Nº 1826 - 29/06/2015
7588. Evangelho de 2ª feira (29-06-2015) - Gn 18, 16-33; Sl 102; Mt 8, 18-22 - Vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Um outro discípulo disse: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos!”
Recadinho: - Seguir a Jesus é doar-se. Mas ninguém precisa se desesperar. O que o Espírito Santo lhe inspira em termos de doação? - O provérbio popular citado por Jesus diz que deve-se deixar “que os mortos sepultem seus mortos”. Significa que em nossa vida não devemos dar preferência a coisas secundárias na escala de valores. É nesta linha seu modo de agir? - Dê seu testemunho de como segue a Jesus. - Conhece alguém muito especial dos tempos atuais que supera qualquer pessoa em doar-se? - Pense em alguém que viveu a doação ao extremo.
7589. Mais do que cuidar do planeta o Papa pede cinco mudanças de atitudes - A encíclica do Papa, “Louvado sejas”, com data de 24 de Maio/2015, denuncia alguns problemas atuais que afetam o planeta e também é um claro chamado à mudança de atitudes e tendências negativas na vida de cada pessoa. Nesse sentido, o Papa escreve a cristãos e a todos os seres humanos, pois todos somos responsáveis pela “Casa Comum” que é a Criação. As cinco chaves de mudanças de atitudes propostas são: 1. Ser agradecido e praticar a gratuidade - “Que todo cristão reconheça o mundo (a criação) como um dom recebido do amor do Pai. Isto tem como consequência atitudes de renúncia e gestos generosos. É importante convencer-se de que “menos é mais” e que devemos crescer na sobriedade e na capacidade de se contentar com pouco. A sobriedade, vivida livre e conscientemente, é libertadora. Pois as pessoas que saboreiam mais e vivem melhor cada momento são aquelas que deixam de pesquisar aqui e ali, sempre à procura do que não têm, e experimentam o que significa dar apreço a cada pessoa e a cada coisa, aprendem a familiarizar-se com as coisas mais simples e sabem alegrar-se com elas. Demos graças a Deus antes e depois das refeições, porque neste momento recordamos a nossa dependência de Deus para a vida e fortalecemos a nossa capacidade de ser agradecidos”. 2. Educar nos diversos âmbitos - “É muito nobre assumir o dever de cuidar da criação com pequenas ações diárias como, por exemplo, evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias. A educação pode ser feita através da escola, dos meios de comunicação, da catequese e, sobretudo, através da família”. 3. Exterminar o consumismo compulsivo - “As pessoas acabam por ser arrastadas pelo turbilhão das compras e gastos supérfluos. O consumismo obsessivo é o reflexo subjetivo do paradigma tecno-econômico. Está acontecendo aquilo que já assinalava Romano Guardini: o ser humano “aceita os objetos comuns e as formas habituais da vida como lhe são impostos pelos planos nacionais e pelos produtos fabricados em série e, em geral, age assim com a impressão de que tudo isto seja razoável e justo. O referido paradigma faz crer a todos que são livres, pois conservam uma suposta liberdade de consumir, quando na realidade apenas possui a liberdade a minoria que detém o poder econômico e financeiro! Nesta confusão, a humanidade pós-moderna não encontrou uma nova compreensão de si mesma que a possa orientar e esta falta de identidade é vivida com angústia. Temos demasiados meios para escassos e raquíticos fins!” 4. Esquecimento do egoísmo - “A situação atual do mundo favorece formas de egoísmo coletivo. Desta maneira, as pessoas se tornam auto referenciais e se isolam na própria consciência. Pois “quanto mais vazio está o coração da pessoa, tanto mais necessita de objetos para comprar, possuir e consumir. Portanto, devemos “sair de nós mesmos rumo ao outro” e superar o individualismo”. 5. Conversão interior - “É necessário “converter-se”, quer dizer, encontrar-se realmente com Jesus Cristo e iniciar uma vida nova. O cristão deve viver sua vocação admirando a beleza da obra de Deus e protegê-la. Convido todos os cristãos a explicitarem esta dimensão da sua conversão integral e a suscitar aquela sublime fraternidade com a criação inteira vivida por São Francisco de Assis. Para isto é necessário reconhecer os próprios erros, pecados, vícios ou negligências, arrepender-se de coração e mudar por dentro!”
Padre Geraldo Rodrigues, CSsR
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