N º 1462 - 30/06/2014
6156. Evangelho de 2ª feira (30-06-2014) -Beato Januário Maria Sarnelli -Am 2, 6-10. 13-16; Sl 49; Mt 8, 18-22 - Vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.
Recadinho: -Seguir a Jesus é doar-se. Mas ninguém precisa se desesperar. O que o Espírito Santo lhe inspira em termos de doação? -O provérbio popular citado por Jesus diz que deve-se deixar “que os mortos sepultem seus mortos”. Significa que em nossa vida não devemos dar preferência a coisas secundárias na escala de valores. É nesta linha seu modo de agir? -Dê seu testemunho de como segue a Jesus. -Conhece alguém muito especial dos tempos atuais que em termos de doação supera qualquer pessoa? -Pense em alguém que viveu a doação ao extremo.
6157. 30/junho -Beato Sarnelli - O redentorista beato Januário Maria Sarnelli (12/09/1702-30/06/1744) nasceu em Nápoles, na Itália. Aos 14 anos, pensou em ser jesuíta. Seu pai, porém, o desencorajou, por ser muito jovem ainda. Dedicou-se então aos estudos, tendo feito o doutorado em Direito Civil e Canônico. Foi visitando doentes, no Hospital dos Incuráveis, que escutou o chamado de Deus que o queria sacerdote. Foi ordenado padre no dia 8 de julho de 1732. Sarnelli, além de visitar pessoas doentes, se comprometeu em ajudar crianças forçadas a trabalhar, ensinando-lhes o catecismo. Também visitava os homens idosos de uma obra intitulada “São Januário”, os condenados às galeras e as pessoas doentes do hospital do porto.
6158. Sarnelli 02 -Entrou para os Redentoristas - Sarnelli tornou-se amigo de Afonso de Ligório, apaixonando-se por seu apostolado. Consagraram-se, então, ao ensino do catecismo para adultos, organizando as chamadas “capelas vespertinas”, que ficaram famosas. Em 1733, Sarnelli defendeu Santo Afonso diante das críticas injustas que lhe faziam devido à recente fundação da Congregação do Santíssimo Redentor, em Scala, no dia 11 de novembro de 1732. Em junho de 1733, Sarnelli apresentou-se em Scala, para ajudar o amigo durante as missões da cidade de Ravello e entrou para a Congregação de missionários, fundada por Santo Afonso Maria de Ligório. Sarnelli deixou 30 obras escritas sobre temas como: meditação, teologia mística, direção espiritual, lei, pedagogia, e temas morais e pastorais, em especial sobre jovens em perigo de prostituição. Devido à sua atividade social em favor da mulher, é considerado como um dos autores que trataram este tema de um modo mais completo na Europa no início do século XVIII.
6159. Sarnelli 03 - O Missionário - Sarnelli dedicou-se ao trabalho Redentorista: as Missões Apostólicas, onde propagou as meditações em comum entre os leigos, com o livro: "O mundo santificado". Em 1741, participou com Santo Afonso da grande missão pregada nos arredores da cidade de Nápoles. Suas últimas atividades foram em Nápoles, onde continuou se ocupando do apostolado em favor das moças em perigo de prostituição. Foi beatificado por S. João Paulo II, no dia 12 de maio de 1996. Seus restos mortais estão na igreja da Comunidade Redentorista da cidade de Ciorani, na Itália, a primeira igreja Redentorista. Devido a seu intenso trabalho social em defesa da mulher, Sarnelli é considerado um dos mais importantes autores que tratou deste assunto na Europa, na primeira metade do século dezoito. Ficou famoso por seu
apostolado em favor dos pobres e abandonados, com especial dedicação para com as pobres prostitutas. A prostituição, a difícil vida fácil, era uma das maiores chagas da cidade de Nápoles naquele tempo. Calculava-se, naquela época, um número de 30 a 40 mil meninas e mulheres dedicando-se à prostituição em Nápoles! Sarnelli sentiu a necessidade de tentar ser sinal de esperança no contexto daquela realidade, tentando despertar nelas o compromisso de serem "discípulas missionárias", levando-as a buscar o sentido da vida em Cristo, nosso Redentor. Neste campo, foi audaz, corajoso, sabendo deixar-se guiar pelas luzes do Espírito Santo.
Pe. Geraldo Rodrigues, CSsR
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