Nº 1446 - 14/06/2014
6095. Evangelho de sábado (14-06-2014) -1Rs 19, 19-21; Sl 15; Mt 5, 33-37-Jesus aos seus discípulos: Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não jurarás falso”, mas “cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor”. Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. Não jures tão pouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o vosso “sim”: “Sim”, e o vosso “não”: “Não”. Tudo o que for além disso vem do Maligno.
Recadinho: -Preocupo-me com a sinceridade de minhas palavras? -Não acontece às vezes de omitirmos a verdade para não magoar uma pessoa? É justo agir assim? -Procuro cumprir à risca o que prometo? -O que você prefere: esperar pelos outros ou fazer com que os outros esperem por você? -Você cumpre o que promete?
6096. Vaticano:judeus, cristãos e muçulmanos em convivência pacífica - No entardecer do dia 08 de junho de 2014, por volta das 18hs, os jardins do Vaticano registraram um acontecimento excepcional: pela primeira vez na história, os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Palestina, Mahmud Abbas, se reuniram para rezar pela paz, a convite do Papa Francisco. Estavam presentes também o patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, o custódio da Terra Santa, o padre franciscano Pierbattista Pizzaballa, e dois amigos de longa data do papa argentino, o rabino Abraham Skorka e o líder muçulmano Abbud Omar que, junto com Bergoglio, empreenderam há muitos anos, ainda em Buenos Aires, este caminho do diálogo inter-religioso. O Papa fez o convite no dia 25 de maio de 2014, em sua viagem à Terra Santa. Na Palestina disse, surpreendendo o mundo: “Senhor presidente Mahmoud Abbas, neste lugar, onde nasceu o Príncipe da Paz, desejo convidar o senhor e o presidente Shimon Peres a elevarmos juntos uma intensa oração, pedindo a Deus o dom da paz. Ofereço a minha casa no Vaticano para acolher o encontro de oração!” Após a recepção privada de cada um, os mandatários se reuniram no hall de entrada onde, sem que estivesse programado, trocaram um abraço. Da Casa Santa Marta, todos se dirigiram de carro, juntos, até o local da celebração: um espaço dos jardins vaticanos entre a chamada “Casina Pio IV” e a área dos Museus do Vaticano. O início do encontro de oração pela paz foi às 19 horas, com uma abertura musical: “Nosso Senhor lhes conceda a paz!” “Viemos a este lugar, israelenses e palestinos, judeus, cristãos e muçulmanos, para oferecer a nossa oração pela paz, pela Terra Santa e por todos os seus habitantes”, proclamou-se na introdução. O encontro teve três momentos: louvor, perdão e invocação de paz, seguidos por uma conclusão.
6097. Oração da delegação judia - O salmo número oito de Davi abriu a oração dos representantes judeus; vieram a seguir o salmo 147 e o Hino ao Onipotente. Depois de um intervalo musical, realizou-se o pedido de perdão recitado em hebraico, seguido pelo salmo 25 e pelo salmo 130. Encerrou-se esta parte da cerimônia com uma meditação musical judaica.
6098. Oração da comunidade cristã - A comunidade cristã realizou sua prece começando com um agradecimento pela criação, em inglês, seguido pela leitura do salmo 8 e pela leitura do livro de Isaías. “Rezemos: Deus Pai Onipotente, nós, aqui reunidos, vossos filhos judeus, cristãos e muçulmanos, vos reconhecemos como nosso Criador. Vimos dar-vos graças pela beleza e maravilha da vossa criação".
6099. Oração da comunidade muçulmana - “Seja louvado Deus, que criou o céu e a terra, que transformou as trevas em luz, que fez surgir todas as coisas do nada...” Assim começou a oração islâmica, terminada com outro intervalo musical, após o qual foi feita a invocação pela paz, em árabe e encerrada com uma última interpretação musical muçulmana. O evento foi concluído com as palavras do Papa Francisco: Shalom, Paz, Salam! Seguiram-se as palavras dos dois presidentes, todas em favor da paz, culminadas com um aperto de mãos. Juntos, Francisco, Peres e Abbas, plantaram uma pequena oliveira, como símbolo do desejo de paz entre os povos palestino e israelense.
Pe. Geraldo Rodrigues, CSsR
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