quase 50 anos... que o digam os "Livros das Missões" de nossas Casas.1 Nos últimos anos, não podendo mais trabalhar diretamente nas missões, continuou ocupado com Novenas, Tríduos paroquiais, e principalmente com as famosas Novenas Missionárias. E, durante esses anos já estava usando marca-passo. Em 1988 foi transferido para Aparecida, onde celebrou o Jubileu Áureo de sua Ordenação; e em 1960 ainda celebrou os 60 anos de sua Profissão religiosa. Embora sempre cuidadoso da própria saúde, a princípios de 1981 foi surpreendido por um câncer nos rins. Operação. Tratamentos pareciam acender a esperança do doente. Mas tudo foi inútil. Internado no Hospital Frei Galvão de Guaratinguetá, Pe. Siqueira viu chegar a morte que o levou para a Casa do Pai, na tarde do dia 22 de maio de 1991. Foi sepultado em Aparecida, no dia seguinte. (Pe. Isac Lorena)
Pe. Siqueira liderou por muitos anos as equipes missionárias da Província. Era organizado e se dedicava com muito amor às missões, esperando sempre e cobrando dos companheiros o mesmo zelo missionário. Tinha brilhantes dotes oratórios e encantava os auditórios, tanto nos sermões, como nas conferências e até nos avisos ao povo. A voz muito clara e metálica modulava as palavras numa pronúncia interiorana cheia de graça e de vibração. Sabia como ninguém manipular e empolgar as multidões. Concentrações nas praças, procissões e passeatas eram magníficas quando contavam com o toque do "Siqueirão". Outro nome pelo qual era conhecido e do qual gostava muito foi "Dom Camilo". Ganhou-o pela semelhança com a figura do ator que nas comédias cinematográficas desempenhava o papel do cura italiano que vivia às turras com o Pepone, o prefeito comunista da aldeia. (nota do editor)
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