Francisco escreve sua primeira encíclica
Data: 04/09/2013
Como na vida de cada dia confiamos nos profissionais que conhecem as coisas melhor que nós,
assim também para a fé confiamos em Jesus, um especialista nas coisas de Deus
A luz da fé (Lumen Fidei) é o título da primeira Encíclica do Papa Francisco. E já é bestseller. Em um mês, a encíclica publicada pelo Papa Francisco e escrita ‘a quatro mãos’ com Bento XVI, vendeu na Itália mais de 200 mil cópias: “Lumen fidei” é um verdadeiro sucesso de vendas. Trata-se de um documento, disponível em seis línguas, entre as quais o português, com 94 páginas e dividida em quatro capítulos, além da introdução e da conclusão.
Dirigida a todos os fiéis leigos, bem como aos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, a Encíclica, explica o Papa Francisco, já estava “quase pronta” com Bento XVI. Àquela “primeira versão” o atual Pontífice acrescentou muitas outras e valiosas contribuições. A finalidade do documento é recuperar o caráter de luz que é específico da fé, capaz de iluminar toda a existência humana.
Quem acredita nunca está sozinho, porque a fé é um bem comum que ajuda a edificar as nossas sociedades, dando esperança. E’ esse é o coração da Lumen fidei. Numa época como a nossa, a moderna, escreve o Papa, em que o acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, ao amor misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história.
Testemunha fiável da fé é Jesus, através do qual Deus atua realmente na história. Como na vida de cada dia confiamos no arquiteto, no farmacêutico, no advogado, que conhecem as coisas melhor que nós, assim também para a fé confiamos em Jesus, um especialista nas coisas de Deus. A fé sem a verdade não salva, diz em seguida o Papa, fica a ser apenas um bonito conto de fadas, sobretudo hoje em que se vive uma crise de verdade, porque se acredita apenas na tecnologia ou nas verdades do indivíduo, porque se teme o fanatismo e se prefere o relativismo. Pelo contrário, a fé não é intransigente, o crente não é arrogante: a verdade que vem do amor de Deus não se impõe pela violência, não esmaga o indivíduo e torna possível o diálogo entre fé e razão. Se torna, portanto, essencial a evangelização: a luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos e se transmite de geração em geração, através das testemunhas da fé. Mas de uma maneira especial, a fé se transmite através dos Sacramentos, como o Batismo e a Eucaristia, e através da confissão de fé do Credo e a Oração do Pai-Nosso, que envolvem o crente nas verdades que confessa e o fazem ver com os olhos de Cristo. A fé é una, sublinha o Papa, e a unidade da fé é a unidade da Igreja.
Também é forte a ligação entre acreditar e construir o bem comum: a fé torna fortes os laços entre os homens e se coloca ao serviço da justiça, do direito e da paz. Essa não nos afasta do mundo, muito pelo contrário: se a tirarmos das nossas cidades, ficamos unidos apenas por medo ou por interesse. A fé, pelo contrário, ilumina a família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher; ilumina o mundo dos jovens que desejam “uma vida grande”, dá luz à natureza e nos ajuda a respeitá-la, para “encontrar modelos de desenvolvimento que não se baseiam apenas na “utilidade ou lucro, mas que consideram a criação como um dom”. Mesmo o sofrimento e a morte recebem um sentido do fato de confiarmos em Deus, escreve ainda o Pontífice: ao homem que sofre o Senhor não dá um raciocínio que explica tudo, mas a sua presença que o acompanha. Finalmente, o Papa lança um apelo: “Não deixemos que nos roubem a esperança, não deixemos que ela seja frustrada com soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam o caminho para Deus”.
Agora o papa trabalha outros textos. Na escrivaninha, esboços e manuscritos em preparação: a exortação apostólica sobre a nova evangelização e o projeto da nova encíclica sobre a pobreza, a “Beati pauperes” (Bem-aventurados os pobres). É um tema muito querido pelo pontífice que quer uma “Igreja pobre para os pobres”.
assim também para a fé confiamos em Jesus, um especialista nas coisas de Deus
A luz da fé (Lumen Fidei) é o título da primeira Encíclica do Papa Francisco. E já é bestseller. Em um mês, a encíclica publicada pelo Papa Francisco e escrita ‘a quatro mãos’ com Bento XVI, vendeu na Itália mais de 200 mil cópias: “Lumen fidei” é um verdadeiro sucesso de vendas. Trata-se de um documento, disponível em seis línguas, entre as quais o português, com 94 páginas e dividida em quatro capítulos, além da introdução e da conclusão.
Dirigida a todos os fiéis leigos, bem como aos bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, a Encíclica, explica o Papa Francisco, já estava “quase pronta” com Bento XVI. Àquela “primeira versão” o atual Pontífice acrescentou muitas outras e valiosas contribuições. A finalidade do documento é recuperar o caráter de luz que é específico da fé, capaz de iluminar toda a existência humana.
Quem acredita nunca está sozinho, porque a fé é um bem comum que ajuda a edificar as nossas sociedades, dando esperança. E’ esse é o coração da Lumen fidei. Numa época como a nossa, a moderna, escreve o Papa, em que o acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com humildade e coragem, ao amor misericordioso de Deus, que endireita as distorções da nossa história.
Testemunha fiável da fé é Jesus, através do qual Deus atua realmente na história. Como na vida de cada dia confiamos no arquiteto, no farmacêutico, no advogado, que conhecem as coisas melhor que nós, assim também para a fé confiamos em Jesus, um especialista nas coisas de Deus. A fé sem a verdade não salva, diz em seguida o Papa, fica a ser apenas um bonito conto de fadas, sobretudo hoje em que se vive uma crise de verdade, porque se acredita apenas na tecnologia ou nas verdades do indivíduo, porque se teme o fanatismo e se prefere o relativismo. Pelo contrário, a fé não é intransigente, o crente não é arrogante: a verdade que vem do amor de Deus não se impõe pela violência, não esmaga o indivíduo e torna possível o diálogo entre fé e razão. Se torna, portanto, essencial a evangelização: a luz de Jesus brilha no rosto dos cristãos e se transmite de geração em geração, através das testemunhas da fé. Mas de uma maneira especial, a fé se transmite através dos Sacramentos, como o Batismo e a Eucaristia, e através da confissão de fé do Credo e a Oração do Pai-Nosso, que envolvem o crente nas verdades que confessa e o fazem ver com os olhos de Cristo. A fé é una, sublinha o Papa, e a unidade da fé é a unidade da Igreja.
Também é forte a ligação entre acreditar e construir o bem comum: a fé torna fortes os laços entre os homens e se coloca ao serviço da justiça, do direito e da paz. Essa não nos afasta do mundo, muito pelo contrário: se a tirarmos das nossas cidades, ficamos unidos apenas por medo ou por interesse. A fé, pelo contrário, ilumina a família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher; ilumina o mundo dos jovens que desejam “uma vida grande”, dá luz à natureza e nos ajuda a respeitá-la, para “encontrar modelos de desenvolvimento que não se baseiam apenas na “utilidade ou lucro, mas que consideram a criação como um dom”. Mesmo o sofrimento e a morte recebem um sentido do fato de confiarmos em Deus, escreve ainda o Pontífice: ao homem que sofre o Senhor não dá um raciocínio que explica tudo, mas a sua presença que o acompanha. Finalmente, o Papa lança um apelo: “Não deixemos que nos roubem a esperança, não deixemos que ela seja frustrada com soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam o caminho para Deus”.
Agora o papa trabalha outros textos. Na escrivaninha, esboços e manuscritos em preparação: a exortação apostólica sobre a nova evangelização e o projeto da nova encíclica sobre a pobreza, a “Beati pauperes” (Bem-aventurados os pobres). É um tema muito querido pelo pontífice que quer uma “Igreja pobre para os pobres”.
Fonte: O Rapidinho
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