Nº 1670 24/01/2015
7013. Evangelho de sábado (24-01-2015) - S. Francisco de Sales - Hb 9, 2-3.11-14; Sl 46; Mc 3, 20-21 - Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.
Recadinho: - Buscamos a ajuda de Jesus como as multidões daquele tempo? - Mas nos preocupamos apenas com nossos problemas ou com os dos outros também? - O que fazemos diante daqueles que buscam nossa ajuda? - Olhamos de fato para nosso próximo com espírito de amor, de compreensão, de ajuda? - Rezamos pelos que mais sofrem?
7014. Charges causadoras de desastres irreparáveis! - “Je suis Charlie aussi, mas...”, que em português quer dizer “Eu também sou Charlie, mas...”, leva-nos a reproduzir em nosso boletim diário Vivências uma reflexão breve mas de conteúdo de uma profundidade inatingível em toda a sua extensão. O texto foi divulgado no dia 15 de janeiro de 2015, inicialmente em São Paulo (SP), por Edson Sampel. O título, cuja tradução apresentamos logo acima, é seguido de um sub-título que diz: “O melindre de certos religiosos pode degenerar em comportamentos antissociais!” Parabenizando o autor pela profundidade de suas palavras, nós as reproduzimos a seguir, dando assim nossa contribuição à reflexão. Segue o texto na íntegra: “Repugna ao senso comum a chacina perpetrada contra os jornalistas do “Charlie Hebdo”. Todo homicídio é um pecado gravíssimo e jamais justificável. As religiões têm um papel insubstituível na manutenção da paz. O cartunismo, contudo, não há de pactuar com a ofensa à religiosidade. Qual é o católico que não se sente visceralmente vituperado com a charge do papa Bento XVI, no ato da consagração eucarística, envergando uma camisinha (preservativo) no lugar da hóstia santa?” O cartunismo supõe certa complacência, uma boa dose de espírito esportivo e a capacidade de o leitor rir de si próprio. Isto é saudável! Sem embargo, os países ditos democráticos precisam normatizar a tão propalada e exaltada liberdade de expressão ou de imprensa, salvaguardando os valores religiosos, sobretudo dos grupos cuja suscetibilidade encontra-se à flor da pele. Para determinados crentes, a “brincadeira” da charge consiste em autêntico vitupério à fé; algo comparável a xingar a mãe.
Se quisermos edificar um mundo harmonioso, onde coexistam as diversas religiões, é mister impormo-nos limites razoáveis, principalmente na temática das crenças, pois neste setor o melindre conta bastante e amiúde degenera em comportamentos antissociais ou criminosos.
No Brasil, quem engendrar uma caricatura detrimentosa de qualquer religião ou escrever um artigo aleivoso estará sujeito a cominações cíveis e criminais. Lembremo-nos, por exemplo, que anos atrás a justiça brasileira proibiu que uma escola de samba levasse à avenida uma imagem do Cristo Redentor!
O episódio dantesco na redação do “Charlie Hebdo”, reprovável sob todos os aspectos, decerto questiona-nos acerca de dois problemas momentosos: o fanatismo religioso e a conveniência de eventuais limites democráticos para a famigerada liberdade de manifestação do pensamento”.
7015. Vocês sujaram o Islã e não vingaram nada! - “Vocês vingaram o Profeta Maomé, mas sujaram o Islã. No ocorrido, não vingaram nada. Vocês são simplesmente assassinos. O Profeta Maomé foi vingado, mas foram mortas 12 pessoas inocentes, entre as quais dois muçulmanos. Vocês vingaram o Profeta Maomé, mas conseguiram divulgar na web as caricaturas que não vos agradavam. Vocês vingaram o Profeta Maomé, mas aproximaram ainda mais Marine Le Pen do poder. Vocês vingaram o Profeta Maomé, mas deram uma segunda vida ao Charlie Hebdo. Vocês vingaram o Profeta Maomé, mas conseguiram reunir todos os franceses. Vocês vingaram o Profeta Maomé, mas desencadearam uma torrente de ódio, racismo e islamofobia pelo qual os muçulmanos franceses pagarão um alto preço. Vocês vingaram o Profeta Maomé, mas deram argumentos aos adeptos da teoria do choque de civilizações. Com efeito, os atentados em Paris exacerbaram sentimentos xenófobos e de islamofobia. Segundo o Ministério do Interior francês, mais de 50 ataques contra objetivos islâmicos foram perpetrados em Paris desde a última semana!” (Palavras fortes do Bispo de Amã, Jordânia, Dom Maroun Lahham, divulgadas no dia 14/janeiro/2015, ao analisar as consequências dos atentados ocorridos em Paris na semana anterior)
Pe. Geraldo Rodrigues, CSsR
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