PE. ANDRÉ BOHNEN LENZ
De pequena estatura, o Andrezinho nasceu em Monte Alverne, lugarejo
próximo a Cruz Alta-RS. Era o terceiro numa turma de doze irmãos; e os pais viviam da lavoura num pequeno sítio que possuíam.
Foi durante uma Missão pregada pelo Pe. Antão Jorge que o garoto manifestou o desejo de ser também missionário e aos 13 anos ingressou no Juvenato de Cachoeira do Sul. No ano seguinte veio para o S. R. Santo Afonso, em Aparecida, e a 1.º de fevereiro de 1940 recebeu o hábito, fazendo seu noviciado e sua profissão em Pindamonhangaba, a 2 de fevereiro de 1941. Os estudos superiores ele os fez no Seminário de Tietê, e a 28 de julho de 1946 foi ordenado por Dom José Carlos de Aguirre. Seus primeiros anos de ministério ele os viveu como cooperador, nas paróquias da Penha e de Aparecida. Em 1949 fez o segundo noviciado, e iniciou sua vida missionária em Araraquara, de onde partiu para Goiás. Daqui saiu em 1954 como superior de Passo Fundo-RS onde permaneceu até 1956. Vítima de um processo movido por anticlericais da cidade , foi transferido para Porto Alegre, de onde saiu em 1960, sendo nomeado ecônomo do Seminário R.Santo Afonso.
Trabalhou depois em Brasília e Rubiataba. Em 1965 foi adscrito à Comunidade do Jardim Paulistano, para tratamento do seu sistema nervoso e de 1970 até à sua morte esteve em Aparecida.
Reconhecendo-se logo incapacitado para o trabalho da Basílica, nem por isso desanimou. Pediu ao arquivista as crônicas antigas da Vice-Província de Brasília (fundação, missões etc.) e pôs-se a traduzi-las do alemão. Conseguiu na Baviera centenas de originais de cartas dos nossos primeiros padres, em alfabeto gótico, passando meses inteiros a transcrevê-las para o alfabeto latino, muitas vezes com o auxílio de uma lupa. Em seus últimos anos teve a alegria de saber que o tal processo,
após 16 anos, havia terminado, sem qualquer condenação. Podia respirar tranqüilo. Mas sua saúde já estava abalada demais, e não conseguiu recuperar os seus nervos. No dia 9 de setembro de 1982, após o jantar, um enfarte fulminante o levou para os braços do Pai.
(Comunicado do Governo Provincial)
Quando o Pe. André tomava conta da construção do seminário de Passo Fundo, um garoto, que invadiu as obras, acabou morrendo eletrocutado e o padre teve de sair fugido de lá. Durante anos foi procurado pela polícia de todo o país e devia usar nome falso, respondendo a um processo que trouxe muito sofrimento a ele e aos confrades. (nota do editor)
2.Pe. André sofreu um câncer doloroso na mão e teve de tomar entorpecentes, os quais depois se transformaram numa dependência que muito o atormentou. (nota do editor)
3.abalado com os sofrimentos indicados nas notas anteriores (idem)
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