Nº 1716 - 11/03/2015
7175. Evangelho de 4ª feira (11-03-2015) - Dt 4, 1.5-9; Sl 147; Mt 5, 17-19 - Jesus disse aos seus
discípulos: “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas”. Não vim para abolir, mas para dar-lhes
pleno cumprimento. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só
letra ou vírgula serão tiradas da lei, sem que tudo se cumpra. Portanto, quem desobedecer a um só
desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o
menor no Reino dos Céus. Quem os praticar e ensinar, porém, será considerado grande no Reino dos
Céus.
Recadinho: - Jesus insiste na importância dos mandamentos! - Resumem-se a dois: amor a Deus e ao
próximo! - Amor é força, é luz, é perdão, é esperança, é caminhar na fé! É este meu caminho?
7176. Manifesto em defesa da Democracia - “Considerando as graves dificuldades político-sociais que
afligem atualmente o País, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e a Ordem dos
Advogados do Brasil se veem no dever de vir a público expressar, a exemplo do que já fizeram em
ocasiões semelhantes anteriores, a convicção de que acima das divergências políticas, naturais numa
República, estão a ordem constitucional e a normalidade democrática.
Aos três Poderes da República cabe relacionarem-se entre si, de maneira independente, porém
harmônica e cooperativa, não se admitindo que dissensões menores ou interesses particulares, de
indivíduos ou de grupos possam comprometer o exercício das atribuições constitucionais que a cada
um deles compete exercer.
Submetidos que são tais Poderes ao primordial princípio democrático pelo qual “todo poder emana do
povo e em seu favor deve ser exercido”, cumpre-nos lembrar que as decisões deles emanadas somente
se legitimam se estiverem adequadas a esse princípio maior.
A inquestionável crise por que passam, no Brasil, as instituições da Democracia Representativa,
especialmente o processo eleitoral, decorrente este de persistentes vícios e distorções, tem produzido
efeitos gravemente danosos ao próprio sistema representativo, à legitimidade dos pleitos e à
credibilidade dos mandatários eleitos para exercer a soberania popular.
Urge, portanto, para restaurar o prestígio de tais instituições, que se proceda, entre outras inadiáveis
mudanças, à proibição de financiamento empresarial nos certames eleitorais, causa dos principais e
reincidentes escândalos que têm abalado a Nação, afastando-se, assim, a censurável influência do poder
econômico do resultado das eleições, o que constitui uma prática inconstitucional, conforme os votos já
proferidos pela maioria dos Excelentíssimos Senhores Ministros integrantes do Supremo Tribunal
Federal, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4650), ora em andamento
naquela egrégia Corte.
Em vista do exposto, as entidades abaixo firmadas entendem inadiável a aprovação nas Casas do
Congresso Nacional de uma Reforma Política Democrática que estabeleça normas e procedimentos
capazes de assegurar, de forma efetiva e sem influências indevidas, a liberdade das decisões do eleitor.
Com este Manifesto, a CNBB e a OAB, unidas a inumeráveis organizações e movimentos sociais
integrantes da sociedade civil, conclamam o povo brasileiro a acompanhar ativamente a tramitação, no
Congresso Nacional, das proposições que tratam da Reforma Política e a manter-se vigilante e atento
aos acontecimentos políticos atuais para que não ocorra nenhum retrocesso em nossa Democracia, tão
arduamente conquistada. Para tanto, é necessário que todos os cidadãos colaborem no esforço comum
de enfrentar os desafios, que só podem obter resultados válidos se forem respeitados os cânones
constitucionais, sem que a Nação corra o risco de interromper a normalidade da vida democrática.
Por fim, reivindicam as entidades subscritoras que, cada vez mais, seja admitida e estimulada a
participação popular nas decisões que dizem respeito à construção do futuro da Pátria, obra comum
que não pode dispensar a cooperação de cada cidadão, de cada organização, dando-se, assim, plena
eficácia ao conteúdo do artigo 14 da Constituição da República”.
Marcus Vinicius Furtado Coêlho, Presidente Nacional da OAB e Dom Raymundo Damasceno Assis,
Presidente da CNBB (a iniciativa, divulgada no dia 25 de fevereiro de 2015, envolve 106 entidades num
projeto da Reforma Política Democrática).
Pe. Geraldo Rodrigues, CSsR
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